Tecnologia eleva pressão de professores por resultados em sala de aula

Durante o horário de serviço, os professores sempre foram observados pelos pais, alunos e gestores escolares, porém, esse monitoramento tem crescido ultimamente, pois câmeras, plataformas digitais, avaliações externas, além de promessas de bonificação caso atinja as metas tem sido inclusos no dia a dia do professor para haver um controle sobre o que tem acontecido dentro das salas de aulas. Estes recursos são utilizados com a argumentação de obter um melhor desempenho ou impedir algum tipo de doutrinação.

MEC decide criar observatório contra violência aos educadores

Por conta desta alta vigilância sobre o trabalho dos professores, o Ministério da Educação decidiu realizar a criação e o financiamento do Observatório Nacional da Violência Contra Educador para que realizar em todo Brasil uma pesquisa sobre atos violentos que impedem a liberdade de ensino e aprendizado no país inteiro.

Fernando Penna, coordenador do observatório, explicou que no Brasil existe diversas tentativas de realizar um controle do trabalho pedagógico. Tendo uma maneira mais institucional que vigia e controla o professor por meio de plataformas, metas e avaliações e outro modo menos oficial se caracterizando por perseguições políticas e ideológicas, tendo até tentativas de censura em alguma abordagem temática dentro da sala de aula.

Fernando afirma que os governos usam métodos para restringir a autonomia do professora há muitos anos, porém detalha o avanço da tecnologia tornou mais vigilante sobre o que tem sido feito dentro das salas de aula.


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Professora mexendo no computador em uma sala de aula (Foto: reprodução/Miguel Schincariol/Getty Images Embed)


Vigilância aos educadores se tornou natural dentro das escolas

A professora da PUC-Campinas, Andreza Barbosa, a maneira como controlam a maneira dos professores ensinares se tornou algo natural em virtude do sistema de bonificação. Essa politica que dá uma premiação aos professores por conta do desempenho dos alunos em avaliações externas é algo que acontece em várias cidades e estados brasileiros, mesmo que os estudos nacionais e internacionais apontem que o sistema utilizado venha ser um método improdutivo na hora de realizar o ensino. 

Foto destaque: professor em sala de aula usando um notebook (Reprodução/Dobrila Vignjevic/Getyy Images Embed)

Avanços tecnológicos aperfeiçoam diagnósticos para tratamento da depressão

Desafiando médicos e cientistas, no campo da saúde mental, a depressão, a cada dia impulsiona técnicas, métodos e uma diversidade de aspectos sobre o assunto, devido principalmente, a complexidade do cérebro humano. A subjetividade das tradicionais intervenções, ainda que úteis, em muitos casos, podem levar a diagnósticos imprecisos, baseados em relatos pessoais e observações clínicas. Os métodos que comumente são aplicados para tratamento dos quadros de depressão, necessitam de upgrade e inovações, dando um passo a frente e abrindo novas possibilidades, com intervenções menos invasivas e mais eficazes.


Ressonância magnética funcional em cérebro humano (Foto:reprodução/Eigier Diagnósticos)


Com a chegada das tecnologias avançadas, tornou-se possível observar o cérebro humano atuando, como acontece com o uso da ressonância magnética funcional (RMF), uma poderosa ferramenta de identificação de padrões associados a depressão, nesta busca por saúde mental e qualidade de vida. Exames de imagem que promovem um detalhamento das atividades cerebrais, proporcionando a visualização de alterações específicas, auxiliando na diagnose dos pacientes com depressão.

Estudos recentes

Pesquisadores da Stanford Medicine, em estudos recentes, apontaram variados tipos de depressão identificados, baseando-se em padrões distintos de atividade cerebral, enfatizando não somente o auxílio na confirmação dos diagnósticos, mas permitindo uma melhor abordagem e personalização do tratamento.


Leanne Williams, autora sênior das pesquisas para tratamento de depressão pela Stanford Medicine (Foto: reprodução/Stanford Medicine)


O uso de mecanismos tecnológicos no corpo humano, como dispositivos cerebrais para monitoramento e estímulo de áreas do cérebro relacionadas ao quadro depressivo, também chega como aliados da medicina. Há poucos mais de três anos, pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, desenvolveram um dispositivo que é capaz de detectar eventos de depressão profunda e trata-los em tempo real. Implantado no crânio do paciente, ao emitir impulsos elétricos após detectar sinais de depressão, proporciona alívio e melhora no quadro. A paciente Sarah (nome fictício), 36 anos, após sofrer por cinco anos com depressão severa, ao utilizar o dispositivo, desfrutou de um grande sentimento de alívio, depois deste longos anos de intenso sofrimento. “Quando o implante foi colocado pela primeira vez, minha vida deu uma guinada para cima imediatamente. Minha vida voltou a ser agradável”, relatou Sarah.


