Nesta segunda-feira (27), o Secretário Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, divulgou a primeira morte do ano causada por dengue na cidade. A vítima foi um homem de 38 anos, morador de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Segundo técnicos da pasta, outra morte está sob investigação.
A doença no Rio
Com quase mil casos confirmados na capital fluminense, Soranz expressou sua preocupação com o aumento de casos e medidas preventivas para conter a proliferação do vírus, durante entrevista feita pelo jornalista Lucas Madureira, do Bom Dia RJ, programa da TV Globo.
O secretário ainda compartilhou que a pasta finalizou a pesquisa sobre o índice de Aedes aegypti na cidade. Dentre as regiões mais afetadas pela infestação do vetor, estão Campo Grande, Santa Cruz e o Centro.
Soranz afirma que um dos principais pontos de atenção à população são os vasinhos de planta, calhas ou quaisquer espaços de proliferação. No Levantamento Rápido de índices para Aedes aegypti (LIRAa), 29,8% dos focos predominantes do mosquito também foram encontrados em pingadeiras, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros, materiais em depósitos de construções. “O verão chegou [...] a gente precisa que toda a população se mobilize contra o acúmulo de água parada”, destacou.
Daniel Soranz dá orientações para eliminação do mosquito transmissor da dengue (Vídeo: reprodução Instagram/saude_rio)
Número de casos em 2024
No ano passado, agentes da Secretaria Municipal de Saúde mapearam mais de 110 mil casos e 21 mortes por dengue, representando uma taxa de letalidade de 0,02%. A zona mais atingida foi Guaratiba, na Zona Oeste. Este número foi o maior registrado nos últimos dez anos.
Programa de vacinação contra a dengue
O programa de vacinação contra a dengue, iniciado em fevereiro de 2024, continua ativo. Até a manhã desta terça-feira (28), crianças entre 10 e 14 anos poderiam ser imunizadas contra o vírus. No início desta tarde, Daniel Soranz determinou a ampliação da faixa etária até 16 anos.
A prefeitura tem 100 mil doses de vacina em estoque que eram destinadas às segundas doses da primeira leva, que não voltaram para se vacinar. A urgência em reposicionar os imunizantes vem do receio em ter uma nova epidemia de dengue no Rio, como registrado em 2024. “Temos uma preocupação grande porque o número cresce em São Paulo, que já tem 58 mil casos, e tem a dengue tipo 3 circulando, que pode chegar ao Rio a qualquer momento”, disse durante coletiva sobre o carnaval de rua da capital.
Foto destaque: mosquito Aedes aegypti (reprodução/ FreePik/jcomp)