Para auxiliar na detecção precoce do glaucoma infantil, pais e pediatras podem contar com uma nova ferramenta. Trata-se da cartilha “Glaucoma infantil: diagnóstico precoce é a melhor solução”, lançada no último mês de agosto pela Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG).
Com a presença de três personagens (Íris, Glauco e Pio), o material faz parte da campanha de conscientização sobre o glaucoma pediátrico, que é responsável por 5% dos casos de cegueira em crianças de todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Visando sensibilizar e aproximar as pessoas do tema, a cartilha traz com uma linguagem simples e acessível, explicações de tópicos importantes sobre a doença que atualmente não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento.
Olho de criança com sintomas de glaucoma (Getty Images/iStockphoto/VEJA)
Principais Sintomas
Para detecção precoce do glaucoma em crianças, a cartilha deixa algumas dicas:
-Fotofobia: quando o bebê se retira da luz ou “enterra” a cabeça contra os pais ou contra a cama para evitar exposição à luz, que pode ser erroneamente confundido com timidez.
-Lacrimejamento: é frequente, mas devemos lembrar que não é exclusivo do glaucoma.
-Blefaroespasmo: é um piscar involuntário com fechamento ocular vigoroso.
-Modificação do brilho dos olhos: a córnea pode perder a integridade de suas camadas pelo aumento do olho, permitindo a entrada de líquido, o que a deixa com uma coloração azulada.
-Aumento do tamanho do olho: ocorre devido ao aumento da pressão intraocular. Alguns pais de crianças com glaucoma comentam já ter ouvido “que lindos olhos grandes o seu filho tem”.
Tratamento
Mesmo não tendo cura, o tratamento busca evitar a piora do quadro e a perda da visão. Para isso, o material se baseia na normalização da pressão intraocular e traz a cirurgia angular como primeira escolha para o glaucoma congênito primário. Além disso, o uso de colírios hipotensores também pode complementar o tratamento. Nos outros tipos de glaucoma infantil, o quadro clínico e o estágio da doença irão influenciar na escolha da modalidade de tratamento.
Foto destaque: Criança realizando teste oftalmológico. Reprodução/Getty Images/Bluecinema