O número crescente de casos de dengue no Brasil tem gerado preocupação, com mais de meio milhão de casos prováveis registrados e um aumento alarmante em comparação com o ano anterior. A dengue hemorrágica, uma forma mais grave da doença, está entre os principais desafios enfrentados pelas autoridades de saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, são necessários cuidados imediatos e vigilância rigorosa para lidar com essa condição potencialmente fatal.
Identificando dengue clássica da hemorrágica
Os sintomas iniciais da dengue clássica e da forma hemorrágica são semelhantes, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. No entanto, entre o terceiro e o sétimo dia da infecção, sinais de alerta específicos começam a se manifestar. Uma técnica comumente usada para distinguir a dengue grave é a prova do laço positivo, na qual pequenas manchas avermelhadas na pele indicam sinais de hemorragia quando o braço é apertado com um torniquete. Outros sintomas a serem observados incluem sangramento espontâneo em diferentes partes do corpo (boca, nariz, gengiva, ouvidos ou intestino), dor abdominal intensa, náuseas, vômitos persistentes, manifestações neurológicas e insuficiência cardíaca.
Comparação dos sintomas dos tipos de dengue (Foto: reprodução/ViverEnfermagemem/CuidadosIntensivos)
Riscos e complicações da dengue hemorrágica
Embora a dengue grave seja considerada rara, suas complicações podem ser devastadoras e até fatais. O estado de choque circulatório, caracterizado por uma queda repentina na pressão arterial e falência de múltiplos órgãos, é a principal causa de morte associada à dengue hemorrágica. A perda excessiva de líquidos e sangue devido à hemorragia interna pode agravar ainda mais o quadro clínico do paciente, exigindo intervenção médica urgente.
Prevenção e controle da dengue
O controle do vetor, o mosquito Aedes aegypti, é fundamental na luta contra a dengue. A eliminação de criadouros de água parada, onde o mosquito deposita seus ovos, é uma estratégia eficaz para reduzir a transmissão da doença. Além disso, medidas individuais, como o uso de repelentes e vacinação, desempenham um papel crucial na prevenção da infecção por dengue. A vacinação, disponível no SUS para determinados grupos populacionais e no setor privado para uma faixa etária mais ampla, oferece uma camada adicional de proteção contra a doença.
A dengue continua sendo um desafio de saúde pública no Brasil, exigindo uma abordagem abrangente que inclua vigilância ativa, medidas de controle do vetor e conscientização da população sobre a importância da prevenção.
Foto Destaque: pessoa apresentando sintomas de dengue hemorrágica (Reprodução/EdiçãoBrasil)