Monitoramento de dispositivo implantado no crânio de Sarah para tratamento de depressão (Foto: reprodução/UCSF)


Alternativas inovadoras

O uso de Inteligência Artificial (IA) tem sido outro fator extremamente importante na inovação e aperfeiçoamento do diagnóstico da depressão. Analisando dados de exames de imagem, os algoritmos podem identificar padrões que normalmente seriam mais difíceis de detectar manualmente, trazendo uma melhor análise do quadro, ajudando aos médicos em decisões sobre o tratamento. Em estudo publicado na revista Nature Medicine, foi destacado o uso da IA para prever, com base nas atividades cerebrais dos pacientes em resposta aos diferentes tratamentos, dando celeridade na busca de uma melhor terapia para cada paciente.

Todas essas aplicações são animadoras para a classe técnica e para os pacientes. Pois, integrando as tecnologias hoje bastante avançadas, diagnosticar e tratar a depressão com mais precisão, aponta para dias melhores no campo da saúde mental. Considerando, contudo, questões éticas na manipulação de dados, capacitação de profissionais e investimentos amplos, como desafios deste processo de avanço, um futuro promissor para escalar os objetivos de aperfeiçoamento do tratamento da depressão, já é visível aos que necessitam de ajuda, bem como aos profissionais envolvidos na aplicabilidade dos serviços de diagnósticos e terapias.

Foto destaque: Cérebro humano por tecnologia de inteligência artificial (Reprodução/Freepik)

Possível proibição de processadores Intel pela China ameaça vendas

Governo da China alegou que os chips da empresa Intel representam um risco para o país e prometeu proibir o uso dessa tecnologia em todo o território nacional. Como consequência, as ações da companhia norte-americana caíram 2%.

A Cybersecurity Association of China (CSAC), responsável por definir novas diretrizes, realizará uma revisão completa de segurança dos produtos da Intel comercializados na China. A associação afirmou que a empresa estaria “prejudicando constantemente” os interesses e a segurança do país.

Embora o CSAC seja um grupo industrial sem vínculo oficial com o governo, possui uma relação estreita com Pequim, a capital, e sua influência. As acusações contra a Intel, amplamente divulgadas em uma publicação oficial da empresa na plataforma WeChat, ganharam força e podem levar a uma ampla revisão do sistema de defesa contra invasões. Esse processo seria conduzido pelo principal órgão regulador do ciberespaço da China, a Administração do Ciberespaço da China (CAC), aumentando ainda mais a pressão sobre a Intel no país.


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Logo da Intel (Foto: reprodução/Bloomberg/GettyImagesEmbed)


Ações caíram

Sem responder prontamente após a solicitação de um comentário sobre o assunto, o órgão CAC contribuiu para a queda de 1,5% nas ações da gigante americana no dia 16, após uma atualização subsequente a uma liquidação de tecnologia, que acabou sendo uma grande decepção.

No ano anterior, a CAC havia decretado a proibição da compra de produtos da fabricante americana de chips de memória, Micron Technology Inc., pelas operadoras de infraestrutura essenciais nacionais, alegando que esses produtos não passaram na revisão de segurança de rede realizada pelo órgão.

Outra revisão, com os mesmos procedimentos que a anterior, poderá prejudicar severamente as receitas da empresa no país, uma vez que o mercado chinês representou mais de 25% de suas vendas no ano passado.


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Stand do processor Xeon em conferência Apsara (Foto: reprodução/NurPhoto/GettyImagesEmbed)


Acusações

Todo esse conflito surge em um momento descrito por Washington como uma tentativa de bloquear a modernização de equipamentos militares chineses. Dan Coatsworth declarou: “As relações entre os Estados Unidos e a China estão em um estado delicado, e quanto mais se discute sobre limitações comerciais e tarifas, maior é a chance de o outro lado reagir com retaliação.”

