Nesta última quarta-feira (22), a FDA (Food and Drug Administration), agência dos EUA que corresponde à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) brasileira, comunicou que foi aprovado o uso emergencial de uma pílula da Pfizer para tratamento da covid-19. Em anúncio, FDA aconselha para usar o remédio - chamado Paxlovid - em adultos e pacientes pediátricos que tenham a faixa etária maior de 12 anos ou pelo menos 40 kg. O medicamento é indicado para as pessoas que testaram positivo para o SARS-CoV-2 e que, ainda, tenham uma possibilidade de progressão severa da doença, como hospitalização e morte.
Medicamento contra Covid-19. (Foto: Reprodução/Miguel Á. Padriñán/Pexels)
O medicamento oral tem um grande potencial para ser uma nova ferramenta promissora na luta contra o coronavírus. Ademais, a Paxlovid pode se tornar muito necessária em países e/ou áreas precárias e detém acesso limitado a vacinas.
Especialistas apontam que o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, logo após o diagnóstico dado, tendo em mente o intervalo de cinco dias após o início da manifestação dos sintomas da doença. Entretanto, a pílula só poderá ser utilizada com prescrição médica. No mesmo comunicado, a FDA enfatiza que a Paxlovid não foi criada como uma forma de prevenção à covid-19, nem para substituir a vacinação.
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Quais são os resultados da pílula?
Testes clínicas da Pfizer mostraram que o antiviral tem o efeito de diminuir quase 90% o risco de hospitalização ou morte pelo Covid-19. No mesmo estudo é relatado que dentre os voluntários que ingeriram a pílula em até cinco dias após o diagnóstico, não houve nenhuma causa de morte e nem algum efeito colateral no intervalo de vinte oito dias. Ao contrário do placebo - formulação sem efeito farmacológico, administrada ao paciente clínico com a finalidade de mascaramento -, visto que 12 pessoas morreram. Dados recentes destacaram também que o medicamento é eficaz contra a variante Ômicron.
Com a autorização, a Pfizer já declarou que permitirá que fabricantes de genéricos distribuam seu medicamento em 95 países de baixa e média renda, junto com um acordo de licenciamento com o grupo internacional de saúde pública: Grupo de Patentes de Medicamentos (MPP).
Foto destaque: Pílula contra Covid-19 da Pfizer. Reprodução/Pfizer/G1.