Ferramentas de Inteligência Artificial podem se prejudicar com conteúdos digitais

Diversos estudos envolvendo tipos de inteligência artificial vem surgindo nos últimos tempos e uma pesquisa recente, tenta refletir sobre a possibilidade das IAs sofrerem com “Brain Rot” ao serem treinadas com os mesmos conteúdos que os usuários consomem constantemente na internet.

O termo brain rot significa “apodrecimento cerebral” e é usado para explicar como o consumo incessante de conteúdo online afeta o cérebro humano, prejudicando seriamente a cognição humana: o foco, a memória, disciplina e até o discernimento social de alguém vai definhando pouco a pouco. Ano passado, a Oxford University Press chegou a eleger brain rot como “palavra do ano” com o crescimento dos obcecados por telas.

A tese sobre IAs deteriorando suas funções veio de pesquisadores da Texas A&M University em parceria com a Universidade Purdue de West Lafayette, Indiana. Os estudos começaram com a preocupação de que, se as ferramentas de IA “aprendem” com a mesma enxurrada de lixo digital que os humanos se viciam, como fica a construção lógica da programação dessas ferramentas?

Testando a hipótese

Obviamente, modelos de IA não conseguem pensar ou compreender, mas são desenvolvidos para seguir uma lógica e manter a coerência de acordo com suas funções específicas direto em seu código. Se expostos a conteúdos de baixa qualidade, o resultado traz prejuízos em contextos mais longos e principalmente mais complexos, criando “falhas de raciocínio” e inconsistências na resposta dada pela IA.

“Quando expostos a textos de baixa qualidade, os modelos não apenas soam piores, eles começam a pensar pior” Junyuan Hong e Atlas Wang, coautores do estudo, sobre a base do projeto.


Esboço de Hong e Wang (Foto: reprodução/GitHub/LLMs Can Get “Brain Rot”!)


Os pesquisadores testaram sua hipótese com um amontoado de dados “ruins” tirados da plataforma X, o antigo Twitter, com um grande arquivo cheio de publicações “caça-cliques”, comentários reciclados, postagens feitas para causar brigas e uma chuva de textos feitos por bots, os famosos algoritmos programados.

Treinando modelos com esse conteúdo (Llama 3, do Meta e Qwen LLm da Alibaba, ambos IAs de linguagem), houve um declínio cognitivo considerável, causando um impacto duradouro onde as ferramentas parecem fluentes, mas raciocinam de uma forma superficial e confusa.

Vozes sobre a pesquisa

Os resultados não surpreenderam pesquisadores da área, até os que não participaram do projeto. Ilia Shumailov, ex-cientista, afirmou que o brain rot das IAs estão alinhados com a literatura acadêmica sobre envenenamento de modelos, um termo que explica o que acontece quando agentes mal-intencionados manipulam dados de treinamento de IA, trazendo vulnerabilidades e o próprio fim dos modelos.

Gideon Futerman, um associado do Center for AI Safety, também comentou sobre o uso seguro da inteligência artificial e que a melhoria de dados no pré-treinamento delas pode garantir que os sistemas de IA sejam melhores com o tempo.

Higiene Cognitiva

Junyuan e Atlas apelidaram as avaliações de treinamento de IA como “higiene cognitiva” explicando que o futuro da segurança desses modelos depende da integridade dos dados que estão moldando cada ferramenta, ainda mais se até a primeira base delas, é gerada por uma IA.

Para eles, à medida que o conteúdo online fica cada vez mais sintético e focado apenas no engajamento, é um grande risco para os modelos da inteligência artificial herdarem distorções de raciocínio. Uma prévia da pesquisa “Hipótese do Apodrecimento Cerebral das LLMs” está disponível na plataforma arXiv e passa por uma revisão de pares atualmente.

iPhone 18: novo aparelho pode ter mais memória RAM do que iPhone 17

A Apple mal lançou o seu mais novo modelo, o iPhone 17, e já circulam rumores sobre o próximo modelo da marca. Segundo noticiado pelo portal coreano The Bell, o iPhone 18 possuirá memória RAM de 12GB. Ou seja, o modelo a ser lançado terá um aumento significativo de 50% na RAM em comparação com o atual.

A decisão de aumentar a quantidade de RAM nos modelos do iPhone 18 pode estar alinhada com a crescente demanda por processamento de inteligência artificial no próprio dispositivo. A memória extra poderá ajudar a empresa a expandir o Apple Intelligence para oferecer experiências aprimoradas no modelo base.