Além das acusações contra os chips da Intel, também há críticas direcionadas aos processadores Xeon, amplamente utilizados em tarefas de inteligência artificial. Alega-se que esses processadores possuem várias vulnerabilidades, sendo permissivos a backdoors supostamente criados pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA).

O grupo industrial ainda acusa esses chips de irresponsabilidade devido à baixa qualidade que apresentam e às falhas no gerenciamento de segurança, o que levanta ainda mais preocupações sobre o impacto dessas tecnologias na segurança e soberania dos sistemas tecnológicos do país.

Foto Destaque: Sede da empresa Intel (reprodução/Robert Noyce/Intel)

TRÍADE é a ferramenta que avalia o compromisso das empresas com a Agenda 2030

A Oficina Consultoria criou a TRÍADE – Indicador de Reputação para a Agenda 2030, uma metodologia inovadora que visa conectar a reputação de empresas e organizações aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e aos princípios ESG (Ambiental, Social e Governança). A ferramenta analisa a percepção de marca e imagem, coletando dados de mídias e permitindo um diagnóstico aprofundado sobre a reputação digital das instituições. 

Liliane Pinheiro, CEO da Oficina, destaca que a TRÍADE transforma a reputação em um ativo mensurável, essencial para a tomada de decisões e a elaboração de estratégias empresariais. Com a urgência de progresso dos ODS, cujas metas atingiram apenas 17% do  previsto, a diretora enfatiza que é vital promover mudanças nas decisões organizacionais, alinhando interesses diversos em busca de uma governança mais autêntica e sustentável. 

A Agenda 2030 da ONU busca um desenvolvimento global alinhado a objetivos como erradicação da pobreza, igualdade de gênero e proteção ambiental, ressaltando a importância das práticas socioambientais em um contexto de interdependência coletiva.

Conscientização socioambiental


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Papel, vidro e plástico, cada um formando uma seta do símbolo de reciclagem visto acima no fundo branco. (Foto: reprodução/JW LTD/ Getty Images Embed)


O Indicador de Reputação oferece uma visão sobre a percepção de imagem e reputação de empresas e setores em relação ao desenvolvimento sustentável. Com o agravamento da crise climática nos últimos anos, a conscientização acerca de assuntos ligados ao desenvolvimento sustentável também se intensificou. Anteriormente, práticas de responsabilidade socioambiental eram muitas vezes encaradas como barreiras para a lucratividade, hoje, elas emergem como aliadas essenciais. Assim, uma empresa não pode mais se manter indiferente diante da urgência climática e dos princípios de Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG).

Nesse cenário, instituições e empresas verdadeiramente comprometidas com suas marcas e públicos desempenham um papel crucial no cumprimento da Agenda 2030 e na consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pelos estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU).

Indicador de reputação – TRÍADE

Com o intuito de apoiar instituições e setores nesse propósito, a Oficina Consultoria desenvolveu uma metodologia inovadora que originou a TRÍADE – Indicador de Reputação para a Agenda 2030. O objetivo central da TRÍADE é avaliar e conectar a reputação de empresas e organizações com os ODS e os pilares ESG (Ambiental, Social e Governança).

Funcionalidade da TRÍADE

A ferramenta proporciona uma compreensão do que cada marca representa e conforme é percebida por seus públicos, tanto em relação aos negócios quanto às contribuições para a Agenda 2030. De acordo com Liliane Pinheiro, CEO da Oficina Consultoria, esse diagnóstico permite mapear a trajetória reputacional e a percepção de imagem e marca por meio de três dimensões. 

“A TRÍADE nos permite coletar dados de mídias online e offline, analisar a reputação digital e obter o endosse dos públicos internos”, menciona Liliane. “O tempo em que a reputação não podia ser mensurada ficou para trás. Hoje, ela é mais do que um ativo intangível; é uma inteligência de dados valiosa que auxilia empresas e executivos em suas tomadas de decisão, revisão de estratégias de negócios e ajustes de rotas sobre como desejam ser vistos e percebidos”, detalha.

Segundo o recente relatório da ONU aponta um panorama alarmante: somente 17% das metas dos ODS estão progredindo conforme o planejado. Fatores como o aumento das taxas de juros, o endividamento e a fragmentação geoeconômica estão retardando os avanços.

