Segundo dados do Ministério da Saúde, através da Sociedade Brasileira de Urologia, o câncer de pênis é a principal causa que leva à amputação do órgão. Anualmente, são realizadas quase 600 mil amputações. Dados levantados pela SBU mostram que, entre 2015 e 2024, foram realizadas cerca de 5.851 amputações do órgão, com uma média de 580 por ano. No entanto, o câncer de pênis pode se agravar e levar o paciente à amputação devido às complicações.
Sintomas e fatores de risco
Embora os casos mais incidentes de câncer de pênis ocorram em homens a partir dos 50 anos, a doença também pode atingir os jovens. Por isso, é importante ficar atento aos sintomas, como: ferida peniana que não cicatriza, secreção excessiva e com forte odor, mudança na cor da glande (cabeça do pênis) e presença de nódulos na região da virilha.
Sinais de alerta câncer (Reprodução/Instagram/@portaldaurologia)
Os fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença são diversos. Entre eles estão: condições socioeconômicas precárias, que dificultam a higiene adequada da região peniana, infecção pelo vírus HPV, tabagismo e o fator natural, como a fimose (cobertura total da glande), que impede a higiene adequada.
Ranking de mortes por câncer de pênis
Um estudo realizado em 2017 aponta que o Brasil ocupa o 3º lugar em número de mortes causadas por câncer de pênis, ficando atrás apenas da Romênia e Uganda, que ocupam, respectivamente, o 1º e 2º lugares. O maior número de mortes, registrado também em 2020, foi na Índia (4.760), China (1.565) e Brasil (539). Ou seja, o Brasil está em evidência quando se trata dessa doença.
Como evitar o câncer de pênis
Para evitar o câncer de pênis, é necessário lavar o órgão diariamente com água e sabão, expondo a glande para uma melhor higiene, além de lavar a região após as relações sexuais. O SUS oferece a vacina contra o HPV (disponível para a população de 9 a 14 anos e para imunossuprimidos até os 45 anos), a retirada do prepúcio quando necessário e o uso de preservativo para evitar a contaminação por ISTs e HPV.
Foto Destaque: Cirurgiãos realizando operação (Reprodução/Instagram/@portaldaurologia)