Dia da Independência do Brasil é marcado por soberania, Motta e Novo PAC
Desfile também ficou lembrado pela ausência de ministros do STF e exaltação de programas de governo, além das vacinas e declarações do presidente Lula

O tradicional desfile de 7 de setembro em Brasília, deste domingo, foi marcado por fortes mensagens de soberania nacional e presença do presidente Lula ao lado de aliados, enquanto se destacava uma ausência estratégica: nenhum ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) esteve presente. A simbologia reverberou em meio ao julgamento da “trama golpista”, com a presença de figuras-chave do governo e protestos do público.
Slogans visuais, entoações populares e pronunciamento
O tema deste ano foi “Brasil Soberano”, estampado em faixas pelos ministérios, bonés distribuídos ao público e nas falas oficiais. A plateia reagiu com gritos como “sem anistia” e “soberania não se negocia”, especialmente durante a aparição de Hugo Motta, presidente da Câmara, conhecido por atrasar a votação da proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
O presidente Lula fez um pronunciamento de cinco minutos, criticando pressões externas e políticos que atuam contra os interesses do país. Ele também citou adversários classificados como “traidores da pátria”. Presidente também ressaltou que o Novo PAC é peça central da estratégia de soberania nacional, já que envolve investimentos em infraestrutura, energia, tecnologia e defesa.
Lula no desfile (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)
Presenças de alto escalão
Durante o desfile, houve presenças de nomes famosos como: Geraldo Alckmin, vice-presidente, Marina Silva, Ricardo Lewandowski, Anielle Franco, Simone Tebet, Camilo Santana e claro, Hugo Motta. Vale lembrar que os ministros do STF não estavam presentes neste domingo (7), assim como o Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal.
Contexto tenso e institucional
O desfile ocorreu em clima de tensão política e diplomática, poucos dias antes do voto decisivo de Alexandre de Moraes no julgamento que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe. A ausência dos ministros do STF foi amplamente interpretada como uma medida para evitar aparente alinhamento com o Poder Executivo. Além disso, O evento contou com forte esquema de segurança, envolvendo Forças Armadas, policiamento do DF, inspeções e drones. A Organização contabilizou cerca de 45 mil pessoas nas arquibancadas, intensificando o simbolismo de mobilização em torno dos temas de independência, democracia e soberania.