A CEO da Oficina Consultoria enfatiza que, apesar de 2030 parecer distante, ele está se aproximando rapidamente, e, na corrida contra o tempo para atingir os objetivos, é essencial haver intencionalidade e uma mudança de paradigmas nas decisões para reunir CFOs, departamentos de sustentabilidade e gestores de reputação para planejamento, decisão e mensuração conjunta. 

“O indicador atua como uma ferramenta que correlaciona a estratégia, ligando as matrizes de materialidade ESG a indicadores de negócios e reputação, promovendo uma governança empresarial mais autêntica e alinhada aos interesses de todos os seus públicos”, conclui.

Agenda 2030


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Um trabalhador apresenta uma rede de pesca de náilon usadas no depósito da empresa Fil & Fab, Plougonvelin, França. (Foto: reprodução/FRED TANNEAU/AFP/ Getty Images Embed)


A Agenda 2030 é um plano de ação global para o desenvolvimento sustentável, formulado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Seu objetivo é alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que abordam questões globais como erradicação da pobreza, promoção da igualdade e proteção ambiental. O Brasil é um dos países que se comprometeu com a implementação da Agenda, alinhando suas políticas aos 17 objetivos, enumerados abaixo:

1. Erradicação da pobreza  

2. Fome zero e agricultura sustentável  

3. Saúde e bem-estar  

4. Educação de qualidade  

5. Igualdade de gênero  

6. Água potável e saneamento  

7. Energia limpa e acessível  

8.Trabalho decente e crescimento econômico  

9. Indústria, inovação e infraestrutura  

10. Redução das desigualdades  

11. Cidades e comunidades sustentáveis  

12. Consumo e produção responsáveis  

13. Ação contra a mudança global do clima  

14. Vida na água  

15. Vida terrestre  

16. Paz, justiça e instituições eficazes  

17. Parcerias e meios de implementação  


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Mulher africana joga lixo em galão adequado para reciclagem  (Foto: reprodução/Renata Angerami/ Getty Images Embed)


Para promover boas práticas socioambientais, é fundamental entender o meio ambiente em sua totalidade. Devemos estar conscientes de que nossas ações diárias têm impactos diretos sobre o ecossistema e que essas atitudes podem contribuir para mitigar seus efeitos nocivos. É importante lembrar também que a nossa sobrevivência está intrinsecamente ligada ao bem-estar coletivo.

Foto Destaque: latas amassadas e plástico nos cantos estão sob o símbolo de reciclagem. (Reprodução/Sorin Amanar/500px/ Getty Images Embed)

Amazon apresenta primeiro Kindle “colorido”; dispositivo ainda não está disponível no Brasil

Gigante da tecnologia, a Amazon anunciou novidades em relação ao Kindle, seu leitor de livros digitais. A linha terá dispositivos com tela colorida pela primeira vez, nomeados Kindle Colorsoft e Colorsoft Signature Edition. Para aqueles que buscam entrar no universo dos e-books, essa pode ser uma grande oportunidade.

Além deles, também foram apresentadas novas versões nesta quarta-feira (16) do Kindle Paperwhite (16 e 32 GB), Kindle básico, Kindle Kids e Kindle Scribe. Os modelos Paperwhite e básico já estão disponíveis para compra no Brasil. O Kindle é o principal leitor de livros digitais do mercado e o seu primeiro modelo foi lançado em 2007. A empresa calcula que 5 milhões de pessoas no mundo utilizem o acessório todos os meses.

Tela colorida

A novidade fornece outra experiência na leitura de e-books. Apesar de diferentes gostos, é inegável que a utilização de cores pode convencer novos clientes. O preço nos Estados Unidos é de US$ 280, em torno de R$ 1.579. Considerando que ainda serão adicionadas tributações, o valor para os brasileiros será salgado. Ainda mais considerando que o Kindle de 11ª geração custa R$ 450. O novo modelo básico chega custando R$ 599, enquanto a linha Paperwhite varia entre R$850 e R$999, a depender do armazenamento.

Modelo com cores, o Colorsoft pode ser comprado em modelos de 16 ou 32 GB. Suas funcionalidades incluem a escolha entre cores padrão ou vibrante, zoom sem pixelização, bateria para oito semanas e carregamento sem fio, além de ser à prova d’água.


