Diagnóstico da filha de Tiago Leifert ajudou na descoberta da Retinoblastoma em outras crianças

Tiago Leifert e sua esposa, Daiana Garbin, promovem juntos a campanha “De olho nos olhinhos”, que tem como objetivo informar e alertar sobre o retinoblastoma e o diagnóstico precoce em crianças. A segunda edição da campanha começa no dia 16 de setembro, e no próximo final de semana, voluntários da área da saúde vão orientar o público sobre a doença em shoppings de todo o país. 

A retinoblastoma é um câncer ocular que começa na parte traseira do olho, também chamada de retina, e sua incidência principal é em crianças. A doença pode ocorrer em um os nos dois olhos e pode levar até a cegueira.

Outras crianças com o mesmo diagnóstico

O caso de Lua, a filha de dois anos de idade de Tiago e Daiana, serviu como alerta para outros casos. No Brasil, esse câncer tem quase 400 novos casos em todos os anos e pode se espalhar pelo corpo e até levar à morte, por isso, é importante o diagnóstico o quanto antes. 

Tiago comenta que o caso da filha pode ajudar no diagnóstico de novos casos: “São casos que poderiam ser descobertos depois, não fosse o alerta da Lua. Ela veio com essa missão, eu não sei qual é a fé das pessoas, mas ela veio com essa missão”, afirmou o apresentador. 

E isso aconteceu com uma criança de um ano, Emanuel, diagnosticado com retinoblastoma.  Paula, mãe do menino, disse que com apenas seis meses, o pai estava brincando com Emanuel pôs a mão no olho do filho, então o casal percebeu que ele não estava enxergando. A mãe não encontrou muitas informações, por isso procurou Tiago Leifert pela internet.

Agora, Emanuel faz tratamento no mesmo hospital que Lua, no GRAACC, em São Paulo, feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com Emanuel, são 20 casos que Tiago Leifert e sua esposa conseguiram ajudar. 

A doença 

A retinoblastoma pode ser difícil de identificar porque apresenta pouco ou nenhum sintoma. Entre eles, estão uma pupila branca em contato com a luz ou até mesmo na fotografia com flash. Em alguns casos, os olhos podem parecer estar olhando para diferentes direções ou até mesmo apresentar fotofobia, estrabismo, heterocromia, sangramento em alguma parte do olho e vermelhidão.


Exemplo de exame de vista que pode ajudar na identificação do retijnoblastoma (Foto: reprodução/Paul Diaconu/Pixabay)


A principal causa do retinoblastoma é a genética. Crianças com a doença têm 50% de chance de passá-la para seus descendentes. Já o tratamento tem uma taxa de cura de 90% por meio da eliminação do tumor, com quimioterapia, radioterapia e terapia a laser.

 

Foto destaque: Tiago Leifert e sua família. Reprodução/Instagram/@garbindaiana

Congresso Brasileiro de Endocrinologia discorda de métodos para emagrecimento

Encontro que propõe a reformulação de termos utilizados para métodos de emagrecimento aconteceu entre 6 e 9 de setembro, em João Pessoa, na Paraíba. A proposta foi feita pelo Congresso Brasileiro de Atualização em Endocrinologia e Metabologia (CBAEM 2023), com base em um documento produzido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). 


Mulher segurando a barriga (Foto: Reprodução/Dr. Diego Paim)


A exigência na mudança de termos, visa parar a estigmatização da obesidade como um problema estético. Termos como “remédio para emagrecer” e “canetas emagrecedoras“, devem ser evitados por afetarem diretamente a saúde física e mental de quem lida com o sobrepeso. Além disso, a linguagem mal colocada é capaz de relacionar a obesidade a um “problema estético“, o que não é um aspecto positivo para o fortalecimento de autoestima e bem-estar de quem lida com a questão no dia a dia, o que também contribui para comportamentos alimentares prejudiciais a saúde.

