Apple reconfigura corrida da IA: nada de superinteligência foco é no útil e confiável

Enquanto gigantes da tecnologia travam uma disputa bilionária para desenvolver a chamada “superinteligência artificial”, uma IA com capacidades comparáveis ou superiores às humanas (algo que revolucionaria o mundo), a Apple resolveu seguir por outro caminho. E, ao que tudo indica, esse caminho faz a empresa passar por um processo quase que oposto das Bigs Techs.

Durante a WWDC 2025, a Apple não apenas apresentou sua nova base de recursos baseados em IA, batizada de Apple Intelligence, que como outros produtos a Apple também pôs um nome próprio para a dela, como também deixou clara sua posição: o futuro da inteligência artificial, segundo a empresa, não está em cérebros artificiais que dominam tudo, mas sim em soluções pontuais, confiáveis e discretas.

Nada de super-IA e com motivo

Ao contrário de empresas como OpenAI e Google, que apostam em modelos cada vez maiores, mais caros e potencialmente mais problemáticos. A empresa desenvolveu seus próprios modelos menores, capazes de rodar diretamente nos dispositivos dos usuários, como iPhones, iPads e Macs, sem depender da nuvem para cada interação.

Segundo especialistas da própria companhia, a escolha está ligada a uma questão de responsabilidade. Modelos gigantescos ainda cometem erros frequentes, conhecidos como alucinações, que comprometem a confiança na tecnologia. Para uma marca tão centrada em reputação e controle da experiência do usuário, depender de uma IA instável seria um risco desnecessário, que no momento a empresa, não vê o porquê de correr.


Postagem sobre inteligência artificial da Apple (Vídeo: reprodução/Instagram/@tecmundo)

Uma IA mais parecida com a Apple

A estratégia da Apple se parece muito com o que a empresa sempre se propôs a fazer e adotou como identidade da empresa: controle total sobre hardware e software, foco em privacidade e uma experiência previsível para o usuário. A Apple Intelligence segue esse princípio ao combinar:

Como o mercado irá lidar com isso

A reação inicial tem sido positiva. Desenvolvedores elogiaram o equilíbrio entre autonomia do dispositivo e integração com serviços externos. Já investidores enxergam na estratégia da Apple uma maneira de avançar em IA sem se envolver nas polêmicas éticas, legais e técnicas que acompanham os grandes modelos.

A decisão da Apple de não investir no desenvolvimento de uma “super-IA” própria levanta questionamentos sobre sua posição estratégica no atual cenário da inteligência artificial. Enquanto parte do setor avança em direção a modelos cada vez mais complexos e generalistas, a empresa adota uma abordagem distinta, baseada em soluções especializadas e integradas. Esse contraste deverá ser amplamente analisado por especialistas e veículos de imprensa nos próximos meses.

Lentes de contato infravermelhas permitem enxergar no escuro até de olhos fechados

Pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hefei, na China, desenvolveram lentes de contato inovadoras capazes de tornar a radiação infravermelha visível aos olhos humanos, inclusive com as pálpebras fechadas. O avanço, publicado recentemente na revista científica Cell, representa um salto significativo na integração entre o corpo humano e as tecnologias sensoriais.

A novidade dispensa os tradicionais e volumosos óculos de visão noturna. Feitas com polímeros flexíveis e nanopartículas de ouro, fluoreto de gadolínio de sódio e íons de metais como érbio e itérbio, as lentes funcionam como dispositivos de conversão ascendente, capazes de transformar a luz infravermelha (entre 800 e 1.600 nanômetros) em luz visível para o olho humano.

Visão infravermelha sem aparelhos

Diferente de tecnologias térmicas utilizadas por animais como cobras e morcegos, que detectam calor sem formar imagens, as lentes chinesas permitem a visualização de formas, padrões e até sinais codificados em infravermelho. A radiação, invisível a olho nu, passa pelas pálpebras e é convertida pelas nanopartículas em estímulos visuais que ativam os fotorreceptores da retina.

Em testes laboratoriais, camundongos e humanos conseguiram identificar símbolos e letras sob luz infravermelha, mesmo com os olhos fechados. Embora a nitidez ainda seja inferior à dos óculos de visão noturna tradicionais, a praticidade das lentes representa uma solução mais leve, portátil e promissora.