Recursos populares

A decisão da companhia em aumentar para 12 GB a memória do aparelho padrão permitirá que o recurso de inteligência artificial esteja disponível para quem optar pelo modelo básico. Segundo informações divulgadas pelo portal sul-coreano The Bell, a empresa fundada por Steve Jobs teria solicitado à Samsung, sua fornecedora de RAM, o aumento do fornecimento de chips LPDDR5x para a próxima família de iPhones.

A Samsung produz RAM LPDDR5x em módulos de 12 GB e 16 GB. Se a RAM LPDDR5x for usada em todos os modelos da linha, o iPhone 18 base poderá receber uma atualização de RAM para 12 GB, um salto notável em relação ao iPhone 17. A Apple também estaria em negociações com a SK Hynix e a Micron para o fornecimento adicional de DRAM móvel.

É importante ressaltar que o iPhone 18 provavelmente está em fase inicial de desenvolvimento. Portanto, qualquer rumor atual sobre hardware deve ser considerado com cautela. Todavia, caso esta atualização se confirme, a atualização de memória consolidará a tendência da Apple em equipar todos os seus aparelhos com ao menos 12 GB de RAM. Este será um movimento que pode abrir as portas para uma nova geração de smartphones mais inteligentes, potentes e independentes da nuvem.

Além disso, a decisão auxilia a empresa a se manter competitiva no mercado de smartphones de ponta, principalmente contra as marcas chinesas, que já oferecem dispositivos com até 24 GB de RAM.



Rumores sobre modelo

Segundo Mark Gurman, analista veterano da Apple na revista Bloomberg, a empresa deve lançar seu primeiro modelo dobrável no próximo ano. Há rumores de que a companhia lançará a série iPhone 18 Pro e o modelo dobrável no final de 2026. Já o iPhone 18 padrão e o iPhone 18e serão provavelmente lançados no primeiro semestre de 2027, de acordo com relatórios recentes.

Os designs devem ser semelhantes à linha atual do iPhone 17. O iPhone 18 padrão terá somente a protuberância menor da câmera encontrada no iPhone 17, enquanto os modelos Pro e Pro Max terão a “placa” elevada mais larga com três câmeras. Os tamanhos de tela devem ser consistentes com as telas de 6,3 e 6,9 ​​polegadas dos modelos atuais.

Nova atualização do Microsoft Teams alerta se funcionário está ou não na empresa

Um novo recurso do Microsoft Teams revisita a discussão de até onde é permitida a invasão de privacidade no setor de trabalho. Isso porque a nova atualização da plataforma poderá avisar aos superiores da empresa se o funcionário está presente ou não por meio de conexão via wi-fi.

Para a Microsoft, o objetivo é facilitar a colaboração. Contudo, a atualização, prevista para dezembro, está prestes a se tornar um duro golpe para aqueles que optam por trabalhar no modelo home office em busca de paz e tranquilidade.

Nova atualização

A nova atualização permitirá que a plataforma de comunicação da Microsoft detecte automaticamente quando um funcionário chega ao escritório, monitorando sua conexão com a rede Wi-Fi do prédio. Caso o funcionário esteja trabalhando presencialmente e sair do escritório, o Teams mudará automaticamente seu status de localização assim que perceber que o mesmo se desconectou.

No site da plataforma não há mais detalhes adicionais sobre a atualização, mas um recurso semelhante já foi testado pela Amazon. Após a pandemia, houve um grande movimento para que as pessoas voltassem a trabalhar no escritório. Os funcionários da Amazon que não estavam felizes com isso conseguiam alterar o SSID (nome da rede Wi-Fi doméstica) para corresponder à rede oficial do escritório da empresa.

Por hora, a ferramenta está listada como em desenvolvimento. A data de lançamento prevista é para dezembro de 2025, para usuários de Windows e MAC. Ainda não há previsão de atualização para sistemas de aparelhos móveis, como Android e iOS.


Portal de notícias do Quênia repercute notícia da atualização do Microsoft Teams (Vídeo: reprodução/X/@ntvkenya)


Preocupação com privacidade

Já existe uma opção no Teams para definir o local exato de trabalho, que, no momento, está sendo usada para identificar onde o usuário se encontra, por exemplo, em um grande escritório ou campus. Porém, existe a possibilidade de o novo recurso se utilizar de detalhes do Wi-Fi, como o endereço IP, para mudar conforme a rede à qual o sistema está conectado.

