Federação de obstretas se posiciona contra a cesariana MAC; entenda os motivos

A Cesariana MAC do termo em inglês Maternal Assisted Caesarean Section, cesariana assistida pela mãe em português, é uma técnica obstétrica que tem gerado polêmica e debates acalorados dentro da comunidade médica e entre futuras mães. Recentemente, a Federação de Obstetras emitiu um posicionamento oficial contrário ao uso dessa técnica durante o parto.

O que é a cesariana MAC?

A Cesariana MAC, também conhecida como cesariana assistida pela mãe, é uma técnica obstétrica que visa facilitar a passagem do bebê pelo canal de parto durante um parto vaginal. Ela envolve o uso de manobras externas, realizadas sobre o abdômen da gestante, para ajustar a posição da cabeça do bebê, geralmente girando-a para uma posição mais favorável para a passagem pelo canal de parto, e permite que a mãe seja a primeira a tocar no bebê e a assumir o papel de trazê-lo ao peito. A técnica é controversa, pois seu uso pode ter impactos significativos na saúde da mãe e do bebê.

Na maioria das vezes, essa técnica envolve a administração de anestesia local, possibilitando que as mulheres mantenham o controle de seus braços, com o auxílio dos médicos, que utilizam luvas e equipamentos cirúrgicos esterilizados, a mãe é guiada até o útero para que ela possa erguer o bebê e trazê-lo ao seu colo.


Associação de obstetras se declara contrária à cesariana MAC (Reprodução/Twitter/@Metropoles)


Os defensores desse método afirmam que ele auxilia as mães a estabelecerem uma conexão mais próxima com seus bebês, humanizando assim o procedimento de cesariana, no entanto, alguns médicos discordam e levantam preocupações de que essa técnica possa comprometer os protocolos de segurança da cirurgia.

Posicionamento da federação de obstetras

Recentemente, a Federação de Obstetras emitiu um posicionamento oficial contrário ao uso da Cesariana MAC. Conforme a entidade, a técnica apresenta riscos substanciais para a saúde da gestante e do bebê, e seu uso não deve ser encorajado como rotina obstétrica. A Federação enfatiza a importância de abordagens baseadas em evidências e destaca que a Cesariana MAC pode aumentar a probabilidade de complicações durante o parto.

Entre os riscos apontados pela Federação de Obstetras estão:

Trauma materno, a aplicação de força externa sobre o abdômen da gestante pode resultar em trauma para os órgãos internos, aumentando o risco de lesões e hemorragias.

Complicações fetais, a manipulação inadequada do bebê durante a técnica pode causar desconforto fetal, sofrimento e até mesmo lesões.

Aumento do risco de cesariana de emergência, a tentativa de realizar a cesariana MAC pode, em alguns casos, levar a complicações imprevistas que exigem uma cesariana de emergência, aumentando os riscos para a mãe e o bebê.

Falta de evidências científicas sólidas, a Federação de Obstetras argumenta que as evidências científicas que respaldam a segurança e eficácia da cesariana MAC são limitadas, tornando arriscado seu uso generalizado.

A Cesariana MAC é uma técnica obstétrica controversa que tem sido alvo de debates intensos entre profissionais da saúde e futuras mães, a recente posição contrária da Federação de Obstetras destaca os riscos potenciais associados a essa técnica, incluindo traumas maternos, complicações fetais e um aumento do risco de cesariana de emergência. É fundamental que gestantes e profissionais de saúde estejam cientes desses riscos e considerem cuidadosamente as opções de parto disponíveis, levando em conta as evidências científicas e as melhores práticas obstétricas para garantir a segurança e o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê.

 

Foto Destaque: Conheça a cesariana MAC, permite que a mãe seja a primeira a tocar o bebê. (Reprodução/PortalSaúdeAgora)

Atenção para o botulismo, doença bacteriana grave presente em conservas de alimentos

O botulismo tem o potencial de desencadear complicações que abrangem desde fraqueza prolongada até distúrbios no sistema nervoso e problemas respiratórios agudos.