Resumo gráfico do estudo (Foto: reprodução/Yaqian Ma et all/Revista Cell 2025)

Potencial para segurança, medicina e wearables

Entre as aplicações previstas estão desde resgates em áreas de baixa visibilidade até procedimentos cirúrgicos de alta precisão, passando por autenticação de documentos com marcas ocultas, uso militar e integração com dispositivos vestíveis inteligentes, os wearables. A capacidade de enxergar luz infravermelha também pode beneficiar pessoas com daltonismo ou deficiência visual parcial.

O projeto ainda enfrenta desafios técnicos, como o aprimoramento da definição visual. Para mitigar a baixa nitidez provocada pelo espalhamento de luz, os cientistas incluíram lentes corretivas adicionais, solução que melhorou a qualidade da imagem. Contudo, a tecnologia ainda não supera os equipamentos convencionais de visão noturna em questão de eficiência.

Futuro promissor

Apesar das limitações, a criação marca um passo importante no caminho para ampliar os sentidos humanos com tecnologia não invasiva. Lentes de contato que enxergam o invisível podem inaugurar uma era na tecnologia de consumo, segurança e acessibilidade, colocando literalmente nos olhos dos usuários a próxima geração da visão aumentada.

XChat: nova versão de mensagens diretas do X pode se tornar a rival do WhatsApp

No último domingo (01), o bilionário Elon Musk anunciou o lançamento de um upgrade das mensagens diretas da plataforma X, o antigo Twitter. Denominada de XChat, ela contará com recursos já existentes em aplicativos como o WhatsApp, utilizado principalmente pelos brasileiros.

A nova implementação de mensagens privadas faz parte dos planos de Musk de transformar o X em um “superapp”. O objetivo final do empresário é que o XChat englobe recursos já existentes em outras plataformas, oferecendo, sobretudo, privacidade.

Recursos implementados

O XChat terá como ferramentas os recursos de mensagens que se autodestroem, compartilhamento de qualquer tipo de arquivo, mensagens criptografadas e serviços de chamada por áudio e vídeo. Por enquanto, somente uma pequena parcela de usuários pagantes têm acesso ao XChat. Porém, de acordo com Musk, a plataforma será ampliada para todos os usuários do X ainda nesta semana, a menos que ocorram imprevistos.

Algumas das ferramentas adotadas pelo XChat já operam em outras plataformas de bate-papo online, como o Signal, Telegram e WhatsApp. Contudo, Musk revelou que o serviço de criptografia de mensagens será ao “estilo Bitcoin”.


Elon Musk anuncia o lançamento do XChat (Foto: reprodução/X/@elonmusk)


Privacidade como ponto central

De acordo com pesquisa publicada pelo Data Trust Index em 2024, 64% dos entrevistados alegaram não confiar na segurança das plataformas de mensagens. Além disso, 42% deles abandonaram aplicativos de bate-papo online em virtude da falta de confiança na segurança.

Com a divulgação de Musk sobre criptografia ao “estilo Bitcoin”, o objetivo do empresário é transmitir segurança ao usuário da plataforma. Musk deseja atrair a atenção dos que se sentem desprotegidos na rede.

As transações decorrentes do Bitcoin são protegidas por meio de assinaturas criptografadas e validação descentralizada. Imitando este sistema, o XChat irá criptografar as mensagens no aparelho do emissor das mensagens e exigir uma chave que possa descriptografar àquele que recebeu o conteúdo. Em resumo, o usuário não terá que se preocupar com acessos de terceiros em suas mensagens.

Foto Destaque: perfil de Elon Musk exibido em um smartphone em 2025 em Warrington, Reino Unido (Reprodução/Nathan Stirk/Getty Images Embed)

Meta firma acordo com usina nuclear para garantir fornecimento de energia

Foi anunciado nesta terça-feira (03), por meio de um comunicado da Meta, um novo acordo entre a empresa e a usina de energia nuclear Constellation Energy, para garantir o fornecimento de energia pelos próximos vinte anos. O crescimento da demanda de eletricidade das empresas de tecnologia e da própria Meta é motivado sobretudo pelo uso e pesquisa das Inteligências Artificiais.