Linguagem inadequada

Até 2025, a obesidade está prevista para afetar mais de 700 milhões de pessoas ao redor do mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Dessa forma, uma das maiores questões para as sociedade médicas, é a de que o mau uso da linguagem criada para produtos emagrecedores, possa aumentar o estigma sobre a doença e os medicamentos. 

“(…) o uso de termos inadequados pode criar a impressão de que esses medicamentos são destinados apenas à perda de peso temporária, em vez de um tratamento a longo prazo para uma doença crônica”, declara o endocrinologista Bruno Halpern. O uso inadequado da linguagem para se referir a obesidade demonstra dados preocupantes.

Resultados de buscas

Também de acordo com o documento, a pesquisa pelo termo “medicamentos para perda de peso” foi maior: contabilizou cerca de 2,2 milhões de resultados, enquanto que a pesquisa feita por termos como “medicamentos anti-obesidade”, “drogas anti-obesidade” e “drogas ou medicamentos para tratar a obesidade”, geraram somente 428 mil resultados no Google. 

Em produções acadêmicas, onde os termos são utilizados de forma correta, os números caem drasticamente. A pesquisa pelo termo “agentes anti-obesidade” gerou mais de 19 mil resultados, enquanto a pesquisa pelo “medicamentos/drogas/agentes para perda de peso” gerou menos de 500 resultados.

 

Foto destaque: Mulher medindo o próprio peso. Reprodução/Conexa Saúde

 

Especialistas alertam para o uso contínuo do Rivotril

Especialistas alertam para o uso contínuo do Rivotril, remédio para o tratamento de sintomas como ansiedade, fobia social e epilepsia. O aviso visa chamar atenção para os possíveis riscos de abuso, tolerância e dependência do medicamento. O psiquiatra Márcio Bernik alerta para os perigos da prescrição imediata e sem indicações para o abandono do clonazopam.

 

Perigos do uso contínuo

Nos anos de 1960, as farmácias começaram a comercializar benzodiazepínicos, medicamentos para o tratamento de alguns sintomas psicológicos e quadros psiquiátricos. O Rivotril está neste conjunto e, atualmente, é um dos mais conhecidos pelos consumidores.

Passadas algumas décadas, porém, a prática mostrou que o uso dessas medicações, das quais o Rivotril é a marca comercial mais famosa, requer alguns cuidados básicos.

No entanto, profissionais da saúde indicam que haja um limite para o consumo desses comprimidos. Especialistas explicam que, quando há um uso contínuo dessa substância, os pacientes irão precisar ser remediados com maiores doses para atingir o mesmo efeito.

Com isso, o remediado pode acabar criando uma dependência emocional com as pílulas. O psiquiatra Márcio Bernik, coordenador do Programa de Transtornos de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo (IPq-FMUSP), diz que o remédio deve ser prescrevido com certo cuidado: “Os benzodiazepínicos não são nem venenos, nem panacéias universais”.


Márcio Bernik, psiquiatra e coordenador do IPq-FMUSP. (Foto: reprodução/Simpósio da Ansiedade)


Abandono do medicamento

Bernik explica que o medicamento irá trazer um alívio durante certo tempo. “Eles podem ajudar no período de duas a três semanas em que os antidepressivos demoram para começar a fazer efeito”, explica o médico.

Porém, Márcio relatou que já atendeu pacientes que usam o medicamento há anos e não receberam orientações para abandoná-los. O psiquiatra contou sobre uma paciente que, após uma separação com o marido, foi até um posto de saúde e recebeu a orientação médica. Mas, o médico acrescentou que “isso aconteceu em 1968 e ela continuou a tomar o remédio por décadas” .

Para que aconteça o abandono do medicamento, o indicado é procurar um médico que prescreve um “desmame”. É um momento que as doses são diminuídas ao longo do tempo, para que os sintomas de abstinência sejam controlados.

 

Foto destaque: Caixa de Rivotril. Reprodução/ICTQ

Conheça 6 hábitos para prevenir problemas no joelho

O joelho é uma articulação complexa responsável pela sustentação do corpo e pela absorção de impacto, sendo muito demandada durante a movimentação. Por isso, é muito suscetível a lesões e doenças.