Em relação a esta atualização da plataforma, existe uma preocupação em torno da invasão de privacidade dos usuários, além do risco de vazamento de dados.

Segundo a Microsoft, o recurso está desativado por padrão. Cabe aos administradores da empresa que utiliza o Teams decidir se o ativam ou não, e as organizações podem exigir a autorização do usuário. Esse design permite que as equipes de TI e RH ajustem a implementação segundo as leis locais, as expectativas de privacidade e a cultura da empresa.

Montadoras globais entram em alerta por falta de chips

À medida que a crise global de abastecimento de semicondutores se aprofunda, montadoras de automóveis estão revisitando estratégias, garantindo estoques e buscando alternativas de fornecimento para evitar paralisações. No foco está a fabricante de chips Nexperia e como sua situação desencadeou alarmes no setor automotivo.

O gatilho da crise

A Nexperia, empresa holandesa que opera fábricas em diversos países, está no centro de um impasse geopolítico. O governo holandês assumiu o controle operacional da Nexperia, citando riscos à segurança nacional por conta da sua controladora chinesa, Wingtech Technology. Em seguida, a China proibiu exportações de produtos da Nexperia a partir de seu território.

Esses movimentos geraram incerteza sobre o fornecimento de semicondutores, entregues em grande parte para a indústria automotiva, especialmente em peças eletrônicas que equipam veículos modernos.

Impacto para as montadoras

Alguns sinais de alerta já aparecem com clareza no setor automotivo. A Nissan Motor Corporation revelou que possui chips suficientes apenas até a primeira semana de novembro, o que acendeu um alerta interno e levou a empresa a buscar alternativas emergenciais de fornecimento.

Já a Honda Motor Co., Ltd. anunciou a suspensão temporária da produção em uma de suas fábricas no México e iniciou ajustes nas operações realizadas nos Estados Unidos e no Canadá, como forma de reduzir o impacto da escassez.

No Brasil, a preocupação também cresce. Um funcionário do governo brasileiro afirmou que algumas fábricas instaladas no país poderão ter que interromper suas atividades dentro de duas a três semanas, caso a crise de abastecimento se prolongue e não sejam encontradas soluções rápidas para reposição dos semicondutores.

Porque esse episódio é diferente dos outros

Executivos da indústria destacam que, embora já tenha havido escassez severa de chips na era da Covid-19, o contexto agora é diverso e mais complexo.


Impacto para montadoras (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNNbrasil)


Ola Källenius, CEO da Mercedes‑Benz Group, afirmou que o problema “é evidente que estamos vasculhando o mundo em busca de alternativas” e que “esta situação é diferente da última crise dos chips, pois agora o problema tem raízes políticas”.

Outro executivo da Arthur D. Little, Klaus Schmitz, lembrou que, embora as montadoras tenham aprendido lições anteriores e mantido estoques, ainda dependem de muitos fornecedores menores e a visibilidade sobre a cadeia mais profunda está reduzida.

Consequências potenciais

Caso a cadeia de fornecimento de chips sofra cortes ou atrasos prolongados, a produção de veículos poderá ser diretamente afetada, com risco real de paralisações nas linhas de montagem. Esse impacto não atinge apenas as grandes montadoras, mas também uma ampla rede de fornecedores de peças e componentes, que dependem do fluxo contínuo de produção para manter suas operações.

Diante desse cenário, a tradicional lógica do “just-in-time”, modelo que prioriza estoques mínimos e entregas sob demanda, está sendo revista em diversas empresas do setor automotivo. Muitas montadoras passaram a reconhecer que, em tempos de instabilidade global, manter estoques reduzidos pode representar um risco maior do que o custo de armazenagem.

Para tentar driblar a crise, alguns fabricantes estão avaliando o uso de peças alternativas ou componentes de menor complexidade tecnológica, capazes de substituir temporariamente chips mais avançados que estão em falta. A estratégia busca manter a produção ativa, mesmo que isso implique ajustes em funcionalidades eletrônicas de certos modelos.

Sob uma perspectiva geopolítica, a situação também expõe a fragilidade das cadeias de suprimentos internacionais. Como destacou Ola Källenius, CEO da Mercedes-Benz Group, “você tem praticamente os cinco continentes dentro de um carro moderno de alta tecnologia”. A frase resume o desafio atual em um mundo altamente interconectado, qualquer ruptura regional pode gerar um efeito dominó com alcance global.

