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O que é afrofuturismo e a sua influência na arte e tecnologia

O que é afrofuturismo e a sua influência na arte e tecnologia: um olhar através da perspectiva de Douglas Lopes, ilustrador afrofuturista e vencedor do Brasil Design Award.

20 Dez 2021 - 09h55 | Atualizado em 20 Dez 2021 - 09h55
O que é afrofuturismo e a sua influência na arte e tecnologia Lorena Bueri

O conceito de afrofuturismo está presente em nossas raízes há anos, traçando uma linha cultural entre o cinema, fotografia, arte, música e moda. Esse ano, o ilustrador afrofuturista Douglas Lopes, ganhou o Brasil Design Award com a ilustração de capa do especial Afrofuturo, e destaca que pode ser uma inciativa ou movimento de inovação, porém, não pode ser considerado novo devido a sua influência de anos na cultura brasileira.

 

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“O afrofuturismo também pode ser entendido como iniciativa e movimento de pessoas negras e pardas se projetarem no futuro e tomar para si esse tempo que ainda está por vir. Esse primeiro movimento é muito poderoso, se enxergar no futuro e querer vivê-lo muda toda a perspectiva de um sujeito sobre o que come, bebe, consome, lê, pesquisa, trabalha e investe. Depois disso, a potência negra de uma única pessoa é capaz de mover universos inteiros para fazer esse futuro real. Isso se manifesta na arte de diversas maneiras, com obras que inspiram e despertam o desejo de sonhar e se achar digno para sonhar. Seja ficção ou não”, diz Douglas Lopes.

De acordo com o artista, uma obra afrofuturista, desenvolvida por uma pessoa negra e com personagens negros, nem sempre cita diretamente problemas como: racismo; violência; pobreza. Ele ainda ressalta que o afrofuturismo na arte são obras gerenciadas e monetizadas por pessoas negras; não apenas produções com negros.


Arte de Douglas Lopes vencedora do Brasil Design Award. (Foto: Reprodução/Douglas Lopes/Forbes)


Douglas discorda sobre a neutralidade da tecnologia, “Aposto que se há pouco mais de um século negros tivessem tido a chance de inventar a fotografia, o composto químico utilizado no filme analógico favoreceria muito mais tonalidades escuras do que claras, por exemplo. A chegada de pessoas negras em universidades e em empresas de tecnologia e gerenciadas por pessoas negras é muito importante para que soluções sejam pensadas por outros pontos de vista”.

O vencedor do Brasil Design Award afirma que o afrofuturismo não é algo novo, com exceção do subgênero de ficção científica criado por Octávia Butler, esse movimento já estava presente na música, em destaque o samba, e no cinema novo, que, segundo o ponto de vista de Douglas, já se assemelhavam ao que hoje em dia é descrito como afrofuturismo.

 

Foto Destaque: Arte de Afrofuturismo de Douglas Lopes. Reprodução/Douglas Lopes/Forbes.

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