Esportes

Técnico alemão de ciclismo deixa as Olímpiadas depois de fala racista

Técnico alemão teve que retornar para seu país após cometer ato racista durante prova de ciclismo de estrada nas Olímpiadas em Tókyo. Ele incentivou seu atleta com palavras ofensivas contra o adversário.

30 Jul 2021 - 02h12 | Atualizado em 30 Jul 2021 - 02h12
Técnico alemão de ciclismo deixa as Olímpiadas depois de fala racista Lorena Bueri

O diretor esportivo da Alemanha, Patrick Monster, teve que voltar para seu país após ato de racismo na última quarta (28). Durante a prova de contrarrelógio, Moster gritou palavras ofensivas como “ alcance os andadores de camelos ", como forma de incentivos para seu atleta Nikias Arndt, que estava prestes a alcançar os dois ciclistas que haviam largado antes dele, Amanuel Ghebreigzabhier, da Eritreia, e Azzedine Lagab, da Argélia.


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 A cena de sua atitude foi ouvida e vista mundialmente pela televisão e compartilhadas pela internet. Após a corrida, Patrick Moster se desculpou:

" Sinto muito, o mínimo que posso fazer é me desculpar ... isso não deveria ter acontecido “, disse ele.

"Estamos convencidos de que suas desculpas públicas por suas declarações racistas de ontem são sinceras, mas com esse deslize, Moster violou os valores do Olimpismo", disse o presidente do Comitê Olímpico Alemão (DOSB), Alfons Hörman.


O ciclista Nikias Arndt durante os Jogos Olímpicos em Tóquio (Foto: Reprodução/Tim de Waele/AP)


 Nikias Arndt, o ciclista alemão, terminou na 19ª posição. Ele condenou imediatamente as declarações do seu treinador: "Estou chocado e quero dizer claramente que nada tenho a ver com essas declarações, as palavras usadas são inaceitáveis", afirmou.

 O técnico vem sofrendo críticas de outros atletas e influencias no esporte. O ciclista Lagab, da Argélia, postou uma mensagem no Twitter sobre o ocorrido: "Bem, não há corrida de camelos nos Jogos Olímpicos. Esse é o motivo de eu ter vindo competir no ciclismo. Pelos menos eu estava lá em #Tóquio2020."

 O presidente da alemã BDR, Rudolf Scharping, disse que os comentários eram "inaceitáveis", e o presidente da DOSB, Alfons Hörmann, afirmou que a organização defende o "respeito, o fair play e a tolerância".

 Hörmann também vem enfrentando críticas como chefe da delegação alemã em Tóquio, acusado de ignorar uma cultura de trabalho tóxica na organização. Um painel recentemente recomendou eleições para escolher um novo presidentepara a DOSB, e em seguida Hörmann disse que não irá concorrer a um novo mandato.


(Foto destaque: Treinador aleão Patrick Moster com Nikias Arndt durante seu treinamento. Reprodução/Sebastian Gollnow/picture alliance via Getty Images)

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