Dessa forma, qualquer pessoa deve adotar alguns cuidados para manter os joelhos saudáveis ao longo de toda a vida, não apenas atletas e idosos. O Dr. Marcos Cortelazo, ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva, listou alguns deles:

Controle o peso

Evitar o sobrepeso é fundamental, pois o acúmulo de gordura corporal gera uma sobrecarga sobre as articulações, com um trauma repetitivo e excessivo da cartilagem, levando a sua degeneração.

“Além disso, o sobrepeso e a obesidade inflamam o corpo e aumentam a propensão para o desenvolvimento de problemas, como artrite e artrose, além de agravar as dores”, diz o ortopedista. Além disso, com a obesidade, há um risco aumentado de condromalácia patelar, lesão da cartilagem e lesão meniscal degenerativa.

Adeque a alimentação

De acordo com o Dr. Marcos, uma alimentação desbalanceada pode favorecer dores nos joelhos de forma indireta através de três mecanismos básicos: ganho de peso com sobrecarga articular; ingestão de alimentos com potencial inflamatório; e baixa ingestão de proteínas com diminuição de massa muscular, o que reduz a proteção das articulações.

“É importante evitar o consumo excessivo de açúcar, sal e gordura, que podem favorecer o ganho de peso. Também reduza o consumo de alimentos inflamatórios, como leite e adoçantes”, aconselha o especialista. 

Evite o consumo excessivo de bebidas alcóolicas

A ingestão exagerada de bebidas alcoólicas é um fator de risco para o surgimento de dores articulares. “O álcool pode causar uma elevação nos níveis de ácido úrico no sangue, o que chamamos de hiperuricemia. Essa condição leva a uma inflamação das articulações e, quando não tratada, pode ocasionar lesões da cartilagem articular, que evoluem para a artrose”, diz o médico.

Maneire no uso de saltos

Durante o uso de sapatos com salto alto, o joelho é colocado em uma posição desconfortável que exige flexão contínua, levando ao desgaste da cartilagem patelar e, consequentemente, a uma condição conhecida como condromalácia, que é caracterizada pelo amolecimento da cartilagem da rotula ou patela. “Além disso, o uso contínuo do calçado pode fazer com que outras estruturas do joelho, como o fêmur e a tíbia, também sofram com desgastes, levando assim à artrose”, alerta o ortopedista. 

Pratique exercícios

A prática regular de atividade física figura entre os hábitos mais benéficos para a saúde do joelho.

“Os exercícios beneficiam os joelhos de três maneiras básicas: ajudam a manutenção do peso corporal; fortalecem a musculatura, exercendo um efeito de proteção das articulações através da melhora do desempenho biomecânico e da sustentação do esqueleto; e ativam a circulação do líquido sinovial, que nutre a cartilagem através do processo de embebição”, pontua o Dr. Marcos Cortelazo.

Mas, antes de praticar qualquer tipo de atividade física, é importante que você procure um profissional capacitado para orientá-lo sobre como realizar os exercícios físicos corretamente.

Preste atenção nas dores no joelho

O Dr. Marcos Cortelazo explica que, no geral, dores que ocorrem durante ou após uma atividade e desaparecem espontaneamente podem ser consideradas dores pós-esforço e provavelmente não são sinal de gravidade. No entanto, dores que aparecem durante a atividade e impedem sua realização, assim como aquelas que surgem após e não regridem espontaneamente, geralmente são sinal de algo mais grave, sendo fundamental buscar um médico especialista.

*Dr. Marcos Cortelazo: Graduado em medicina e pós-graduado em ortopedia e traumatologia pela Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o Dr. Marcos Cortelazo é membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), da Sociedade Latino-americana de Artroscopia, Joelho e Esporte (SLARD) e da Sociedade Internacional de Artroscopia, Cirurgia do Joelho e Medicina do Esporte (ISAKOS).

