Técnico da seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, é condenado por fraude fiscal na Espanha

Condenado a um ano de prisão, tribunal de Madrid diz que Carlos Ancelotti não cumpriu com impostos sobre rendimentos de direitos de imagem recebidos em 2014, época em que treinava o Real Madrid

09 jul, 2025
Carlo Ancelotti | Reprodução/Instagram/@mrancelotti
Carlo Ancelotti | Reprodução/Instagram/@mrancelotti

Nesta quarta-feira (09), pela Justiça Espanhola, o técnico da seleção do Brasil, Carlos Ancelotti, foi condenado a um ano de prisão por fraude fiscal. Mas a informação é de que o italiano não deve ser detido à prisão.

Motivo da condenação

Ancelotti está sendo condenado por não pagar impostos sobre os rendimentos de direitos de imagem que recebeu em 2014, quando ainda treinava o Real Madrid, afirma o tribunal de Madrid, capital espanhola. Esses rendimentos referem-se ao valor que uma pessoa recebe para compensar o uso de sua imagem para fins comerciais. No esporte, esses rendimentos são associados a atletas que permitem suas imagens para clubes e patrocínio, por exemplo. O técnico já foi absolvido de um caso parecido em 2015.

A legislação da Espanha determina que sentenças menores há dois anos por crimes não violentos, em casos raros, exigem que réus sem antecedentes cumpram pena em regime fechado. Ancelotti se enquadra neste caso, e por isso sua pena não exigirá uma prisão obrigatória.


Carlos Ancelotti recebe camisa da Seleção brasileira após ser nomeado a novo técnico (Foto: reprodução/Instagram/@mrancelotti)

Carlos Ancelotti deve pagar uma multa de 386 mil euros (cerca de R$ 2,5 milhões) à receita Federal da Espanha. Essa quantia é inferior à metade de seu salário como treinador da seleção, que hoje chega a 10 milhões de euros anuais, o que dá por volta de R$ 5,3 milhões por mês

A fiscalização espanhola é rígida na cobrança de impostos, e diversos famosos já estiveram na mira, como os jogadores Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo e até a cantora Shakira.

Ancelotti se declarou inocente

Ministério público da Espanha o acusou de ter sonegado cerca de um milhão de euros durante dois anos, e solicitou à justiça que desse uma sentença de quatro anos e nove meses de prisão. O técnico se declarou inocente neste julgamento que aconteceu em abril.

Carlos Ancelotti ainda não se pronunciou à condenação. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que emprega o treinador, foi procurada para que se posicionem sobre o caso, mas ainda não manifestaram uma resposta.

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