O futuro da cadeia de suprimentos automotiva

Diante da nova crise, especialistas defendem que a indústria avance em duas frentes, a diversificação de fornecedores e regionalização da produção de semicondutores. Nos últimos anos, União Europeia e Estados Unidos já anunciaram planos bilionários para incentivar fábricas locais de chips, buscando reduzir a dependência da Ásia.

No Brasil, projetos semelhantes ainda são tímidos. A antiga CEITEC, estatal voltada à fabricação de semicondutores em Porto Alegre, foi desativada em 2022 e ainda não há um substituto em operação. “A falta de uma política industrial consistente nos torna vulneráveis a crises externas”, afirma Paschoarelli.

Para Schmitz, da Arthur D. Little, o futuro dependerá da capacidade de adaptação das montadoras. “As empresas que conseguirem redesenhar suas cadeias de suprimento, mesmo que com custos iniciais mais altos, terão vantagem estratégica. As que não fizerem isso continuarão reféns das tensões internacionais.”

Essa escassez de chips volta a expor uma das maiores fragilidades da indústria moderna, a sua dependência de poucos polos produtivos e de estabilidade política internacional. Com veículos cada vez mais conectados, autônomos e eletrificados, a demanda por semicondutores só tende a crescer e qualquer ruptura na cadeia tem efeito cascata.

Embora o episódio atual ainda possa ser contornado com medidas emergenciais, o consenso é claro, que a indústria automotiva precisa repensar seu modelo global de fornecimento. O tempo, porém, está correndo e as montadoras sabem que, sem chips, a engrenagem vai parar.

Grokipedia: a enciclopédia de Elon Musk que promete reescrever o saber

Elon Musk voltou a mirar em um novo alvo, e, desta vez, é a Wikipedia. O bilionário lançou a Grokipedia, uma plataforma de conhecimento totalmente gerada por inteligência artificial, criada pela sua empresa xAI. A proposta é ousada: substituir a maior enciclopédia colaborativa do planeta por uma versão “mais inteligente, menos enviesada e totalmente automatizada”.

Uma IA que quer saber tudo

A Grokipedia nasce como uma extensão direta do Grok, o chatbot desenvolvido pela xAI e integrado à rede social X (antigo Twitter). Segundo Musk, o sistema seria capaz de produzir artigos, revisar fatos e “corrigir” conteúdos considerados distorcidos em outras plataformas, uma alfinetada clara à Wikipedia, que ele acusa frequentemente de “viés político e cultural”.

A plataforma afirma contar com centenas de milhares de verbetes escritos por IA, que cruzam dados em tempo real e são revisados por algoritmos internos. Musk a define como “uma enciclopédia viva”, capaz de aprender e se atualizar automaticamente.

A briga com a Wikipedia

A relação entre Musk e a Wikipedia é antiga, e conturbada. Em 2023, ele chegou a ironizar o pedido de doações da fundação Wikimedia, dizendo que “com uma fração do que a Wikipedia arrecada, daria para armazenar toda a verdade do mundo”.
Agora, com a Grokipedia, o empresário dá forma à provocação: uma plataforma sem editores humanos, sem doações e sem filtros ideológicos (segundo ele).


Imagem de Elon Musk anunciando essa nova medida do Grok (Foto: reprodução/X/@bycoinvo)


Só que há um detalhe: análises iniciais apontam que muitos textos da Grokipedia parecem adaptações automáticas da própria Wikipedia, levantando dúvidas sobre originalidade, direitos autorais e, ironicamente, imparcialidade.

A promessa e o risco

A ideia de uma enciclopédia gerada por IA é tentadora. Ela elimina o trabalho voluntário, atualiza-se sozinha e pode integrar dados instantaneamente. Em teoria, é o sonho de quem acredita que o conhecimento pode ser puramente técnico e objetivo.

Mas o risco é igualmente grande: quem programa a IA, programa o que ela considera “verdade”. E se a Grokipedia for alimentada por fontes filtradas ou enviesadas, o resultado será apenas uma máquina de repetir opiniões, com aparência de neutralidade científica.

O que está em jogo

Mais do que uma disputa entre sites, o embate entre Musk e a Wikipedia simboliza uma batalha muito maior:

A Grokipedia não é apenas um projeto de tecnologia, é um experimento social em escala global, que testa os limites da confiança na inteligência artificial como fonte única de informação.

No fim das contas

Musk já reinventou carros, foguetes e redes sociais, agora quer reinventar o próprio conceito de saber. Se a Grokipedia der certo, poderá mudar a forma como o mundo aprende, pesquisa e ensina. Se der errado, será apenas mais um alerta sobre o perigo de substituir editores humanos por algoritmos sem alma.