Se não for tratada prontamente, essa forma de intoxicação pode, em último caso, levar a um desfecho fatal, embora sejam raras as ocorrências, conforme autoridades de saúde em diversos países alertam. Contudo, quando os casos surgem, há um denominador comum: os indivíduos adoeceram após consumirem alimentos inadequadamente processados ou conservados.

Bactéria responsável e transmissão

A base do botulismo é uma toxina liberada pela bactéria Clostridium botulinum. Vale mencionar que as próprias bactérias não são prejudiciais; elas, na verdade, estão naturalmente presentes no ambiente, particularmente em locais com escassez de oxigênio. Essa condição é típica, por exemplo, em alimentos enlatados, onde os esporos (estruturas de reprodução) dessas bactérias começam a liberar a toxina.

“Isso ocorre principalmente em conservas feitas sem as devidas precauções e em alimentos indevidamente processados, enlatados ou envasados ​​em casa”, detalha a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A própria denominação da bactéria deriva da palavra em latim “botulus“, que significa “salsicha” – à época do descobrimento da intoxicação, eram as salsichas que frequentemente se associam a esse problema.

A OMS ressalta que essa forma de intoxicação não é transmitida de pessoa para pessoa, embora seja possível a transmissão através do contato com feridas ou inalação. Entretanto, a toxina botulínica é transmitida principalmente por meio do consumo de alimentos mal processados ou com baixa acidez. A lista de produtos suscetíveis inclui:

  • Vegetais enlatados com baixa acidez: feijão-verde, espinafre, cogumelos e beterraba.
  • Carnes cruas ou peixes preservados por defumação, ou salga inadequadas.
  • Suplementos alimentares e vitaminas.

Sintomas

A organização sem fins lucrativos Mayo Clinic aponta que os primeiros sinais evidentes de intoxicação incluem fraqueza muscular, pálpebras caídas, voz fraca, tontura, boca seca e visão turva.

As toxinas botulínicas são neurotóxicas, ou seja, afetam o sistema nervoso, resultando em paralisia e enfraquecimento que podem culminar em insuficiência respiratória. Por conseguinte, um caso não tratado pode evoluir para um estado de saúde ainda mais grave.

Normalmente, os sintomas emergem entre 12 e 36 horas após a ingestão de produtos deteriorados. O período mínimo é de quatro horas, e o máximo, de oito dias, segundo a Agência Espanhola de Defesa do Consumidor, Segurança Alimentar e Nutricional.

Medidas de prevenção

Dado que a intoxicação pode ser oriunda de alimentos enlatados, a vácuo ou de baixa acidez, a embalagem do produto é geralmente o primeiro indício de que algo está errado. Em especial, as latas amassadas ou mal seladas são os principais focos de preocupação. Além disso, recomenda-se evitar salsichas e outros embutidos caseiros ou de origem duvidosa.


Dicas para a prevenção do botulismo. (Foto: reprodução/Camaragibe Agora/Facebook)


Tratamento

“Se você for diagnosticado com botulismo alimentar ou com os primeiros sintomas, a administração de antitoxina reduz o risco de complicações, embora não possa reverter os danos já causados”, explica a clínica Mayo.

O uso de antibióticos é recomendado apenas quando a toxina penetra na corrente sanguínea por meio de uma ferida. Quando o caso está avançado e o diagnóstico é tardio, o paciente frequentemente precisa ser colocado em um respirador mecânico, já que a toxina se espalha pelo corpo.

 

Foto Destaque: potes de alimentos em conserva. Reprodução/Tudo Gostoso.

Jade Picon decide realizar mamoplastia de aumento; entenda o pós de cirurgias nas mamas

A atriz e influenciadora Jade Picon revelou no Instagram que se afastará das redes sociais para fazer um procedimento de implante de silicone. “Eu sequei e acabei perdendo o volume de peito que eu tinha. Visitei muitos profissionais, esperei o momento certo e decidi colocar prótese de silicone, algo bem natural, para eu recuperar o que eu tinha antes, que era o que eu gostava”, compartilhou a influencer.