Kindle é e-book mais vendido no mundo (Foto: reprodução/tablethelpline/Pixabay)


Outros modelos

Além do novo Kindle em cores, a linha ganhou novos aparelhos com adições importantes. O Kindle Scribe, por exemplo, conta com recursos utilizando IA. É possível resumir páginas e copiar o texto para um bloco de notas.

O Kindle padrão ganhou 25% em brilho de tela, enquanto o Paperwhite, com 7 polegadas e mais fino, está 25% mais rápido. Com essa nova empreitada, a Amazon reafirma o seu domínio no universo dos e-readers, oferecendo uma experiência de leitura diferente do tradicional.

Foto Destaque: novo Kindle com cores, primeiro na linha desenvolvida pela Amazon (reprodução/X/@juanicaffa)

Pesquisadores criam primeiro robô flexível capaz de amputar seus próprios membros

Um robô de silicone do tamanho de uma palma, foi criado em um laboratório em Connecticut. O protótipo apresenta movimentos semelhantes aos de uma lagartixa, e também é capaz de amputar os membros, assim como acontece com um lagarto gecko, que libera sua calda quando é agarrado por um predador.

A principal inovação está nas articulações do robô. De acordo com informações concedidas a CNN, a substância que mantém as articulações unidas tem uma consistência de borracha em temperatura ambiente. Quando aquecida, ela se torna mais líquida, permitindo que o membro se quebre.


Máquinas de autoamputação e interfusão: demonstração quadrupede (Foto:Reprodução/ O Fabratory da Universidade de Yale/YouTube)


As juntas também funcionam ao contrário. Segundo os estudos, peças diferentes podem ser fundidas para criar uma máquina modular. Durante os experimentos, três robôs se juntaram para atravessar um caminho criado pelos cientistas, uma vez que o trajeto é extenso demais para ser percorrido apenas por um.

Grande parte dos robôs modernos foram feitos com materiais duros, como metais e plásticos. Mas está crescendo o interesse em realizar versões “moles” construídos por meio de materiais flexíveis. “Podemos modificar a funcionalidade do autômato conforme necessário”, disse Bilige Yang, pesquisador de pós-graduação do Departamento de Engenharia Mecânica e Ciência dos Materiais, que liderou a pesquisa sobre o robô, publicada na revista Advanced Materials no final de maio.

Robôs flexíveis

Atualmente, os robôs inteligentes são usados para ações como a colheita de morangos, mas não são muito difundidos, relata Yu Ju Tan, professor assistente da universidade Nacional de Cingapura (NUS), ao CNN.


Modelo robótico flexível Foto: reprodução/Instagram/@yaleengineering)


Os criadores de robôs flexíveis estão trabalhando em novos modelos de robôs flexíveis, muitas vezes inspirados na natureza, para cumprir uma variedade de tarefas (desde um pequeno dispositivo em forma de estrela-do-mar que transporta medicamentos através do intestino humano até uma máquina mole inspirada em águas subaquáticas).

Primeiro robô flexível capaz de amputação

Tan, que trabalha com materiais eletrônicos e robótica mole, destaque que o robô da Yale é o pioneiro em autoamputação e autorreconfiguração. Ela vê potencial para aplicações em robôs biodegradáveis, reduzindo o impacto ambiental, quando uma parte amputada for deixada para trás, e “podemos realmente nos inspirar nela, em vez de começar do zero”, diz Tan, ao afirmar que a natureza oferece as próprias soluções de recomeço.

O próximo projeto é uma tartaruga robótica capaz de transitar suavemente entre terra e água, adaptando suas pernas para diferentes ambientes.

Foto destaque: Protótipo do robô mole (Reprodução: Yale Engineering/ www.seas.yale.edu)

Especialistas contam quais os maiores riscos do uso da Inteligência Artificial

Gary Marcus, especialista em inteligência artificial, publicou um novo livro sobre os principais riscos da inteligência artificial. O livro intitulado “Taming Silicon Valley: How We Can Ensure That AI Works for Us” (Domando o vale do Silício: como podemos garantir que a IA funcione para nós em tradução literal) foi publicado no dia 17 de setembro, pela The MIT Press.

Na obra, o autor diz que a longo prazo, não saberemos criar uma IA que seja segura e confiável o que pode acarretar problemas“Como, em algum momento, a IA substituirá a maioria dos empregos, e um pequeno grupo de oligarcas concentrará grande parte do dinheiro, talvez precisemos de uma renda básica universal” afirmou o especialista.