Energia elétrica e desenvolvimento tecnológico

Segundo recentes pesquisas realizadas nos Estados Unidos, a demanda por energia elétrica no país cresceu pela primeira vez em duas décadas após o impulso das empresas de tecnologia, que investem cada vez mais na construção de data centers e no desenvolvimento das Inteligências Artificiais. Neste cenário, o consumo de energia da Meta triplicou desde 2019: “À medida que consideramos nossas necessidades energéticas futuras no avanço da IA, reconhecemos o imenso valor da energia nuclear ao fornecer eletricidade firme e confiável”, afirmou a gigante da tecnologia. 

O acordo firmado entre as empresas entrará em vigor em 2027, quando 1.121 megawatts passarão a ser fornecidos para a Meta. Para suprir as especificações, a Constellation Energy investirá na ampliação de sua atividade, inclusive construindo um novo reator na Usina Clinton, em Illinois.


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Usina nuclear de Illinois (Foto: reprodução/ Scott Olson /Getty images embed)


A Meta ainda aponta que o acordo não beneficiará somente as empresas, mas também garantirá a continuidade no fornecimento de energia, manterá e gerará empregos e contribuirá com milhões anuais de receita tributária. O acordo foi visto com bons olhos pelos legisladores de Illinois, que apontam uma grande perspectiva para o desenvolvimento econômico local.

Energia nuclear se torna a mais procurada entre as startup

Fontes de energia estáveis se tornaram as mais procuradas em meio ao aumento no consumo pelas empresas tecnológicas, com a energia nuclear no topo das mais procuradas, tanto pela eficiência quanto por sua baixa taxa de poluentes. 

Como o cenário energético atual, especialistas e a Agência Internacional de Energia demonstram preocupação com as perspectivas futuras, apontando a grande dificuldade que será gerar energias para sustentar as tecnologias que ainda estão por vir. 

Foto destaque: principais produtos da Meta (Reprodução/ NurPhoto /Getty images embed)

Interação entre IA e a Google se torna um novo padrão comportamental entre brasileiros

Ferramentas de inteligência artificial generativa (que criam novos conteúdos ou reutilizam oque aprenderam para solucionar problemas novos), antes consideradas novidade, agora se consolidarem como um hábito entre os brasileiros conectados. Essa é a conclusão de um estudo realizado pela Conversion em conjunto com a ESPM e divulgado exclusivamente pela Forbes Brasil.

Segundo a pesquisa, 93% dos brasileiros que acessam a internet já utilizaram recursos como ChatGPT, Gemini ou Copilot, enquanto 98% têm conhecimento desse tipo de ferramenta. Esse levantamento foi feito em maio de 2025 com cerca de 400 consumidores brasileiros que estão conectados à internet, por meio de uma amostragem não probabilística por conveniência, utilizando um questionário online composto por 25 perguntas.

Além de serem utilizados por curiosidade, esses recursos se tornaram frequentes na rotina dos usuários: 49,7% deles usam IA diariamente, enquanto 86,4% a utilizam pelo menos uma vez por semana. “Ou seja, a IA deixou de ser uma novidade e passou a ter um papel funcional e recorrente na vida dos brasileiros — seja para estudar, trabalhar ou realizar tarefas cotidianas”, aponta o estudo.

Google x IA: distribuição equilibrada

Os dados revelam que 62% dos usuários confiam muito ou totalmente nas informações produzidas por IA, número próximo aos 65,2% que confiam nos buscadores tradicionais, como o Google, por exemplo. Além disso, 45,1% dos entrevistados acreditam que ambos são igualmente confiáveis, indicando uma mudança gradual na percepção pública.

Embora o Google ainda detenha uma posição de destaque, cerca de 27,4% dos entrevistados o consideram mais confiável (somando as respostas “um pouco mais confiável” e “muito mais confiável”), sendo que 25,5% atribuem maior confiabilidade às IAs, numa distribuição quase equilibrada. Esse cenário demonstra que a IA já tem um papel significativo na formação de opinião e na pesquisa por informação, coexistindo com os mecanismos tradicionais.