Segundo a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Isaps (International Society of Aesthetic Plastic Surgery), a mamoplastia é toda e qualquer cirurgia plástica que modifica o formato e aparência dos seios, tornando-os maiores, menores ou mais levantados. No caso da Jade, será uma mamoplastia de aumento, que, dentre os tipos de cirurgia plástica existentes, é recomendada para o caso da Jade, uma vez que é Indicada para mulheres que possuem seios pequenos ou que sofreram com a diminuição das mamas devido a fatores como gravidez, envelhecimento, amamentação, mastectomia ou emagrecimento.


Jade Picon falando em stories do Instagram. (Foto: Reprodução/Instagram/@jadepicon)


O pós-operatório

Independentemente da recomendação do tipo de cirurgia plástica nas mamas – mamoplastia de aumento, redutora ou mastopexia – os resultados são visíveis logo após o procedimento e os cuidados pré e pós-operatório são os mesmos. “No período pós-operatório de qualquer mamoplastia, que dura em média um mês, é fundamental que a paciente sempre durma de barriga para cima, utilize um sutiã especial de sustentação para suportar os seios e evite realizar exercícios físicos, esforço ou muitos movimentos com os braços”, explica a Dra. Beatriz Lassance. É importante ressaltar, ainda, que, antes da cirurgia, é necessário realizar todos os exames laboratoriais solicitados pelo médico, parar o uso de cigarro e o consumo de bebidas alcoólicas na semana anterior à cirurgia e realizar jejum de sólidos e líquidos nas oito horas que precedem a mamoplastia.

Por que outras celebridades estão tirando a prótese?

Muitas celebridades estão tirando as próteses com receio de complicações, como linfoma, síndrome ASIA, além da contratura capsular. “Esse assunto ficou muito em evidência na mídia nos últimos anos. Recalls de fabricantes por conta do risco de contratura capsular e casos de linfoma (um tipo raro de câncer) associados às próteses deixaram muitas pessoas preocupadas. Além disso, outra preocupação foi com relação à síndrome ASIA, quando o silicone pode desencadear uma reação imunológica que faz com que o organismo ataque a si mesmo. Mas não há motivo para alarme, preocupação e corrida para os consultórios para retirar as próteses. São casos muito raros”, explica o cirurgião plástico Dr. Daniel Lobo Botelho, presidente da BAPS (Brazilian Association of Plastic Surgeons).

Segundo a BAPS, estatísticas mostram que, com o passar do tempo, mesmo aumentando as chances de problemas com as próteses, como contratura capsular (endurecimento de uma cápsula que o organismo forma ao redor das próteses, deixando-as duras e às vezes dolorosas) ou mesmo a sua ruptura, o mais provável é que nada ocorra. Já no caso dos tumores, dados do banco nacional de câncer dos Estados Unidos, de 2008 a 2018, mostram que o linfoma anaplásico de grandes células (ALCL) relacionado ao implante mamário ocorreu a uma taxa de 8,1 por 100 milhões de pessoas por ano. “Esse caso desse tipo raro de linfoma, os índices de cura são bastante altos”, diz o médico. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, os índices de cura ultrapassam 90% dos casos, e a maioria das pacientes é tratada apenas com a remoção da prótese e da cápsula, sem a necessidade de quimioterapia ou radioterapia.

Foto Destaque: Jade Picon. Reprodução/Globo

Cientistas se mostram animados com um possível novo tratamento de TDAH

Após testes de combinações que estimulam o cérebro com treinamento cognitivo, cientistas descobrem tratamento com grande potencial. Essa abordagem busca uma forma de intervir nos efeitos do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Pesquisadores da Universidade de Surrey, na Inglaterra, e da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, estão explorando uma nova abordagem para um possível tratamento para crianças com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), realizando uma série de experimentos com combinações para obter resultados melhores.