Inteligência Artificial é essencial

Marcus também defende a criação de uma agência reguladora para a inteligência artificial, uma vez que, segundo o autor, a inteligência artificial está “transformando tudo” e, portanto, uma agência que atue de forma dinâmica e reduza os riscos da nova tecnologia seria indispensável.

Em seu livro, Marcus alerta que “precisamos nos manifestar e insistir que descartaremos líderes que entreguem o controle às grandes empresas de tecnologia. O momento para boicotar a IA generativa pode estar próximo”.


Capa do livro de Gary Marcus (Foto: reprodução/Amazon.com)


12 Perigos causados pela Inteligência Artificial

Segundo o livro de Gary Marcus, os perigos imediatos provocados pela inteligência artificial são, em média, doze. A começar pela desinformação politica em massa e automatizada. O especialista diz que os sistemas de IA generativas são como “bombas nucleares” da desinformação e acabam sendo mais rápidas, baratas e eficientes.

O segundo risco é sobre manipulação de mercado. No livro o autor dá exemplo de como pode agentes mal-intencionados podem tentar influenciar mercados: “Alertei o Congresso sobre essa possibilidade em 18 de maio de 2023; quatro dias depois, isso se tornou realidade: uma imagem falsa do Pentágono em chamas se espalhou pela internet e fez a bolsa cair brevemente.”


Marcus, em seu perfil do X, cita em sua obra os malefícios da IA. (Foto: reprodução/@GaryMarcus/X)


Em terceiro está a desinformação acidental, ou seja, mesmo quando não há intenção de passar informações falsas, a própria tecnologia pode geral desinformação por acidente. Seguido de difamação, que como explica o autor, um caso específico é dano a reputação de indivíduos.

Outro perigo seriam as deepfakes não consensuais: “Deepfakes estão cada vez mais realistas. Em outubro de 2023, alguns estudantes começaram a usar IA para criar imagens de teor sexual falsas e não autorizadas de colegas”.

A lista também incluir a facilitação de crimes, como clonagem de voz; cibersegurança onde a IA pode descobrir falhas de segurança em softwares e celulares que antes só poderia ser realizado por especialistas; discriminação e preconceito; privacidade e vazamento de dados; uso não autorizado de propriedade intelectual; dependência excessiva de sistemas pouco confiáveis e impactos ambientais.

Foto destaque: Gary Marcus, especialista em Inteligência Artificial (Reprodução: Horácio Villalobos/Getty Imagens Embed)

Nova funcionalidade do Google ajuda a prevenir violência contra a mulher

O Google Brasil lançou recentemente uma nova funcionalidade nos seus serviços de busca online. A partir de agora, sempre que assuntos relacionados à violência doméstica forem pesquisados no Google, aparecerão destacados os telefones do canal de atendimento da Central de Atendimento à Mulher e do Centro de Valorização da Vida (CVV).

Acesso rápido às informações

O recurso já está em vigor há algum tempo na Índia, Peru, México, Austrália, Estados Unidos, Argentina e Bolívia. A novidade chegou ao Brasil por meio de uma parceria entre o Google, Ministério das Mulheres e o CVV. O objetivo do novo recurso é tornar as informações de contato o mais visível possível e com acesso rápido, tornando maior o alcance dos números emergenciais e prevenindo a violência contra a mulher.


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Atendimento pode ser feito pelo celular (Foto: reprodução/Anadolu /Getty Images Embed)


Segundo Luisa Phebo, líder de parcerias estratégicas de impacto social para a busca do Google na América Latina: “A violência doméstica é um problema social que requer uma resposta coletiva. Ajudar as vítimas a encontrar rapidamente um contato para suporte faz parte da nossa missão de tornar a informação universalmente acessível”.

O Google planeja implementar soluções semelhantes que também ajudarão a disponibilizar rapidamente os contatos emergenciais de prevenção ao suicídio e de canais que atendem denúncias sobre abuso sexual infantil.

Central de Atendimento à Mulher e do Centro de Valorização da Vida

A Central de Atendimento à Mulher pode ser acessada por meio do telefone 180 ou do aplicativo Direitos Humanos Brasil . O canal de atendimento funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. Ele é responsável por receber denúncias de qualquer tipo de violência contra mulheres, além de encaminhar os processos para as autoridades.  Por meio desse serviço, é possível também ter acesso a informações e orientações.