Interação entre buscadores e IA

Um dos principais resultados do estudo é a constatação de que a interação entre IA e buscadores está formando um novo padrão de comportamento digital. Embora o Google continue a ocupar uma posição dominante, o uso de IA está cada vez mais presente, indicando uma dinâmica híbrida de busca que oferece uma visão estratégica valiosa para negócios e comunicação.


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O logotipo do OpenAI ChatGPT é visto com o logotipo do Google ao fundo (Foto: reprodução/Jaap Arriens/NurPhoto/Getty Images Embed)


Os números indicam que 32,3% dos respondentes reduziram suas buscas no Google após começarem a usar IA, enquanto 25,8% aumentaram suas buscas, sugerindo que as tecnologias podem atuar de forma complementar. “As mudanças apontam para uma busca híbrida, na qual o consumidor alterna entre IA e buscadores tradicionais dependendo do tipo de informação desejada. As marcas precisam estar preparadas para aparecer onde a informação nasce, e não apenas onde ela é clicada”, analisa Diego Ivo, fundador da Conversion.

Segundo Ivo, a confiança quase igual entre as duas tecnologias revela que não se trata de troca, mas de uma coexistência. “Para as marcas, isso implica uma revisão nas estratégias de conteúdo: não basta mais otimizar apenas para buscadores. É preciso criar materiais que sejam reconhecidos e priorizados tanto pelos mecanismos de busca quanto pelos modelos de IA generativa”, acrescenta.

Principais usos da IA no Brasil

A pesquisa revela que a principal vantagem percebida pelos brasileiros ao usar IA é a economia de tempo (71,2%), que se manifesta de diversas formas: na busca por informações específicas, na realização de tarefas profissionais e no aprendizado de novos assuntos. Essas finalidades foram citadas pelos próprios respondentes ao falar sobre os principais motivos para utilizarem essa tecnologia. 

Ao analisar o uso da inteligência artificial, a pesquisa da Conversion demonstra que a vantagem mais reconhecida pelos brasileiros é a economia de tempo, apontada por 71,2%. Essa economia se manifesta de várias maneiras: 

  • Na busca por informações específicas;
  • No suporte às tarefas profissionais;
  • No aprendizado de novos temas.

Essas funcionalidades foram destacadas pelos próprios participantes ao serem questionados sobre as principais finalidades do uso da IA generativa.

Vejamos as ferramentas de IA generativa mais usadas pelos brasileiros:

1º lugar: ChatGPT — 92,1%

2º lugar: Gemini — 74,7%

3º lugar: Copilot — 47,3%

4º lugar: Aplicativos de edição de vídeo — 33,4%

5º lugar: Plataformas como TikTok e Instagram — 30,4%

Os dados da pesquisa revelam o uso amplo e a diversidade de aplicações da IA no cotidiano dos brasileiros, que já compreendem que essas tecnologias compõem ferramentas importantes para realizarem diversas atividades.

Foto destaque: logotipo e a inscrição do laboratório de pesquisa ChatGPT e OpenAI na tela de um smartphone com fundo desfocado. (Reprodução/Nicolas Economou/NurPhoto/Getty Images Embed)

Musk x Trump: empresário afirma que não se responsabiliza pelas ações do governo norte-americano

Nesta última sexta-feira (30), Elon Musk, um dos principais conselheiros de Donald Trump neste novo mandato, deixou formalmente o seu cargo no DOGE (Departamento de Eficiência Governamental). Ele já havia anunciado sua saída no dia 28 de maio, que foi apenas oficializada na sexta, em um evento na Casa Branca.

Dias antes de sua saída formal, o empresário foi entrevistado pela CBS News e expressou suas opiniões sobre o pacote orçamentário defendido por Trump no Congresso e sua decepção com outras ações do presidente.

O que Musk disse na entrevista

Ao ser questionado sobre a existência de alguma discordância com as propostas do presidente estadunidense, o bilionário afirmou que apoia grande parte das ações do governo, mas que há algumas divergências. Ainda, Musk disse não se responsabilizar “por tudo o que este governo está fazendo.”

Apesar das opiniões diferentes, o dono do X comentou que estava “preso em um dilema” sobre publicar ou não suas discordâncias. Para ele, ao tornar público o que discorda, seria criado um ponto de tensão no seu relacionamento com Trump.

Além disso, o empresário considerou que as críticas à sua gestão no DOGE são “injustas” e exaltou o trabalho realizado por ele e sua equipe no departamento.