Foto destaque: joelhos saudáveis. Freepik“>Reprodução

Variante Pirola tem 35 modificações importantes e cientistas avaliam seus impactos

O surgimento de uma nova variante do Coronavírus, a BA.2.86, apelidada de Pirola, fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS), convocasse uma coletiva de imprensa. Com 35 mutações na proteína Spike, parte onde as vacinas atacam, essa nova variante gerou preocupação na comunidade científica por, de alguma forma, ela poder fugir da proteção das vacinas atuais.

Até o momento, a Pirola foi detectada em 11 países. O presidente da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que a variante é monitorada por pesquisadores para saber em qual grau está sua transmissibilidade e se gera algum impacto na situação geral em relação ao Covid-19.

O que se sabe da Pirola

Estudos feitos por cientistas da Universidade de Pequim, na China, revelaram que a Pirola não oferece tanto perigo quanto se imaginava. Os testes de laboratório mostraram que a BA.2.86, mesmo tendo 35 modificações importantes, tem menos capacidade de infecção.

O biomédico pesquisador responsável pelo estudo, o chinês Yunlong Cao, afirmou que a diminuição na capacidade de imunização foi de apenas dois pontos. Ele explica que para ser considerada perigosa e que fuja das vacinas atuais, o coronavírus necessita reduzir até oito pontos dessa capacidade imunológica.


É importante manter o esquema vacinal completo para evitar casos graves da doença (Foto: reprodução/Freepik/Freepik)


Atualização das vacinas

No momento não há indícios de que a Pirola foge da proteção dos imunizantes já existentes no mercado ou que possa impactar de maneira importante os sistemas de saúde no mundo.

As fabricantes Pfizer e Moderna garantem que suas vacinas continuam a proteger de forma efetiva contra a variante BA.2.86. A Moderna informa que seu imunizante em estudos clínicos foi capaz de aumentar 8,7 vezes os anticorpos no corpo humano para combater o Coronavírus.

Circulação no Brasil

Até o momento o Ministério da Saúde não identificou a Pirola no Brasil. Até agora, a variante EG.5, conhecida como Eris, é que  tem causado preocupação, pois ela é capaz de enganar o sistema imunológico de uma maneira mais fácil, mas não é capaz de causar complicações em quem está com a vacinação em dia.

A prefeitura do Rio de Janeiro está ampliando os horários dos postos de saúde da cidade para que todos possam se imunizar e assim atualizar seu esquema vacinal. Os números na cidade de quem tomou a vacina bivalente são baixos. Outras prefeituras e estados também farão campanhas para conscientização.

 

Foto destaque: Coronavírus em 3D. Reprodução/Freepik/starline

Ciência afirma que desorganização pode prejudicar a saúde

Uma casa organizada é frequentemente associada a um ambiente saudável e equilibrado, mas o que a ciência realmente diz sobre o impacto de uma casa bagunçada na saúde? Muitos de nós já ouvimos a expressão “bagunça mental”, mas será que ela tem uma base científica? As evidências científicas que relacionam a desordem em casa com a saúde física e mental, bem como algumas dicas para manter seu espaço organizado e, assim, promover um estilo de vida mais saudável.

Um dos principais impactos da desordem em casa está relacionado ao estresse e à ansiedade. Estudos demonstraram que um ambiente bagunçado pode ativar a liberação de cortisol, o hormônio do estresse, no corpo, viver em um espaço desorganizado pode criar uma sensação constante de desordem mental, levando à ansiedade e ao aumento dos níveis de estresse. Isso pode afetar negativamente a saúde mental a longo prazo, contribuindo para transtornos como a depressão.

Manter o quarto em ordem é particularmente importante para uma boa noite de sono, desordem no quarto pode interferir na capacidade de relaxar e desligar, prejudicando a qualidade do sono. Um estudo publicado no Journal of Environmental Psychology descobriu que adultos que dormem em quartos organizados têm um sono de melhor qualidade em comparação com aqueles que dormem em quartos desorganizados, um sono ruim, por sua vez, está ligado a uma série de problemas de saúde, como obesidade, doenças cardíacas e comprometimento cognitivo.