Uma avaliação publicada na revista científica “Translational Psychiatry” mostra que a utilização da combinação de estimulação cerebral com treinamento cognitivo leva a uma significativa melhora nos sintomas causados pelo TDAH. Este método busca ser uma alternativa às terapias farmacológicas atuais, que podem resultar em efeitos colaterais como distúrbios do sono e falta de apetite. O professor neurocientista da Universidade de Surrey, Roi Cohen Kadosh, um dos líderes do experimento, afirma: “Acredito que a comunidade científica tem a responsabilidade de investigar e desenvolver métodos cada vez mais eficazes e duradouros para o TDAH. No futuro, isso poderá fornecer uma alternativa à medicação como forma de tratamento”.

TDAH

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é um distúrbio neurobiológico de origem genética que surge na infância e persiste durante toda a vida. Caracteriza-se por sintomas como falta de foco, inquietude e impulsividade. Estudos realizados em todo o mundo, inclusive no Brasil, demonstram que a prevalência do TDAH é semelhante em diversas regiões, indicando que o transtorno não está ligado a fatores específicos, como a forma como os pais educam seus filhos ou conflitos psicológicos.

As causas do TDAH são variadas e incluem:

– Hereditariedade

– Exposição a substâncias durante a gravidez

Problemas Familiares


Cerebro com TDAH e cerebro sem TDAH. (Foto: reprodução/Penha Peterli)


Estudos

Estudos científicos mostram que pessoas com TDAH têm alterações na região frontal do cérebro e em suas conexões com outras partes do cérebro. A região frontal orbital é altamente desenvolvida em seres humanos e é responsável pelo controle do comportamento, atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento. Nessa região, ocorre uma alteração no funcionamento de neurotransmissores, como a dopamina e noradrenalina, que transmitem informações entre as células nervosas.

Com a nova pesquisa, a combinação de estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS), com efeitos colaterais reduzidos, revela um potencial promissor para um possível novo tratamento, podendo impactar positivamente a vida de milhares de famílias.

Foto destaque: crianças na escola. Reprodução/Drauziu/UOL

Bárbara Evans traz à tona polêmica sobre brigadeiro: “Crianças podem ou não comer?”

Após a modelo Bárbara Evans ter se tornado alvo de críticas recentemente ao oferecer brigadeiro para sua filha Ayla de um ano, o assunto virou pauta para discussões e esclarecimentos, tendo em vista que ao rebater internautas nas redes sociais alegando: “a filha é minha. Então, quem decide o que ela come sou eu”, a modelo contradiz o recomendado por diversas entidades e especialistas da área. A pergunta que fica é, porque brigadeiro, ou melhor, o açúcar, não é recomendado na introdução alimentar infantil?

Segundo o “Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos“, do Ministério da Saúde, “os açúcares, melado, rapadura e mel (…) não devem ser oferecidos para crianças menores de 2 anos“. Os adoçantes também não são recomendados. O consumo precoce de açúcar aumenta a chance de ganho de peso excessivo durante a infância e, consequentemente, o desenvolvimento da obesidade, além de outras doenças na vida adulta, assim como, pode provocar placa bacteriana entre os dentes e cárie. O alimento também dificulta a aceitação de verduras, legumes, dentre outros, considerados  saudáveis.



Os resultados do consumo

Especialistas afirmam que os resultados negativos não demoram a aparecer após consumir precocemente açúcares, além disso, quanto antes começar a ingerir, maiores serão as chances de desenvolver um paladar excessivamente voltado ao doce, dando espaço para preferência aos alimentos ultraprocessados, não se atrelando a uma alimentação saudável.


Imagem ilustrativa. (Foto: Reprodução/melhorcomsaude.com.br)


Os danos são inúmeros, além dos mais conhecidos como: diabetes, hipertensão e obesidade que estão frequentemente associadas a esse tipo de dieta, a má introdução alimentar também afeta o desenvolvimento físico e mental, tornando as crianças vulneráveis à depressão e ao isolamento social. O açúcar, a gordura e o sal são ingredientes comumente presentes nos ultraprocessados e os responsáveis por intensificar seu sabor, resultando na reação do sistema neurológico, que aciona o mecanismo de recompensa ligado ao prazer. Em caso das crianças, esse estímulo é ainda mais danoso, uma vez que todo seu sistema está em formação.