Saiba mais sobre a saída de Musk do governo Trump no podcast “Café da Manhã” (Áudio: reprodução/Spotify/Café da Manhã)


Como era o cargo do empresário na gestão Trump?

Durante as eleições de 2024, Musk se tornou um dos principais aliados e financiadores de Trump. Com o início do mandato, o empresário assumiu o cargo de assessor especial e coordenador do DOGE, com um limite de 130 dias para trabalhar. Sua responsabilidade era a de cortar gastos federais e uma de suas principais ações foi a demissão de centenas de funcionários públicos. Essa decisão recebeu inúmeras críticas e ocasionou uma série de ações judiciais, que ainda estão em andamento.

Na mesma entrevista para a CBS, Musk criticou o “grande e belo projeto de lei” orçamentário que Trump planeja implementar. Segundo ele, tal proposta “aumenta o déficit orçamentário, não apenas o reduz”, além de minar o trabalho feito até agora no DOGE.

Nesta terça-feira (3), o bilionário publicou em sua rede social X que já não “aguentava mais […] Este projeto de lei de gastos do Congresso, enorme, escandaloso e eleitoreiro, é uma abominação repugnante. Os que votaram a favor deveriam sentir vergonha: sabem que erraram. Eles sabem.


Publicação de Elon Musk em sua rede social X, antigo Twitter, sobre o projeto orçamentário de Trump (Foto: reprodução/X/@elonmusk)


A saída de Musk do governo Trump ocasionou um aumento de 2% nas ações da Tesla, empresa do qual ele também é dono. Sua aproximação com o presidente e suas ações frente ao DOGE geraram protestos contra a montadora de carros,  afastando consumidores e acionistas. As ações da empresa já acumulam uma queda de 11% no ano de 2025.

Foto destaque: Donald Trump e Elon Musk em evento da empresa Space X (Reprodução/Brandon Bell/Getty Images Embed)

 

Blue Origin conclui com sucesso 12º voo espacial com 6 tripulantes

No último sábado (31), a Blue Origin celebrou um marco importante no programa New Shepard, completando seu 12º voo espacial tripulado. Durante a missão histórica, a empresa realizou o 32º lançamento de sua espaçonave, levando a bordo seis passageiros civis em uma jornada suborbital inesquecível.

Os novos turistas espaciais incluíram nomes como a professora Aymette Medina Jorge, a radiologista Gretchen Green, o ex-embaixador do Panamá nos Estados Unidos Jaime Alemán, o empresário Jesse Williams, o executivo aeroespacial Mark Rocket e o empreendedor Paul Jeris.

Tripulação exclusivamente feminina

Com este lançamento, a Blue Origin superou a marca de 60 pessoas enviadas ao espaço por meio do New Shepard, um número que inclui quatro participantes que embarcaram em missões duplicadas. Ao longo de sua trajetória, o programa tem sido palco de uma mistura diversificada de passageiros, como cientistas, educadores, médicos, exploradores e até celebridades, que tiveram a oportunidade de vivenciar a beleza e fragilidade da Terra vista do alto.

Em abril, a Blue Origin fez história ao enviar a primeira tripulação exclusivamente feminina ao espaço, com destaque para a cantora Katy Perry, que passou quatro minutos em ambiente de microgravidade, em um marco simbólico para o setor de turismo espacial.

Phil Joyce, vice-presidente do programa, compartilhou um agradecimento especial aos clientes: “Somos gratos aos nossos passageiros por confiarem em nós para proporcionar uma experiência que realmente transforma. A oportunidade de contemplar a fragilidade do nosso planeta do espaço é algo único e profundamente tocante.


 A Blue Origin concluiu o seu 12º voo espacial tripulado do programa New Shepard com seis civis a bordo (Vídeo:reprodução/YouTube/@blueorigin)


O futuro do turismo espacial com a New Shepard

A New Shepard, que leva o nome do astronauta Alan Shepard — o primeiro americano a viajar para o espaço —, é o coração da ambiciosa proposta da Blue Origin para o turismo espacial. Com seu design totalmente reutilizável, a nave suborbital tem sido uma das pioneiras no setor, com um foco claro na redução dos custos de viagens espaciais através da reutilização de componentes essenciais.

