Em muitos lugares do Brasil, a vacinação já chegou na terceira dose e com essa imunização, o número de casos e morte por covid-19 teve uma enorme baixa. Aos poucos, a preocupação e o medo contra o coronavírus está desaparecendo. Mas isso não quer dizer que a doença será totalmente erradicada.
Agora, segundo alguns pesquisadores, estamos iniciando uma fase endêmica. Nome designado para um estágio em que a doença está sempre presente e constante, mas que seu contágio se torna previsível. Isso, de certa forma, se tornou um senso comum a todos.
Tradução: Quando é o fim? #COVID19. (Foto: Reprodução/Cottonbro/ Pexels)
Em entrevista feita pela revista científica Nature, mostra que cerca de 90% dos pesquisadores do coronavírus acreditam ser improvável que a doença seja totalmente extinta. Posto isso, deduz que, futuramente, todos os cidadãos do mundo deverão enfrentar a covid-19 como um vírus da influenza. Uma doença que provoca, em média, 650.000 mortes de pessoas por ano e demanda vacinação todo ano.
“Imagino que a covid será eliminada em alguns países, mas com um contínuo e talvez sazonal risco de reintrodução de outros lugares onde a cobertura vacinal e as medidas de saúde pública não forem boas o suficiente”, relata o epidemiologista Christopher Dye, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, à Nature.
O novo cenário também contribuiu para derrubar a ideia de que a imunização coletiva seria capaz de dar fim à covid-19. Essa mudança de pensamento se dá pelo surgimento de novas variantes - mas, cada vez mais fracas - , como a mais recente: ômicron; e também pelo conhecimento de que as defesas do sistema imunológico contra o coronavírus não duram muito tempo e de que o vírus é diferente em cada pessoa.
A partir desse panorama endêmico, pesquisadores defendem ações para neutralizar o impacto do coronavírus. A medida preventiva, além da vacinação, é a prática do isolamento social nos próximos picos da doença. Como o home office, por exemplo, em que muitas empresas já adotaram para os seus funcionários.
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De acordo com a epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Sabin Institute, nos Estados Unidos, a possível endemia deve acontecer mais à frente, por causa das mutações da infecção. “É preciso cautela para uma classificação de fase que torne o convívio com o vírus mais banalizado. Precisamos manter comportamentos que garantam alívio e a percepção de que a pandemia acabou”, afirma Garrett.
Foto destaque: Mulher usando máscara no aeroporto. Reprodução/Anna Shvets/ Pexels