Uma casa desorganizada também pode ser um terreno fértil para o acúmulo de poeira, ácaros e mofo, que são conhecidos por desencadear alergias e doenças respiratórias, a desordem pode dificultar a limpeza adequada e a circulação do ar, o que pode aumentar a concentração desses alérgenos no ambiente. Isso pode levar a sintomas como espirros, tosse, congestão nasal e asma, afetando a saúde respiratória de seus habitantes.

A desordem na cozinha pode afetar a nutrição e os hábitos alimentares de uma pessoa, uma cozinha desorganizada pode dificultar o preparo de refeições saudáveis, levando ao consumo de alimentos processados ou fast food, o que, por sua vez, está associado a problemas de saúde, como obesidade e doenças cardíacas. Manter uma cozinha organizada pode promover escolhas alimentares mais saudáveis e o planejamento de refeições equilibradas.

Dicas para manter a casa organizada e promover a saúde:

Crie rotinas de limpeza

Estabeleça um cronograma regular de limpeza e organização para evitar que a bagunça se acumule.

Desapegue do excesso

Regularmente, livre-se de itens desnecessários. Isso não apenas reduz a desordem, mas também pode melhorar seu bem-estar emocional.

Organize-se

Utilize sistemas de organização, como prateleiras, caixas e gavetas, para manter os itens em seus devidos lugares.

Minimize o consumo

Pense duas vezes antes de adquirir novos objetos e traga apenas o que realmente precisa para sua casa.

Mantenha o equilíbrio

Lembre-se de que a perfeição não é o objetivo, o importante é criar um ambiente funcional e agradável para você e sua família.



A ciência oferece evidências convincentes de que a desordem em casa pode ter impactos negativos na saúde física e mental. Portanto, manter um ambiente organizado não é apenas uma questão estética, mas também uma escolha saudável. Ao adotar práticas de organização e redução da desordem em sua vida cotidiana, você pode promover uma melhor saúde e bem-estar para si mesmo e para sua família. É hora de deixar a bagunça para trás e criar um espaço que apoie um estilo de vida mais saudável.

 

Foto destaque: Um lar organizado é um investimento na saúde. Reprodução/NotíciasR7

Aumento significativo nos diagnósticos de câncer em pessoas com menos de 50 anos preocupa cientistas

Nos últimos anos, um preocupante fenômeno tem chamado a atenção da comunidade médica e da sociedade em geral: o aumento significativo nos casos de câncer diagnosticados em pessoas com menos de 50 anos de idade. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), esse grupo etário tem experimentado um alarmante aumento de 79% nos diagnósticos de câncer, uma tendência que está gerando preocupações e demandando ações urgentes para compreender as causas e implementar estratégias de prevenção.

Os números alarmantes

Os dados mais recentes indicam que, nas últimas três décadas, a incidência de câncer em indivíduos com menos de 50 anos cresceu em uma taxa de 79%. Isso significa que, cada vez mais, pessoas jovens estão enfrentando a dura realidade do câncer, uma doença tradicionalmente associada ao envelhecimento.

Embora os números gerais sejam preocupantes, é importante observar que alguns tipos de câncer estão contribuindo significativamente para esse aumento. Entre os mais afetados estão o câncer colorretal, o câncer de mama, o câncer de pulmão e o câncer de tireoide. O aumento na incidência dessas doenças em pessoas mais jovens está causando uma mudança na dinâmica tradicional da oncologia.

Possíveis causas

A ascensão dos casos de câncer em pessoas com menos de 50 anos levanta diversas questões e hipóteses sobre as possíveis causas desse fenômeno, alguns fatores que podem estar contribuindo para esse aumento incluem:

– Estilo de vida: mudanças no estilo de vida, como dietas menos saudáveis, sedentarismo e aumento do consumo de álcool e tabaco, podem estar desempenhando um papel importante nesse cenário.

– Fatores ambientais: a exposição a substâncias carcinogênicas presentes no ambiente, como poluentes atmosféricos e produtos químicos industriais, pode contribuir para o desenvolvimento de câncer em idades mais jovens.

