De acordo com dados divulgados pela Counterpoint Research (empresa de pesquisa voltada para tecnologia), a gigante Apple retornou ao posto de primeiro lugar em vendas no primeiro trimestre de 2025, graças ao lançamento do modelo 16e em fevereiro de 2025. As vendas da marca representam a fatia de 19% no mercado.
O crescimento global no setor foi de 3% no período. Nos mercados emergentes, como América Latina e Índia, houve melhora significativa em relação às vendas, ao contrário de locais onde a população apresenta certo poder aquisitivo, como América do Norte e Europa.
Embora tenha crescido no mercado emergente, a Apple ainda enfrenta resistência na China graças ao crescimento da Huawei. No Brasil, o preço do novo modelo é de R$ 5.799.
Driblando a taxação
Com seus lançamentos programados quase sempre para o quarto semestre, a Apple resolveu se adiantar. O objetivo é driblar as pesadas tarifas de importação impostas pelo presidente americano Donald Trump, inclusive fretando voos de carga da índia para os Estados Unidos.
Por conta da medida de tarifas recíprocas, a Apple chegou a perder US$ 250 bilhões em valor de mercado. Mas, na última sexta-feira (11), o governo anunciou a isenção de tarifas de importação para os smartphones e demais produtos eletrônicos. Além da Apple, outras fabricantes devem aproveitar-se dessa brecha temporária para alavancar suas vendas.
Huawei, a maior empresa de tecnologia da China e principal concorrente da Apple (Foto: reprodução/David Ramos/Getty Images Embed)
Ranking e incertezas econômicas
Em segundo lugar de vendas, a Samsung aparece com 18% de participação. Houve um aumento de vendas da marca graças ao lançamento dos novos modelos da série S25. Logo atrás aparece a Xiaomi, com 14% de vendas.
Em quarto lugar no ranking aparece a Vivo – que não é a empresa de telefonia que opera no Brasil – com 8% de vendas. Para evitar confusão, ela opera com o nome de Jovi em solo brasileiro. E fechando o top 5, a chinesa Oppo também aparece com 8%. A empresa opera no mercado brasileiro desde 2022.
As expectativas para o restante do ano, contudo, não são animadoras. Por conta das medidas de taxação implementadas por Trump, é esperado um declínio no setor a longo prazo, com consumidores adiando suas compras.
Foto destaque: Novo iPhone 16e em uma loja na Califórnia (Reprodução/Jay L. Clendenin/Getty Images Embed)