Referência mundial da vacina, o Brasil está perto de ganhar a certificação de “país livre de sarampo”, já que o país completou dois anos, em junho, sem casos de sarampo. O território brasileiro recebeu esse título em 2016, mas perdeu quando o vírus foi reintroduzido. No entanto, o último caso confirmado foi no Amapá, em 2022. O país já eliminou quatro doenças, como poliomielite, rubéola, síndrome de rubéola congênita e o tétano neonatal.
Para eliminar doenças no país, a vacina é um dos grandes fatores para proteger a população e diminuir a circulação do vírus. Porém, caso não vacinem, há chances de o vírus voltar a circular, visto que o Brasil recebe visitas exteriores.
A importância da vacina
Segundo a pediatra e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballai, que presenciou o surto de sarampo no Brasil, em 2018, ela explica que quando uma população tem uma baixa cobertura (pouco vacinados), facilmente alguém pode ser infectado e assim pode infectar outros. Assim, começa um surto.
Entretanto, os números apontam que a cobertura vacinal do Brasil está em queda desde o ano de 2015. Após a pandemia, em 2022, os dados subiram, porém não atingiram a meta de 95%, o qual é o mínimo para um número de vacina.
A expectativa é de que a cobertura de vacinação das crianças aumente em 2024 (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Science Photo Library - Ian Hooton)
Desde o nascimento, o calendário nacional da vacina permite 20 vacinas obrigatórias protetoras em todos os ciclos da vida, incluindo a de sarampo e de poliomielite.
Contudo, as vacinas do calendário infantil indicaram alta em 2023, as expectativas são de que aumentem mais em 2024. A cobertura vacinal infantil é de 16 vacinas e 13 apresentaram aumento.
Os motivos de não se vacinarem
De acordo com Ballai, a falta de informação e o acesso são um dos fatores que impedem as pessoas de se vacinarem. Além disso, os especialistas afirmam que as notícias falsas também contribuíram para não se vacinarem, isso aumentou durante a pandemia.
Apesar das fake news, os especialistas também dizem que as vacinas deveriam ser rotineiras e não acompanhadas somente em campanhas. Sendo assim, aumentaria o fluxo de vacinas entre as pessoas.
Foto destaque: especialistas explicam a importância da vacina para eliminar doenças (Reprodução/Getty Images Embed/d3sign)