Consequências futuras e recomendações

Conforme apontado pelo Atlas Mundial da Obesidade, em 2030 o Brasil deverá estar na quinta posição do ranking com o maior número de crianças e adolescentes obesas do mundo. Segundo o Ministério da Saúde, hoje, a cada dez crianças de 5 a 9 anos, três estão acima do peso.

A recomendação é ingerir ao início da introdução alimentos como frutas, legumes e vegetais obtidos diretamente de plantas ou de animais, sem sofrer qualquer alteração em sua composição.

Foto Destaque: Imagem ilustrativa. Reprodução/blog.novasafra.com.br

Entenda o que é o transtorno de múltiplas personalidades, tema de muitos filmes e séries

O tema é recorrente em filmes e séries, mas na realidade ele é bastante raro. Traumas de infância, abusos ou lutos podem levar a situações emocionais fortes, gerando esse tipo de reação, chamado na psiquiatria de dissociação. Assim explica o psiquiatra Alexandre Valverde sobre o Transtorno Dissociativo de Identidade, TDI.

Geralmente, diz o psiquiatra, os eventos que ocorreram na primeira infância, como abusos sexuais, violência, lutos que se repetem e mortes traumáticas, são algumas das causas que podem gerar o TDI.

Transtorno Dissociativo de Identidade

Nessa doença, o psiquiatra Alexandre Valverde afirma que se pode haver despersonalização, ou seja, perda da ideia de quem você seja, e a perda da noção de onde você está, do ambiente causando um prejuízo na recordação dos eventos da memória traumática. Portanto, uma segunda, ou várias outras personalidades podem surgir a partir do trauma vivido pela pessoa, assim criando histórias a fim de continuar a anterior.

Essa segunda identidade, que se apresenta como nova para tentar substituir a original, a que sofreu o trauma, passa a ser a principal, convivendo conjuntamente com a existente, alternando-as quando convém, em momentos distintos. Em algumas pessoas podem chegar a dezenas delas. Estudos mostram que mulheres são mais suscetíveis do que os homens ao TDI, e que apresentam mais personalidades que os mesmos com o transtorno.

As personalidades não se reconhecem, não se interagem e não sabem as ações feitas por cada uma delas. Cada uma tem sua identidade, pensa, age e faz o que bem entende, independentemente da outra.

Segundo Valverde, elas podem inclusive apresentar doenças específicas, cada uma delas, tanto doenças físicas, como mentais, como o uso de óculos e de medicamentos específicos.


O transtorno em várias personalidades (Foto: reprodução/Freepick/Storyset)


Como reconhecer

Para ter um diagnóstico é preciso procurar um médico psiquiatra. Apesar de rara e complexa, existem profissionais especializados em reconhecer o transtorno. O tratamento inclui medicamentos para a controlar a condição, além da terapia para que a pessoa não seja exposta aos traumas que causaram a doença mental.

O psquiatra diz que a tendência é que no futuro possamos ver cada vez mais transtornos deste tipo por conta dos traumas que as crianças estão tendo, principalmente na primeira infância. Relações de abandono e de abusos estão se tornando cada vez mais comuns.

 

Foto destaque: Multiplas personalidades. Reprodução/Freepick/master1305

EUA aprovam primeira pílula para depressão pós-parto

A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de saúde dos EUA, aprovou a primeira pílula para tratar a depressão pós-parto, uma condição que afeta cerca de meio milhão de mulheres nos Estados Unidos todos os anos. 

A FDA aprovou a zuranolona, ​​vendida sob a marca Zurzuvae, para tratar a depressão grave relacionada ao parto ou à gravidez como uma pílula diária tomada por duas semanas.

A droga estará disponível ainda este ano, disseram os fabricantes de medicamentos Sage Therapeutics. No entanto, nenhum preço foi anunciado.

Espera-se que o Zurzuvae seja lançado e esteja disponível comercialmente no quarto trimestre de 2023, logo após o agendamento como substância controlada pela US Drug Enforcement Administration, o que está previsto para ocorrer dentro de 90 dias”, disseram a Sage Therapeutics e a Biogen em um comunicado.