– Fatores genéticos e hereditários: algumas formas hereditárias de câncer, como o câncer de mama e o câncer colorretal, podem afetar famílias e serem transmitidas de geração em geração.



O aumento nos casos de câncer antes dos 50 anos não apenas impacta a saúde desses indivíduos, mas também tem implicações significativas nas áreas social e econômica. A detecção precoce e o tratamento eficaz são fundamentais para melhorar as taxas de sobrevivência e a qualidade de vida, mas também aumentam os custos dos sistemas de saúde e podem afetar a capacidade produtiva da população em idade economicamente ativa.

Diante desse cenário, é crucial que a sociedade se conscientize da importância da prevenção do câncer em todas as idades. Medidas como adotar um estilo de vida saudável, realizar exames preventivos regularmente e buscar orientação genética quando apropriado podem fazer a diferença na redução dos casos de câncer em pessoas jovens. A conscientização da sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce é fundamental para combater essa crescente ameaça à saúde das gerações mais jovens.

 

Foto destaque: Desafios e estratégias para combater o câncer em idades mais jovens. Reprodução/Exame

Descubra o que pode causar muitas idas ao banheiro durante a noite

Se você já acordou diversas vezes durante a noite com uma vontade urgente de usar o banheiro, essa situação pode ser desconfortável e perturbar o seu sono, afetando a qualidade da sua vida. Se você está passando por isso com frequência, isso pode indicar um distúrbio conhecido como noctúria. Entenda o que é a noctúria, suas causas comuns e algumas estratégias para evitar essas interrupções noturnas.

O que é noctúria

A noctúria é um distúrbio caracterizado pela necessidade frequente de urinar durante a noite, o que pode resultar em várias idas ao banheiro enquanto você tenta dormir. Embora seja normal acordar ocasionalmente para urinar, a noctúria é diagnosticada quando ocorrem acordar frequentes (geralmente mais de duas vezes por noite) para urinar, afetando negativamente o ciclo do sono.

Causas da noctúria:

  1. Idade: a noctúria se torna mais comum à medida que envelhecemos; a capacidade de reter a urina durante a noite pode diminuir;

  2. Problemas médicos: doenças como diabetes, hipertensão, insuficiência cardíaca e doenças renais podem causar a noctúria, pois afetam o equilíbrio de fluidos no corpo;

  3. Medicamentos: alguns medicamentos, como diuréticos e medicamentos para a pressão arterial, podem aumentar a produção de urina e contribuir para a noctúria;

  4. Consumo de líquidos antes de dormir: beber grandes quantidades de líquidos antes de dormir pode aumentar a produção de urina durante a noite;

  5. Infecções do trato urinário: essas infecções podem causar urgência urinária e noctúria.



Como evitar a noctúria:

  1. Limite a ingestão de líquidos à noite: evite beber grandes quantidades de líquidos algumas horas antes de dormir para reduzir a produção de urina durante a noite;

  2. Evite cafeína e álcool: essas substâncias podem ter efeitos diuréticos, aumentando a necessidade de urinar. Evite-os, principalmente nas horas que antecedem o sono;

  3. Mantenha um diário urinário: registre quando você urina e quanto urina durante o dia. Isso pode ajudar o médico a entender melhor o problema e identificar possíveis soluções;

  4. Considere a medicação: Em casos graves, um médico pode prescrever medicamentos para reduzir a noctúria. No entanto, isso deve ser feito sob orientação médica, pois os medicamentos podem ter efeitos colaterais;

  5. Trate condições médicas subjacentes: se a noctúria for causada por uma condição médica subjacente, como diabetes ou infecção do trato urinário, é fundamental tratar essa condição para aliviar os sintomas;

  6. Exercícios do assoalho pélvico: fortalecer os músculos do assoalho pélvico pode ajudar a melhorar o controle da bexiga e reduzir a noctúria;

  7. Consulte um especialista: se a noctúria persistir e afetar significativamente sua qualidade de vida, é aconselhável consultar um urologista ou um médico especializado em distúrbios do sono para um diagnóstico e tratamento adequados.