OpenAI entra na liga dos gigantes: US$ 500 bilhões e um novo jogo com a Microsoft

A inteligência artificial acaba de ganhar um novo marco financeiro, e simbólico. A OpenAI, criadora do ChatGPT, atingiu uma avaliação de meio trilhão de dólares após fechar um novo acordo de cooperação com a Microsoft. Mais do que um número impressionante, o movimento indica que a empresa quer deixar de ser uma “startup visionária” e assumir de vez o papel de potência corporativa global.

Do laboratório à bolsa de valores

Desde sua fundação em 2015, a OpenAI sempre carregou uma dualidade curiosa: nasceu como uma organização sem fins lucrativos, mas se transformou na empresa que mais monetizou a corrida da IA. O novo acordo com a Microsoft reestrutura a companhia como uma Public Benefit Corporation (PBC), um modelo híbrido que busca equilibrar lucro e propósito público.

Na prática, isso significa mais liberdade para captar investimentos, firmar contratos e expandir produtos — sem abrir mão, ao menos no papel, do compromisso ético com o desenvolvimento responsável da inteligência artificial.

Microsoft, o braço direito (e esquerdo)

A relação entre OpenAI e Microsoft continua próxima, mas com novos contornos. A gigante de Redmond passa a deter uma fatia de 27% da nova holding da OpenAI, um número que traduz não só investimento, mas também dependência mútua.


Imagem editada mostrando a parceria das duas empresas (Foto: reprodução/X/@zealbori)

De um lado, a OpenAI ganha acesso garantido a uma das infraestruturas de computação mais poderosas do planeta, o Azure. De outro, a Microsoft consolida sua posição como guardiã e parceira estratégica da empresa que dita o ritmo da revolução da IA generativa.

A nova avaliação de mercado da OpenAI a coloca em um seleto grupo de gigantes como Meta, Tesla e Nvidia. Mas há quem veja o número como mais um gesto de confiança do que uma medição exata de valor. O faturamento da empresa ainda não acompanha esse patamar, mas a percepção de que ela está na dianteira da corrida pela “inteligência geral artificial” (AGI) faz investidores aceitarem pagar caro por um pedaço do futuro.

Desafios: poder, ética e velocidade

O desafio agora é equilibrar a força tecnológica com responsabilidade. À medida que a IA se torna onipresente, em escolas, empresas, governos, a OpenAI se vê pressionada a provar que consegue inovar sem atropelar fronteiras éticas.

Internamente, a mudança de estrutura também levanta perguntas: quem manda, afinal? O conselho de ética? Os investidores? A Microsoft? O CEO Sam Altman, que há meses vem se equilibrando entre genialidade e pragmatismo, precisará mostrar que a nova OpenAI não é apenas mais rica, mas também mais estável.

O novo eixo do poder em IA

O acordo sela uma nova fase da indústria. Se o Google dominou a busca, a Apple o design e a Amazon o e-commerce, a OpenAI quer dominar a inteligência, o motor invisível que vai mover todos os outros setores.

Com 700 milhões de usuários semanais e presença em praticamente todos os ramos corporativos, a empresa se consolida como o padrão de referência da IA global. E, com o aval da Microsoft, passa a ter fôlego para disputar território com Nvidia, Anthropic e até o próprio Google DeepMind.

Mais que uma empresa, um sinal de época

A valorização da OpenAI a US$ 500 bilhões não é apenas sobre capital. É sobre a mudança de eixo da economia mundial, do petróleo e dos semicondutores para os modelos de linguagem e a capacidade de aprender.

A nova OpenAI nasce mais poderosa, mais vigiada e mais cobrada. E talvez seja justamente essa combinação que definirá a próxima década da tecnologia.

Astrofotógrafo captura a “Galáxia do Coração” em imagem de alta resolução com IA

A tecnologia voltou seus olhos para o espaço  e o resultado é deslumbrante. O astrofotógrafo canadense Ronald Brecher capturou uma das imagens mais detalhadas já registradas da Nebulosa do Coração (IC 1805), localizada a cerca de 7.500 anos-luz da Terra, na constelação de Cassiopeia.

A fotografia, publicada em setembro de 2025, foi feita com um conjunto de equipamentos de ponta, combinando sensores de altíssima sensibilidade, longa exposição e algoritmos de correção de ruído impulsionados por inteligência artificial.