A depressão pós-parto afeta cerca de meio milhão de mulheres nos EUA (Foto: reprodução/St.ClairHealth)


Depressão pós-parto

Estima-se que 10 a 15 por cento das mulheres que dão à luz nos EUA sofrem de depressão durante ou no ano seguinte da gravidez. Esse transtorno é considerado um subtipo de depressão maior, segundo o Ministério da Saúde.

De acordo com a FDA, os sintomas do transtorno podem incluir tristeza, perda de energia, pensamentos suicidas, diminuição da capacidade de sentir prazer ou comprometimento cognitivo. 

A depressão pós-parto é uma condição séria e potencialmente fatal na qual as mulheres sentem tristeza, culpa, inutilidade – até mesmo, em casos graves, pensamentos de ferir a si mesmas ou a seus filhos (…) E, como a depressão pós-parto pode interromper o vínculo mãe-bebê, também pode trazer consequências para o desenvolvimento físico e emocional da criança“, disse Tiffany Farchione, chefe de psiquiatria do Centro de Medicamentos da FDA Avaliação e Pesquisa.

A Pílula

A pílula, zuranolona, ​​que será comercializada sob a marca Zurzuvae, foi desenvolvida pela Sage Therapeutics, uma empresa de Massachusetts que a produz em parceria com a Biogen. 

Dados de ensaios clínicos mostram que a pílula funciona rapidamente, começando a aliviar a depressão em menos de três dias, significativamente mais rápido do que os antidepressivos gerais, que podem levar duas semanas ou mais para fazer efeito, além de ser menos invasivo que a única outra droga aprovada para depressão pós-parto, a brexanolona, ​​também desenvolvida pela Sage e comercializada como Zulresso. A brexanolona requer uma infusão intravenosa de 60 horas em um hospital com riscos de perda de consciência e custa em torno de US$ 34.000. 

Os efeitos colaterais mais comuns de tomar Zurzuvae podem incluir sonolência, tontura, diarreia, fadiga, resfriado comum e infecção do trato urinário. A agência disse que a rotulagem contém um aviso em caixa de que o Zurzuvae pode afetar a capacidade de uma pessoa de dirigir e realizar outras atividades potencialmente perigosas e disse que os pacientes não devem dirigir ou operar máquinas pesadas por pelo menos 12 horas após tomá-lo.

Os médicos disseram que Zurzuvae não seria apropriado para todos os que sofrem de depressão pós-parto. Para aqueles com depressão leve a moderada, a psicoterapia pode funcionar bem. 

Os fabricantes não disseram quanto custará o Zurzuvae. Portanto, não está claro quão acessível o medicamento será para as pessoas que mais precisam dele.

Depressão pós-parto no Brasil

No país, segundo Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a depressão pós-parto atinge cerca de 25% das mães de recém-nascidos, ou seja, uma a cada quatro mães apresenta o trastorno.

No Brasil, o tratamento feito com psiquiatras e psicólogos especializados no transtorno são oferecidos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o Ministério da Saúde, algumas das recomendações para tratar a depressão pós-parto são a terapia hormonal, exercícios para fortalecer os laços entre a mãe e o bebê e a presença de uma babá durante esse período.

Foto destaque: Pílula para depressão pós-parto. Reprodução/Feinstein Institutes.

Ozonioterapia como tratamento complementar é autorizada no Brasil; saiba as implicações e controvérsias

A recente sanção da lei que permite o uso da ozonioterapia como tratamento de saúde complementar no Brasil tem gerado intensos debates e críticas por parte de entidades médicas e especialistas. Enquanto alguns acreditam que a ozonioterapia pode oferecer benefícios terapêuticos, muitos profissionais da área de saúde levantam preocupações sobre a falta de evidências científicas robustas que sustentem sua eficácia e segurança.