Ao contrário de muitas naves espaciais, a New Shepard foi projetada para ser autônoma, o que significa que os passageiros não precisam se preocupar em pilotá-la. Todos os controles são gerenciados pela base de comando em solo, tornando a experiência mais tranquila e acessível.

Foto destaque: tripulação  do 12º voo espacial do Blue Origin (Reprodução:Instagram/@blueorigin)

Elon Musk planeja enviar nave não tripulada a Marte até o final de 2026

O empresário Elon Musk anunciou um novo marco para os planos de exploração espacial da empresa SpaceX, o envio de uma nave não tripulada em uma missão para Marte até o fim de 2026. Segundo Musk, a proposta é ambiciosa, mas viável, e marcará o primeiro passo concreto para tornar a colonização do planeta vermelho uma realidade nas próximas décadas.

Durante uma apresentação na plataforma X, Musk revelou que a missão inaugural da nave Starship incluirá o transporte do robô humanoide Optimus, desenvolvido pela Tesla, com a função de atuar na exploração inicial da superfície do planeta. O empresário avaliou em 50% as chances de sucesso da missão ocorrer dentro do prazo, destacando os avanços recentes e os desafios técnicos, como o reabastecimento orbital, que ainda precisam ser superados.

Os desafios do Starship

Apesar de seu enorme potencial, a nave Starship ainda enfrenta desafios importantes. Em testes recentes, a SpaceX teve dificuldades na fase de reentrada da nave na atmosfera terrestre, com explosões e falhas que, segundo Musk, fazem parte do processo de aprendizado. A empresa continua trabalhando para superar essas limitações técnicas e garantir a viabilidade de missões seguras e eficientes.


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Space X (Foto: reprodução/Samuel Corum/Getty Images Embed)


A missão de 2026 representa uma oportunidade crucial para validar os sistemas da Starship fora da órbita terrestre. A próxima janela de lançamento para Marte, que ocorre a cada dois anos devido ao alinhamento planetário, será fundamental para testar, na prática, os recursos da nave em uma missão de longa duração.

Marte como próximo destino da humanidade

Musk também compartilhou planos mais ambiciosos, como o de lançamento de 1.000 a 2.000 naves Starship por janela de dois anos, com o objetivo de estabelecer uma presença humana permanente em Marte. Ele vê o planeta vermelho como uma espécie de “plano B” para a humanidade e defende a colonização como um passo necessário para garantir a sobrevivência da espécie.

Esses objetivos também se alinham com os interesses da NASA, que pretende enviar astronautas de volta à Lua até 2027 e, futuramente, promover missões tripuladas a Marte na década de 2030. Se a missão não tripulada de 2026 for bem-sucedida, ela poderá representar o início de uma nova era na exploração espacial e colocar a SpaceX na liderança dessa jornada interplanetária.

Foto Destaque: Elon Musk com a camisa de “ocupar Marte”(Reprodução/Michael Gonzalez/Getty Images Embed)

Trump confronta Harvard por aceitar comunidade estudantil estrangeira

O presidente Donald Trump iniciou uma ação política contra universidades de elite nos Estados Unidos. Em abril, anunciou a revogação da autorização federal para Harvard matricular estudantes internacionais, alegando ameaças à segurança nacional e tolerância ao antissemitismo. Além disso, propôs redirecionar US$ 3 bilhões de recursos públicos de pesquisa para escolas técnicas, por meio de decreto. 

As universidades, por sua vez, recorreram à Justiça, que concedeu liminar suspendendo a medida. Instituições como Harvard, Stanford e MIT elevam a competitividade global dos EUA em ciência, educação e empreendedorismo, além de ajudar na economia e inovação do país, atraindo talentos internacionais que corroboram com pesquisa, patentes, incluindo startups e ecossistemas tecnológicos.

Notificação do departamento

O governo de Donald Trump decidiu nesta quinta-feira (29) suspender temporariamente a tentativa de revogar imediatamente a autorização da Universidade de Harvard para matricular estudantes estrangeiros. Em vez disso, concedeu à instituição um prazo de 30 dias para contestar essa decisão por meio de um processo administrativo mais detalhado.