A nebulosa, uma imensa nuvem de gás e poeira com mais de 300 anos-luz de diâmetro, é uma das regiões mais estudadas da Via Láctea por abrigar um verdadeiro berçário estelar. Localizada no Braço de Perseu, ela é vizinha das nebulosas da Alma (IC 1848) e Cabeça de Peixe (IC 1795).

Como a imagem foi capturada

Para o registro, Brecher utilizou uma câmera astronômica QHY367C Pro, acoplada a um telescópio Sky-Watcher Esprit 70 EDX, com exposição total de 40 horas contínuas. O uso de sensores digitais e softwares de correção espectral permitiu realçar tons invisíveis ao olho humano, criando uma composição em cores Hubble e Foraxx — técnicas que separam os gases cósmicos por frequência luminosa.

“Foi um conjunto de dados divertido e desafiador de processar”, explicou Brecher em seu blog oficial. Segundo ele, esta foi a primeira vez que conseguiu capturar toda a extensão da Nebulosa do Coração em paleta de banda estreita, um formato que utiliza filtros específicos para destacar o brilho do hidrogênio e do oxigênio presentes no espaço interestelar.

Um laboratório natural para o nascimento de estrelas

A IC 1805, também chamada de Sh2-190, é um dos melhores exemplos de como o avanço da tecnologia ajuda a compreender fenômenos cósmicos. A imagem mostra com precisão a estrutura de gás ionizado onde novas estrelas estão sendo formadas. O registro de Brecher oferece dados valiosos para estudos sobre a composição química da região e a interação entre radiação estelar e matéria cósmica.


Embed from Getty Images

Tecnologia poderá auxiliar cientistas nos estudos de fenômenos cósmicos (Foto:reprodução/Lothar Knopp/ Getty Images Embed)

Para entusiastas e astrônomos amadores, a boa notícia é que observar a Nebulosa do Coração não exige equipamentos da NASA. Com telescópios médios e câmeras de longa exposição, é possível localizá-la a cinco graus da estrela Segin, no norte celeste.

Fotografia astronômica impulsionada por IA

O uso de inteligência artificial tem revolucionado a astrofotografia. Softwares de pós-processamento como o PixInsight e o Topaz Denoise AI permitem reduzir ruídos e otimizar contraste de forma automática, revelando estruturas antes imperceptíveis. Especialistas apontam que, com o avanço desses sistemas, será possível combinar dados ópticos e de rádio em tempo real, criando imagens ainda mais precisas do cosmos.

A foto de Brecher, que rapidamente viralizou em comunidades científicas e fóruns tecnológicos, reforça como a fusão entre ciência, arte e tecnologia digital está expandindo os limites da observação astronômica.

Com fraca recepção comercial, iPhone Air não conquista consumidores

Informações divulgadas pela Nikkei Asia, um jornal diário econômico famoso no Japão, o novo projeto da Apple, o iPhone Air, obrigou a empresa a reduzir drasticamente a produção do aparelho com a demanda caindo cada vez mais, chegando a níveis “comparáveis ao fim de um ciclo de vida de um produto”, afirmou a publicação.

O modelo lançado recentemente tinha apostas da Apple para ser um marco em termos de design com sua carcaça tendo apenas 5,6 mm de espessura, mas para a surpresa da companhia multimilionária, o apelo estético não é mais suficiente para subir as vendas de um produto que não garante melhorias substanciais.

Além dos problemas com o iPhone Air, logo após o lançamento oficial do iOS 26, a empresa precisou correr para a produção de uma atualização emergencial ao encontrarem vulnerabilidades no sistema, podendo comprometer a segurança de seus usuários.

Inovação baixa, valor alto

Mesmo com o design ultrafino, sem avanços em desempenho, câmera ou bateria, o iPhone Air acabou taxado apenas como uma variação estética e sequer foi visto como uma inovação tecnológica. Outros lançamentos como o iPhone 17, com melhor desempenho de tela e armazenamento, chamaram mais atenção ao custo-benefício de acordo com suas especificações.


Introdução ao iPhone Air (Vídeo: reprodução/YouTube/Apple)

Planejado para um nicho premium focado na parte visual de um produto, com o design e a leveza do aparelho, o novo smartphone acabou misturado em outros celulares da própria Apple que já cumpriam o mesmo papel. Quem busca melhores performances migraram para os modelos Pro enquanto os mais baratos ganharam consumidores que viabilizam os preços acima de tudo, fazendo com que o iPhone Air ficasse sem um público específico, prejudicando ainda mais com o desinteresse nas vendas.