O Centro de Valorização da Vida pode ser acessado pelo número de telefone 188, por chats, email e até de forma presencial nos endereços disponíveis. O objetivo é oferecer prevenção ao suicídio e apoio emocional. Este serviço também está disponível 24 horas.

Foto destaque: fachada do Google (Reprodução/achinthamb/Shutterstock/Olhar digital)

Musk revela avanços do robô Optimus no evento “We Robot” na Califórnia

Durante o evento “We Robot” na Califórnia, Elon Musk revelou os avanços do robô Optimus, uma nova versão do Tesla Bot apresentada em 2022. O empresário acredita que a integração do robô com IA pode elevar o valor da Tesla a US$ 25 trilhões. No entanto, enquanto o Optimus atraiu atenção nas redes sociais por suas demonstrações, sua eficácia real suscita dúvidas, especialmente após um artigo da Forbes apontar possíveis truques que podem ter exagerado suas capacidades. Apesar de prometer que os robôs seriam parte do cotidiano da Tesla em 2025, muitos se perguntam se eles não são apenas dispositivos controlados por funcionários.

Gil Giardelli, especialista em tecnologia, destaca que o Optimus visa transformar o trabalho físico, possuindo capacidades como levantar objetos e interação com o ambiente. Contudo, as críticas de Giselle Santos, consultora de inovação, indicam que, além de avanços na agilidade e design, o robô ainda depende significativamente de suporte humano. Ela ressalta a importância de desmistificar a imagem pública sobre robôs, apontando que as inovações devem ser acompanhadas de uma visão realista de suas aplicações. Apesar das controversas, a persistência de Musk pode eventualmente resultar em avanços significativos no campo da robótica, diz Giselle.

Robô Optimus


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Mulher tira foto do robô humanoide “/”/Optimus”/”/ da Tesla em evento (Foto:reprodução/Costfoto/NurPhoto/Getty Images Embed)


Elon Musk apresentou na última semana, durante o evento “We Robot” na Califórnia, novos avanços do robô Optimus, desenvolvido pela Tesla. Em setembro de 2022, a primeira versão do Optimus foi revelada, com o nome de “Tesla Bot”, e desde então, tem buscado aprimorar sua integração com inteligência artificial (IA). Em junho, Musk declarou que o Optimus poderia elevar o valor da Tesla a impressionantes US$ 25 trilhões.


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Evento da Tesla apresenta robô humanoide Optimus (Fotọ̣: reprodução/ Costfoto/NurPhoto/Getty Images Embed)


O novo Optimus, que gerou discussões nas redes sociais por suas demonstrações de canto, dança e interação, levanta questões sobre sua real capacidade, já que muitos se perguntam se ele é apenas mais um dispositivo controlado por funcionários da empresa. Contrariando as críticas e desconfianças, o bilionário afirmou que, em 2025, os robôs serão parte do cotidiano da Tesla e, em 2026, estarão disponíveis para outras empresas.

Dúvidas sobre a eficácia do Optimus foram suscitadas por um artigo da Forbes USA, que analisou um vídeo onde Musk aparentemente revela truques que tornam o robô mais impressionante do que realmente é, incluindo edição de vídeo e movimentos pré-programados.

Diferencial do Optimus

Gil Giardelli, especialista em futuros e cofundador da 5 ERA, uma empresa focada em tecnologias emergentes, explica que o objetivo do Optimus é revolucionar o trabalho físico. Com um custo estimado entre US$ 20 mil e US$ 30 mil (aproximadamente R$ 110 mil a R$ 167 mil), o robô possui uma altura de 1,73 metros, pesa 57 kg, e pode levantar até 30 kg, além de caminhar a uma velocidade de 8 km/h. Suas articulações permitem movimentos precisos, reconhecimento de objetos e interação com o ambiente.

Os cinco principais diferenciais do Optimus incluem: integração com a inteligência artificial dos veículos Tesla; versatilidade em ambientes industriais e residenciais; eficiência energética; interação inteligente com humanos; e um design humanoide funcional. “O Optimus pode executar tarefas autonomamente, mas também é programado para receber comandos diretos e responder aos estímulos do ambiente”, complementa Gil.

