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Brasil e China protagonizam imposições a usuários das VPNs causando dúvidas e insegurança

Atual cenário gera incertezas para usuários das VPNs na China e no Brasil, causando desconforto aos consumidores dos serviços prestados pelas empresas privadas de segurança virtual

09 Set 2024 - 10h03 | Atualizado em 09 Set 2024 - 10h03
Brasil e China protagonizam imposições a usuários das VPNs causando dúvidas e insegurança  Lorena Bueri

O uso de redes privadas virtuais (VPNs) tem sido um tema de destaque tanto na China quanto no Brasil, especialmente após a recente decisão do ministro Alexandre de Moraes de impor uma multa de R$ 50 mil para quem tentar acessar a rede social X por meio dessa tecnologia. Essa medida no Brasil, considerada de difícil fiscalização por especialistas, trouxe à tona o debate sobre a eficácia e os desafios do uso de VPNs.

Na China, o cenário é igualmente complexo. Embora não haja uma proibição explícita do uso de VPNs, o governo chinês impôs restrições significativas. Antes da pandemia, as autoridades derrubaram VPNs locais não autorizadas e removeram opções internacionais das lojas de aplicativos. Apesar disso, as empresas estatais de telecomunicações ainda permitem o uso de VPNs, criando um ambiente de uso ambíguo e não regulamentado.


Mulher chinesa na internet (Foto: Reprodução/Freepik)

Mulher chinesa na internet (Foto: Reprodução/Freepik)


Garantia duvidosa dos serviços de VPNs

Estima-se que cerca de 30 milhões de usuários na China utilizem VPNs, principalmente para acessar serviços de streaming de vídeo e jogos online. Algumas prometem acesso a plataformas como a Netflix, embora a entrega desse serviço nem sempre seja garantida. Entre as mais conhecidas estão Astrill, ExpressVPN e NordVPN, que são frequentemente citadas em listas de melhores opções por sua eficácia.

Além de entretenimento, as VPNs são usadas para acessar aplicativos populares de empresas americanas, como os serviços do Meta, incluindo Instagram, e do Alphabet, como o Google. A Microsoft, por outro lado, opera na China sem a necessidade de VPNs, oferecendo serviços como a busca do Bing, que estão disponíveis em versões mais controladas. O crescimento das plataformas tecnológicas chinesas, que superaram muitas concorrentes americanas, contribuiu para a estabilidade do uso de VPNs no país. No entanto, o acesso ao jornalismo internacional continua sendo uma área de atrito.


Homem notebook segurança vpn

Homem notebook segurança vpn (Foto: Reprodução/Freepik)


Penalidades e insegurança cercam usuários das VPNs

Recentemente, um incidente na província de Fujian destacou os riscos associados ao uso de VPNs. Um usuário, identificado apenas como Gong, foi punido por acessar redes sociais estrangeiras, gerando um debate sobre a aplicação de penalidades. Embora a notícia tenha sido removida de muitos sites chineses, continua circulando nas redes sociais, reacendendo o temor sobre o uso de VPNs no país.

Além disso, a organização GreatFire, que monitora a internet chinesa, relatou que nos últimos meses o tráfego de VPNs como Astrill e ExpressVPN tem se tornado mais lento, refletindo as dificuldades enfrentadas pelos usuários. Esse cenário destaca os desafios contínuos para aqueles que dependem de VPNs para acessar conteúdos restritos.

Foto Destaque: chip segurança (Reprodução/Getty Images Embed/MF3d)

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