Demanda regional

Junto as falhas de estratégia comercial, a demanda regional trouxe limitações para o produto logo de cara. A China até mostrou um pouco de entusiasmo pelo smartphone finíssimo, mas não o suficiente para cobrir as vendas escassas nos Estados Unidos ou em qualquer outro mercado estratégico para a marca.

Enquanto falhas ocorrem no esperado sucesso do iPhone Air, a Apple ainda ganha e se atualiza com o lançamento da linha 17, atraindo consumidores pelo equilíbrio entre preço e inovação. Assim, é garantido os esforços diminuindo para a produção do ultrafino.

A famosa maçã tecnológica não é a única empresa de computadores e dispositivos móveis que vem enfrentando dilemas no mercado. Ultimamente, com os preços subindo, estética, peso e cores não alavancam vendas de smartphones ou qualquer outro aparelho para o dia-a-dia. Agora, a Apple e outras marcas precisam se redescobrir encontrando um consenso entre funcionalidades inovadoras, valor e estética.

Famosos pedem proibição de desenvolvimento de IA superinteligente

Um manifesto idealizado pela organização Future of Life Institute pede a proibição do desenvolvimento de inteligência artificial superinteligente. O abaixo-assinado exige que a ferramenta não seja levada ao público “antes que haja um amplo consenso científico de que isso será feito de forma segura e controlada, e uma forte adesão pública”.

O documento foi assinado por diversas figuras públicas, como o Duque e a Duquesa de Sussex – Príncipe Harry e Meghan Markle – o co-fundador da Apple, Steve Wozniak, o bilionário britânico Richard Branson, o ex-presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Mike Mullen e Susan Rice, ex-conselheira de segurança nacional de Obama.

Contudo, o que surpreendeu a todos foi a assinatura de Steve Bannon e Glenn Beck, duas personalidades que representam a direita americana. Bannon foi assessor e estrategista-chefe da Casa Branca na primeira gestão de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.

Conteúdo do manifesto

Ao contrário de outros documentos que apresentam argumentos embasados e com análises críticas, o manifesto escrito pelo Future of Life Institute possui somente 30 palavras.

“Apelamos a uma proibição do desenvolvimento da superinteligência, que não será levantada antes que haja um amplo consenso científico de que isso será feito de forma segura e controlada, e uma forte adesão pública”

Em uma espécie de prefácio, os idealizadores do documento alegam que “muitas empresas líderes de IA têm o objetivo declarado de construir superinteligência na próxima década que possa superar significativamente todos os seres humanos em essencialmente todas as tarefas cognitivas”. Porém, não apresentam nenhuma prova ou indício que ateste o registro.


Parte dos nomes de quem assinou o manifesto (Foto: reprodução/Instagram/@futureoflifeinstitute)

Quem assinou

A carta é direcionada a grandes conglomerados da tecnologia como Google, OpenAI e Meta Platforms. A lista dos que assinaram é extensa e diversificada e conta com mais de 800 nomes.

Como comentário pessoal, o Príncipe Harry acrescentou que o desenvolvimento da inteligência artificial deve estar voltado para o benefício da humanidade, e não para substituí-la. Segundo ele, o verdadeiro indicador de progresso não está na velocidade das inovações, mas na capacidade de conduzi-las com sabedoria — uma oportunidade que não se repete.

Stuart Russell, pioneiro da inteligência artificial ​​e professor de ciência da computação na Universidade da Califórnia, Berkeley, também assinou o manifesto. Ele ressaltou que “É simplesmente uma proposta para exigir medidas de segurança adequadas para uma tecnologia que tem uma chance significativa de causar a extinção humana.”

Yoshua Bengio e Geoffrey Hinton, co-vencedores do Turing Award, o principal prêmio da ciência da computação, uniram seus nomes à lista. Ambos, pioneiros em inteligência artificial, com Stuart Russell.

Personalidades da política também se uniram ao manifesto. A ex-presidente irlandesa Mary Robinson e vários parlamentares britânicos e europeus e ex-membros do Congresso dos Estados Unidos assinaram.

Dos nomes que assinaram a petição, um deles chamou a atenção. Steve Bannon, ex-assessor e ex-estrategista-chefe da Casa Branca no primeiro mandato de Donald Trump.