Na véspera, quarta-feira (28), o Departamento de Segurança Interna estadunidense notificou Harvard sobre a intenção de revogar a certificação da instituição no programa federal de matrícula de estudantes estrangeiros.


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Universidade de Harvard nos EUA (Foto: Reprodução/Farrell Grehan/Kevin Fleming/Getty Images Embed)


Antes de uma audiência na Justiça com a juíza distrital Allison Burroughs, em Boston, o Departamento de Justiça protocolou essa notificação no tribunal, buscando a suspensão de uma ordem temporária que impede o governo de revogar o direito da instituição de acolher estudantes de fora dos EUA.

Durante a audiência, a juíza ressaltou que, devido ao risco de prejuízo para Harvard e seus alunos, pretendia emitir uma liminar ampla para manter o status quo, ou seja, a condição atual enquanto o processo administrativo em andamento fosse concluído.

O Departamento declarou que enviou a notificação após a universidade indicar intenção de cumprir os requisitos do Programa Federal de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio, que permite a matrícula de discentes estrangeiros.

A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, afirmou em comunicado que “Harvard continua a colocar seus alunos em risco e a disseminar o ódio no país”, e que a universidade precisa mudar seu comportamento para continuar recebendo benefícios do povo americano.

Alegações e impactos em Harvard 

Harvard alegou que a tentativa de revogação viola seus direitos constitucionais de liberdade de expressão e de devido processo legal. A instituição também afirmou que a ação do governo não seguiu os regulamentos do Departamento de Segurança Interna, que exigem pelo menos 30 dias para que a universidade possa contestar as alegações e apresentar recursos administrativos.

A universidade afirmou que perder esse direito afetaria cerca de um quarto (25%) de sua comunidade estudantil e causaria danos severos à instituição. Harvard negou as alegações do governo Trump, incluindo supostas tendências conservadoras, como a promoção de antissemitismo no campus e suposta cooperação com o Partido Comunista Chinês.

Foto destaque: presidente dos EUA, Donald Trump (Reprodução/Brandon Bell/Getty Images Embed)

Apple anuncia novos modelos de iPhone que entrarão em sua lista vintage

Segundo anúncio da Apple feito nesta quarta-feira (21), os modelos: iPhone 8 (64 GB e 256 GB) e o iPhone 7 Plus não receberão mais atualizações em seu sistema iOS, e podem não receber mais reparos nas filiais da empresa.

Lista vintage 

A lista vintage da Apple reúne todos os aparelhos lançados pela empresa que não recebem mais suporte de atualizações e reparos em unidades oficiais. Estar na lista vintage também significa que o aparelho não está mais em distribuição para venda.

Normalmente, os produtos entram para a lista após cinco anos da interrupção de fabricação e envio para as lojas. Por enquanto, algumas peças do iPhone 8 (64 GB e 256 GB) e o iPhone 7 Plus ainda poderão ser encontradas para uso, enquanto durarem os estoques.

No mesmo anúncio, a empresa moveu os aparelhos iPad Air 2 e iPad mini 2 para a lista de obsoletos, ou seja, não podem mais contar com praticamente nenhum suporte da Apple.

Hora de escolher um modelo mais novo?

A política da lista vintage pode deixar alguns clientes frustrados, pois o custo de adquirir um modelo da marca não costuma ser barato. Com a perspectiva do fim das atualizações, o tempo máximo de uso do aparelho pode ser menor do que o planejado anteriormente.


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Usuário dos celulares Apple (Foto: reprodução/Joao Simoes/Getty images embed)


Segundo Adam Boynton, gerente sênior de estratégia de segurança da empresa Jamf: “Essas atualizações não se limitam a novos recursos. Elas oferecem patches de segurança essenciais que protegem contra vulnerabilidades, incluindo aquelas que estão sendo ativamente exploradas”.

Portanto, investir em modelos mais novos, além de garantir uma maior gama de produtos e recursos, pode te proteger contra ataques de criminosos. Por enquanto, os modelos mais recentes da lista vintage ainda receberão alguns patches de segurança, principalmente para aqueles que mantêm o software atualizado, o que pode garantir mais alguns meses até a troca para um modelo mais recente.

Foto destaque: iPhone 7 plus (Reprodução/Dom Esposito/4gnews)