O aumento de casos de dengue levou o estado de São Paulo a decretar estado de emergência em vinte e uma cidades paulistas. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), a região registrou 7.201 casos da doença ainda na primeira semana epidemiológica, compreendida entre 29 de dezembro de 2024 e 4 de janeiro de 2025. Esse número representa um aumento de quase 10% em comparação aos dados do mesmo período no ano anterior.
De acordo com informações atualizadas no portal do Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde do governo estadual, já há 18.100 casos prováveis de dengue e 4.172 casos confirmados. Diante desse cenário, 21 cidades decretaram situação de emergência. Em resposta, os poderes públicos estão articulando medidas para acelerar a capacidade de atendimento nas unidades de saúde, além de oferecer suporte adicional devido ao crescimento expressivo dos casos.
Número de atendimentos em unidades de saúde coloca governo em alerta (Foto:Reprodução/Getty Images/Douglas Magno)
Secretaria busca conter avanços de novos casos
A SES-SP esclareceu, em nota, que monitora continuamente os casos de dengue e outras arboviroses nos municípios paulistas. Também informou que acompanha os indicadores para avaliar as melhores estratégias no enfrentamento da epidemia. Além disso, a secretaria disponibiliza boletins eletrônicos e painéis informativos atualizados com os números de casos, visando garantir a transparência e informar a população.
Até o momento, os municípios em situação de emergência devido à dengue são: Dirce Reis, Espírito Santo do Pinhal, Estrela D’Oeste, Glicério, Guarani D’Oeste, Igaratá, Indiaporã, Jacareí, Marinópolis, Mira Estrela, Ouroeste, Paraibuna, Populina, Potirendaba, Ribeira, Rubineia, São Francisco, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Tambaú e Tanabi.
Agentes de vigilância em saúde realizam ações preventivas, como a remoção de criadouros do mosquito (Foto:Reprodução/Fernando Frazão/Agência Brasil)
Resposta das Autoridades
Na última quinta-feira (9), o Ministério da Saúde anunciou a abertura do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para casos de dengue e outras arboviroses no estado. O objetivo é garantir um atendimento adequado e conter a progressão da epidemia. Além disso, o Departamento Federal de Saúde apresentou o Plano Nacional de Contenção para Dengue e outras Arboviroses.
Esse plano prevê que, nos períodos entre os picos de casos, serão reforçadas ações preventivas, como a remoção de criadouros e o uso de novas tecnologias para controle vetorial. Também está prevista a realização de uma força-tarefa para investigar casos, coletar amostras e identificar os sorotipos do vírus.
O aumento dos casos relacionados ao sorotipo 3 do vírus da dengue tem preocupado as autoridades de saúde. No ano passado, o Brasil contabilizou 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 6 mil mortes, conforme dados do painel de atualização de arboviroses do Ministério da Saúde.
Neste sábado (11), foram notificados 18.100 casos prováveis da doença, evidenciando a gravidade da situação.
Foto Destaque: Dengue, Chikungunya e Zika são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (Reprodução/@zeshdo/Pixabay)