Anthony Aguirre, diretor-executivo do Future of Life Institute (Foto: reprodução/Instagram/@futureoflifeinstitute)

O instituto

O Future of Life Institute é uma organização se fins lucrativos cujo diretor-executivo é Anthony Aguirre, físico da Universidade da Califórnia. O grupo trabalha com riscos de larga escala, como armas nucleares, biotecnologia e inteligência artificial. Atualmente, seu maior doador é Vitalik Buterin, co-fundador da blockchain Ethereum.

Aguirre quer forçar uma conversa que inclua não apenas grandes empresas de inteligência artificial, mas também políticos nos Estados Unidos, na China e em outros lugares. Ele alega que as visões pró-indústria do governo Trump sobre inteligência artificial precisam de equilíbrio.

Apple prepara lançamento-relâmpago do iOS 26.0.2

A Apple parece estar prestes a apertar o botão “enviar” em uma atualização surpresa: o iOS 26.0.2. Embora a empresa ainda não tenha confirmado oficialmente a data, indícios fortes apontam que o update pode ser liberado a qualquer momento, e deve chegar antes da versão maior, o iOS 26.1.

Segundo fontes ligadas a desenvolvedores, o novo pacote já está em fase avançada de testes internos, o que costuma significar que o lançamento é questão de dias. A estratégia é típica da Apple: liberar uma atualização menor, mas essencial, para corrigir falhas detectadas logo após a chegada de uma grande versão do sistema.

Pequena no nome, grande na importância

O sufixo “.0.2” indica uma atualização de emergência, algo que não traz novidades visuais ou recursos inéditos, mas resolve problemas urgentes de desempenho e segurança. Nas últimas semanas, usuários relataram bugs pontuais no iOS 26 e no iOS 26.0.1, como instabilidade no Face ID, lentidão no app de Mensagens e falhas na sincronização do iCloud.


Imagem de como ficara o hub do iPhone com a atualização (foto:reprodução/x/@minimalnerd1)

É provável que o novo update venha justamente para corrigir esses erros antes do lançamento do iOS 26.1, que trará melhorias maiores e novos recursos ainda sob sigilo.

Um lançamento fora do cronograma

O movimento pega muitos de surpresa porque a Apple normalmente concentra seus updates em datas alinhadas a lançamentos de hardware, e essa janela coincide com a chegada de novos produtos, como o iPad Pro M4, o MacBook Pro atualizado e o Vision Pro em novos mercados.

Com isso, há quem aposte que o iOS 26.0.2 será liberado discretamente, talvez entre 22 e 25 de outubro, para evitar sobreposição com outros anúncios.

O que esperar

Ainda sem um changelog oficial, a atualização deve incluir:

Correções de segurança de alto risco identificadas por pesquisadores independentes; Ajustes no desempenho de bateria em iPhones mais antigos; Soluções para bugs de conexão Bluetooth e Wi-Fi; Melhorias na estabilidade do sistema de câmeras, especialmente nos modelos iPhone 17 Pro.

Não há indícios de que o update trará novos ícones, animações ou recursos de interface, mas a promessa é entregar um sistema mais fluido e confiável.

Por que você deveria atualizar

Mesmo que pareça “mais do mesmo”, essas pequenas atualizações costumam ser cruciais. É nelas que a Apple corrige vulnerabilidades que hackers tentam explorar antes que a falha se torne pública.

Além disso, quem ficou receoso de instalar o iOS 26 logo após o lançamento, temendo bugs iniciais, agora encontra um ponto seguro para atualizar. O 26.0.2 deve servir como um “ponto de estabilidade”, aquele momento em que a Apple ajusta o sistema para o uso diário.

A pressa tem motivo

A rapidez no lançamento reforça um padrão recente: a Apple tem acelerado o ritmo de atualizações menores, mostrando uma postura mais proativa diante de falhas. Em vez de esperar a próxima grande versão, a empresa prefere resolver o problema imediatamente.

É uma estratégia que agrada desenvolvedores e usuários, especialmente após críticas de que o iOS 26 trouxe instabilidades para apps de terceiros e sistemas de automação.

O que fazer agora

Fique de olho em Ajustes, Geral, Atualização de Software. Quando o iOS 26.0.2 aparecer, é recomendável:

Fazer backup completo no iCloud ou no computador. Manter o iPhone com pelo menos 50% de bateria (ou conectado ao carregador). Instalar a atualização assim que possível.

Pode não ser uma revolução, mas é o tipo de update que garante que o iPhone continue rodando como se fosse novo, silenciosamente, sem alarde.