No último domingo (19/09), o vulcão Cumbre Vieja localizado na ilha de La Palma, uma das ilhas que compõe o arquipélago das Ilhas Canárias (Espanha), entrou em erupção por volta de 15h15 do horário local. Após sinais de atividades sísmicas e uma série de tremores, a erupção do vulcão lançou lava a centena de metros do ar, tomou casas, floresta e lançou rocha derretida em direção ao Oceano Atlântico. Nenhuma morte foi relatada, mas o vulcão ainda encontra-se ativo.
Momento em que o vulção Cumbre Vieja entra em erupção emanando lava. (Foto: Borja Suarez/REUTERS)
Pela primeira vez em 50 anos, a erupção vulcânica forçou a evacuação de cerca de 5.000 pessoas, entre elas aproximadamente 500 turistas. O governo local pediu aos moradores evitem a área de estradas e apelou por cuidado extremo.
"A lava se movimenta em direção à costa, e os danos serão materiais. De acordo com os especialistas, há um volume de lava entre 17 milhões e 20 milhões de metros cúbicos", disse o presidente regional Angel Victor Torres.
Em anúncio de alerta, antes mesmo de ocorrer, o fenômeno foi classificado com alerta amarelo de risco, levantando a hipótese de possíveis tsunamis. Uma possibilidade remota de que um tsunami seria capa de atingir o Brasil, sobretudo o litoral setentrional, composto por Ceará, Rio Grande do Norte e nordeste do Maranhão foi levantada. No entanto, especialistas da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), descartaram essa probabilidade, visto que seria necessário uma atividade vulcânica excepcional capaz de derrubar parte da ilha, de modo que provocasse um grande deslizamento em direção ao mar.
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O coordenador e professor do Laboratório Sismológico da UFRN, Aderson Nascimento, confirmou que as chances deste fenômeno ocorrer são remotas.
“A probabilidade é muito pequena, até porque, para emitir um alerta de tsunami, é preciso saber qual foi terremoto, que tipo de fenômeno provocou o tsunami, para poder calcular com esse tsunami vai se propagar e, tão importante quanto isso, é saber como essas ondas, de um eventual tsunami, vão chegar às costas dos países. No caso do Brasil, esse risco é muito pequeno.”, concluiu o sismólogo.
Foto Destaque: Forta/Handout via REUTERS