O mercado de peças de segunda mão foi um dos setores que houve maior crescimento no universo da moda nesse ano de 2022. E um movimento que têm se observado é o distanciamento desse setor com a moda fast fashion, pois as plataformas de compra e venda de peças de segunda mão estão se afastando cada vez mais das gigantes de fast fashion.
As marcas de fast fashion são as mais populares nas plataformas de revenda e incentivam cada vez mais o consumismo com seus milhões de itens disponíveis para compra. Desde o início da pandemia, a demanda por peças de segunda mão cresceu, ganhou popularidade, e se tornou uma alternativa sustentável à compra e à fabricação de novos produtos.
Embora o mercado das peças de segunda mão ofereça bons benefícios, o setor vem incentivando o consumismo em excesso, pois os clientes acabam adquirindo mais itens que serão usados menos vezes, simplesmente pela facilidade de revenda. Isso ocorre devido a presença de marcas de moda de baixo custo nas plataformas, como a Zara.
mercado de peças de segunda mão (Foto: Reprodução/Instagram)
Segundo o Women’s Wear Daily (WWD), “A Zara é a marca mais popular nas plataformas de revenda, com nada menos que 670.000 itens disponíveis para compra nos sites mais populares, isso sem considerar brechós físicos”.
Devido a essa situação, a plataforma Vestiaire Collective ameaçou banir as marcas de fast fashion para tentar combater o consumo excessivo de itens com pouco uso.
As peças de segunda mão levam ao consumo excessivo porque os preços baixos e a necessidade de estar sempre renovando o guarda-roupa são os dois impulsionadores, deixando a questão ambiental de lado, em segundo plano.
Segundo o relatório da WWD, a Zara não é a única marca popular nas plataformas de revenda que gera o consumo excessivo. Além dela, foram listadas as marcas Nike, Adidas, H&M, Victoria’s Secret, Asos, Levi’s, Louis Vuitton, Gucci e Chanel.
Foto destaque: moda de segunda mão.Reprodução/Instagram