Inovação ou ficção

A apresentação do novo Optimus gerou um grande burburinho, mas Giselle Santos, consultora de inovação, ressalta a importância de manter um olhar crítico sobre os avanços tecnológicos apresentados. Em uma ocasião em 2021, o dono do X, foi duramente criticado por ter um ator vestido de Optimus para demonstrar suas capacidades, o que levantou dúvidas sobre a veracidade de suas inovações.

“É pouco provável que o Optimus seja totalmente autônomo neste momento. Embora haja progresso em sua agilidade e no design, ainda precisa de suporte humano significativo, como foi evidente no evento com os “/minders”/ controlando o robô remotamente”, afirma Giselle.

Santos enfatiza a importância de ampliar a compreensão pública sobre robôs, além do estereótipo do robô multifuncional, e menciona que a robótica já está impactando áreas como a medicina, o que precisa ser mais divulgado para uma percepção realista do seu potencial. Embora tenha ressalvas sobre Elon Musk, reconhece que seus erros contribuem para o progresso e que essa abordagem de aprendizado é fundamental para a inovação, sugerindo que sua persistência pode levar a mudanças significativas.

Foto Destaque: robô humanoide Optimus Prime II da Tesla no WAIC, China, 2024. (Reprodução/Costfoto/NurPhoto/Getty Images Embed)

Cientistas descobrem a origem de Cristóvão Colombo

Uma nova pesquisa genética conduzida por cientistas espanhóis revelou a origem do Cristóvão Colombo. Segundo a análise, o explorador era judeu sefardita da Europa Ocidental. O estudo apresentado no último sábado (12) contradiz a teoria convencional, de que Colombo era italiano, nascido em Gênova. Por outro lado, historiadores questionavam a teoria tradicional, sugerindo que ele poderia ser judeu, espanhol, grego, basco, português ou britânico.

O resultado da pesquisa foi divulgado no documentário “Columbus DNA: His True Origin” (DNA de Colombo: A verdadeira origem). O programa foi ao ar na emissora nacional espanhola RTVE.


Mistério de 500 anos: ciência forense revela restos mortais de Colombo na Catedral de Sevilha (Vídeo:Reprodução/The Daily Guardian/YouTube)


Amostras de restos mortais enterrados foram essenciais para a análise

Para resolver o mistério por trás da origem do polêmico navegador, pesquisadores abriram uma investigação de 22 anos, liderado pelo especialista forense Miguel Lorente, da Universidade de Granada, na Espanha. A investigação envolveu amostras de restos mortais encontrados na catedral de Sevilha, considerada pelo governo como o último local de descanso de Colombo, mas também é objeto de controvérsia entre estudiosos em relação ao seu sepultamento.

As amostras foram comparadas com as de parentes e descendentes conhecidos, com resultados divulgados no “DNA de colombo: A verdadeira Origem”. Conforme a BBC, as amostras eram do filho de Colombo, Hernando e do irmão, Diego.


Vídeo realizado pela BCC sobre a origem de Cristóvão Colombo (Vídeo:Reprodução/BBC Global/YouTube)


Após analisar 25 locais possíveis, o especialista Lorent disse que era possível afirmar que Colombo nasceu na Europa Ocidental.

Os pesquisadores suspeitam que ele escondeu sua origem judaica ou se converteu ao catolicismo para escapar das perseguições religiosas. Aproximadamente 300 mil judeus viviam na Espanha naquela época, antes de, junto com os muçulmanos, serem obrigados a se converter ao catolicismo ou deixar o país em 1492, ano em que Colombo desembarcou nas Américas.

Cristóvão Colombo: uma figura história 

Cristóvão Colombo é considerado uma figura importante para a história. O navegador e explorador foi responsável por liderar a frota, financiada pela Espanha, que descobriu a América em 12 de outubro de 1492

Colombo morreu em Valladolid, na Espanha, em 1506, mas seu desejo era de ser enterrado na ilha de Hispaniola, que hoje é compartilhada pela República Dominicana e pelo Haiti. Seus restos mortais foram levados para lá em 1542, depois transferidos para Cuba em 1795 e depois, como se pensava há muito tempo na Espanha, para Sevilha em 1898.

Foto destaque: Monumento a Cristóvão Colombo, Barcelona (Reprodução:  hutchyb/Getty Imagens Embed)