Ozonioterapia, entidades médicas e especialistas criticam lei. (Reprodução/Twitter)


Controvérsias e debates

A ozonioterapia envolve a administração de uma mistura de oxigênio e ozônio para tratar diversas condições de saúde. Defensores dessa terapia alternativa argumentam que ela pode ser eficaz no combate a infecções, inflamações e até mesmo em doenças crônicas. No entanto, a maioria das entidades médicas e especialistas têm demonstrado ceticismo em relação a essas afirmações.

Dentre as principais preocupações levantadas, destacam-se:

  1. Falta de evidências científicas sólidas: A ozonioterapia carece de estudos clínicos robustos que demonstrem sua eficácia e segurança em diversas condições médicas. A maioria das pesquisas disponíveis possui limitações metodológicas, o que torna difícil avaliar os resultados de maneira confiável.

  2. Riscos à saúde: Há preocupações sobre os riscos potenciais associados à ozonioterapia, como a possibilidade de irritação pulmonar, reações alérgicas e complicações decorrentes da exposição ao ozônio, que é um gás tóxico em altas concentrações.

  3. Substituição de tratamentos comprovados: Especialistas alertam que a promoção da ozonioterapia como tratamento de saúde complementar pode levar pacientes a abandonarem ou retardarem tratamentos médicos convencionais que já possuem comprovação científica de eficácia.

  4. Regulamentação e capacitação: A ausência de regulamentação rigorosa para a prática da ozonioterapia levanta preocupações sobre a qualificação dos profissionais que a administram e a possibilidade de que a terapia seja aplicada de forma inadequada ou insegura.

Posicionamentos das entidades médicas

Diversas entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB), manifestaram suas preocupações e discordâncias em relação à nova lei, essas organizações enfatizam a importância de basear práticas médicas em evidências científicas sólidas e de garantir a segurança dos pacientes.

A controvérsia em torno da recente sanção da lei que permite o uso da ozonioterapia como tratamento de saúde complementar no Brasil reflete a tensão entre abordagens alternativas de saúde e a necessidade de evidências científicas rigorosas. Enquanto os defensores veem potencial terapêutico na ozonioterapia, críticos, incluindo entidades médicas e especialistas, reforçam a importância de cautela, regulamentação adequada e base científica sólida para garantir a segurança e a eficácia dos tratamentos oferecidos aos pacientes. O debate sobre essa questão certamente continuará a evoluir à medida que mais informações e estudos são disponibilizados.

Foto Destaque: Ozonioterapia como tratamento complementar. Reprodução/OGlobo

Veja qual tipo de cirurgia plástica Jojo Todynho vai precisar após bariátrica

Após dizer várias vezes que tinha desistido de fazer a cirurgia bariátrica, a cantora Jojo Todynho surpreendeu ao anunciar que ia se submeter ao procedimento.

Segundo dados do Sisvan, Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde, a obesidade está presente em 31,8% da população brasileira e o sobrepeso é de 34,6%. Já a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) revela que só em 2022 foram realizados 74.738 procedimentos em todo o país com o objetivo de combater a doença que é porta de entrada para inúmeras comorbidades.


Jojo Todynho (Foto: Reprodução/Instagram)


Procedimentos necessários após a cirurgia

De fato, a bariátrica melhora significativamente as doenças associadas à obesidade e devolve a qualidade de vida, só que depois de uma grande perda de peso, alguns procedimentos de cirurgia plástica são necessários, principalmente para remover o inevitável excesso de pele. De acordo com o médico especialista Ícaro Samuel, os mais comuns são a abdominoplastia, realizada na região abdominal, a mamoplastia redutora, nas mamas, e a lipoescultura, onde o corpo do paciente é ‘esculpido’ durante o processo com base em estudos de anatomia corporal. “A tecnologia está muito avançada e, dependendo do caso, é possível fazer mais de um procedimento no mesmo dia”, diz.

As plásticas pós-bariátrica estão recomendadas de 1 até 2 anos após a cirurgia porque o peso precisa estabilizar por, no mínimo, 6 meses. No momento que o excesso de pele é retirado, ocorre a eliminação de mais peso, mas o grande problema, segundo o médico, é também a perda da massa muscular. “Quanto menos massa muscular, menos força e funcionalidade. Esse fenômeno é bastante comum com o envelhecimento, mas a bariátrica acelera o processo, por isso é tão importante o acompanhamento nutricional e a suplementação”, explica o cirurgião que é membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica.

