Quadrilhas usam aplicativos de namoro para sequestrar e extorquir vítimas em São Paulo. Os criminosos utilizam fotos de mulheres, que não fazem ideia que estão tendo a imagem vinculada ao delito, e usam o perfil falso para marcar um encontro com as vítimas.
Imagens divulgadas pelo Fantástico mostraram o momento em que os sequestradores abordaram um homem na calçada, que achava que aquilo seria um encontro romântico até ser rendido e levado à força para o carro. Ao se recusar a passar senha de cartões, o homem foi espancado e só conseguiu se livrar da situação, após a chegada dos policiais ao local.
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Em outra ocasião, uma vítima foi enganada pelos sequestradores. O homem, que procurava o endereço da suposta mulher com quem marcou o encontro, foi abordado e feito de refém por quase 6 horas. Os bandidos ainda foram até a casa da vítima e levaram grandes quantias em dinheiro, relógios, joias e demais objetos de luxo. Ele disse à polícia que teve um prejuízo de aproximadamente 1,5 milhão de reais.
Vítima sendo levada ao carro em uma das ruas de São Paulo (Foto: Reprodução/Fantástico)
O crime possui sempre as mesmas características: Eles iniciam a conversa nos aplicativos, como o Tinder, e tentam descobrir quanto a vítima ganha, se ela possui carro, entre outros aspectos. Já sabendo do poder aquisitivo desses homens, os sequestradores marcam o encontro e acabam roubando objetos de valor como celulares e relógios, além de os obrigarem a passar senha de cartões, transferir quantias em dinheiro e fazer empréstimos.
Em entrevista ao Fantástico, o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, ressaltou que o caso vem se tornando cada vez mais corriqueiro em São Paulo e o número de denúncias vem crescendo: “Praticamente todo dia aparece um caso aqui na Delegacia Antissequestro”.
Até o momento, em duas ações da Polícia Civil, 14 suspeitos foram presos por crime de sequestro relâmpago. A pena para esse tipo de delito é de 12 a 20 anos de prisão.
Foto Destaque: Aplicativo de namoro Foto: Divulgação/ Dennizn/ Sutterstock