A boa notícia é que as chamadas tecnologias de retração podem evitar cirurgias como a braquioplastia, que é a redução da pele do braço, e a cruroplastia, realizada na região da coxa. “As tecnologias de retração – como Argo, Renuvion, Bodytite e Morpheus – estão evitando grandes cicatrizes, trazendo um conforto ainda maior ao paciente. O Renuvion, por exemplo, promove a contração da pele, diminuindo a flacidez do tecido em até 80%, os resultados são visíveis imediatamente e melhorados ao longo dos meses seguintes. É uma excelente opção, que vale a pena conhecer mais”, revela o médico que já fez centenas de procedimentos do tipo.

Processo de recupeção

Sobre a recuperação, no caso da abdominoplastia, praticamente necessária no processo, dura em média 2 meses e requer do paciente alguns cuidados como não fazer esforço durante esse período e o uso da faixa abdominal.

“Vale ressaltar que o mais importante tanto no caso da Jojo Todynho, como de todos os pacientes que desejam realizar algum procedimento de cirurgia plástica, é buscar um profissional qualificado, afinal trata-se de um processo invasivo que só pode ser realizado em centro cirúrgico”, alerta o especialista.

 

Foto destaque: Excesso de pele após bariátrica. Reprodução/Divulgação

Saiba o que é a Esclerose Lateral Amiotrófica, doença que provocou a morte do namorado de Sandra Bullock

O fotógrafo Bryan Randall, namorado da atriz Sandra Bullock, faleceu aos 57 anos neste último sábado (5), por conta da doença Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), após lidar por três anos com a doença. O anúncio da morte foi feito pela Revista People nesta segunda-feira (7) depois do aviso da família para o periódico. 

Os parentes de Bryan postaram um comunicado confirmando o falecimento: 

“Com muita tristeza, informamos que, na data de 5 de agosto, Bryan Randall faleceu pacificamente depois de uma luta de três anos contra a Esclerose Lateral Amiotrófica. Randall preferiu durante a sua vida manter a doença de maneira privada e, cuidando dele, sempre respeitamos o seu desejo”, descreveu a publicação.

A irmã da atriz Sandra Bullock se posicionou nas redes sociais sobre a morte do seu cunhado e comentou a relação do casal: 

“A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma enfermidade dura, porém há algum conforto em ter conhecimento que Bryan teve as melhores cuidadoras com a minha incrível irmã e com o trabalho realizado pelas enfermeiras que Sandra contratou para o auxílio na residência. Descanse em paz, Bryan”, declarou a cunhada de Bryan Randall.


Declaração da irmã de Sandra Bullock sobre a morte do cunhado. (Reprodução/Instagram: @gesinebp)


O que é a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

A Esclerose Lateral Amiotrófica ficou famosa com o desenvolvimento da doença no físico Stephen Hawking. A enfermidade prejudica o sistema nervoso, promovendo a morte cedo devido às impossibilidades de realizar as tarefas essenciais, como ingestão, fala, respiração e movimentação.

Principais sintomas da doença

Conforme o governo do Brasil, os principais sintomas da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) incluem: “dificuldades de respiração e ingestão, atos como engasgar facilmente e babar, falta de capacidade para cumprir hábitos de rotina, incluindo andar, levantar o corpo. No músculo, é comum a presença de cãibras e contrações.”

Tratamento 

Sobre o tratamento, o governo brasileiro afirmou: “O tratamento realizado para a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) inclui a utilização de um medicamento disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o riluzol, que atrasa a evolução da doença e aumenta a quantidade de vida da pessoa com a doença.”

Especialistas de saúde como nutricionistas e fisioterapeutas também desempenham um papel importante ao auxiliar nos sintomas de perda de peso e contrações musculares, respectivamente. 

Foto destaque: Bryan Randall e Sandra Bullock. Reprodução/Twitter: @DebRobertsABC