A noctúria pode ser um problema frustrante, mas existem soluções disponíveis. Se você está enfrentando esse distúrbio, não hesite em procurar ajuda médica para encontrar a causa subjacente e desenvolver um plano de tratamento eficaz. Com as medidas adequadas, você pode melhorar a qualidade do seu sono e reduzir as idas ao banheiro no meio da noite.

 

Foto destaque: Mulher ao banheiro durante a madrugada. Reprodução/RevistaNews

Cientistas afirmam que não ter relações sexuais causa riscos à saúde física e mental

Nesta quarta-feira (06) comemora-se o Dia do Sexo. Especialistas declaram que ter intimidade com o seu parceiro(a) duas a três vezes por semana oferece benefícios à saúde física e mental, bem como a regulação hormonal.

É comprovado cientificamente que o sexo faz bem à saúde e que libera hormônios e substâncias que despertam sentimentos de alegria e prazer. Além disso, deixa o indivíduo mais alerta e reduz o risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e outras doenças cardiovasculares.

A revista acadêmica Archives of Sexual Behavior publicou que os casais fazem sexo 51 vezes por ano, equivalente a uma vez por semana. Esse número oscila e é fundamentado na vida e circunstâncias das pessoas envolvidas.

A sexóloga Isiah McKimmie afirma que, não existe quantidade certa de sexo que faça o relacionamento ser ótimo. É perfeitamente normal os parceiros terem ideias divergentes de quando e como querem, mas o ponto principal é que os casais consigam trabalhar juntos para encontrar o prazer que funcione para ambas as partes. 

Riscos à saúde

A medicina afirma que ficar um período longo sem ter relações sexuais (semanas, meses ou até mesmo anos) é prejudicial a saúde.

“É uma questão pessoal e de livre-arbítrio. Aqueles que não querem fazer sexo por um determinado período, se não estiverem em sofrimento, não precisam se preocupar. O problema é quando se quer fazer, porém, por inúmeros motivos, como falta de oportunidade, de um local adequado ou de um parceiro, não faz e sente a necessidade daquilo. Isso causa um sentimento de vazio, um desejo descontrolado, levando a desfechos negativos”, disse a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do programa de estudos em sexualidade da USP.

Essas consequências negativas que a Doutora Carmita menciona, podem trazer sérios riscos físicos e psicológicos severos. Começa com uma crise de ansiedade causada por desejos insaciáveis, e evolui para uma depressão do sistema imunológico e a posteriori do sistema nervoso central. Os pacientes sentem-se mais vulneráveis, a autoestima decai, seus corpos mudam e ficam fisicamente fracos. Isso incentiva o surgimento de doenças causadas por bactérias, vírus e até infecções comuns.

“São várias as indagações que se passam na cabeça dessa pessoa, que acaba tendo seu quadro de saúde agravado e contribuindo para um maior período sem relações sexuais. Ela começa a se perguntar se é bonita o suficiente ou o porquê de ninguém se interessar por ela a ponto de não querer ir para a cama. Há outros desdobramentos também, como rejeitar contatos sexuais, por não ter tido êxito nas atividades anteriores e querer evitar novos vexames. É uma bola de neve, que vai ficando cada vez maior até explodir em ansiedade, depressão, vulnerabilidade imunológica e doenças físicas”, declara a psiquiatra Carmita.

De acordo com a médica, a relação sexual precisa ser prazerosa para ambas as partes. Tal ato libera maior fluxo de dopamina, endorfina e oxitocina, hormônios essenciais para a saúde da mente e do corpo.


Casal abraçados em uma cama (Foto: Reprodução/jcomp/Freepik)


A quantidade diminui com o tempo

Estudos científicos afirmam que depende dos hábitos sexuais de cada pessoa. Tendo como exemplo, pessoas que praticam o ato pelo menos três vezes na semana começam a sentir os primeiros sinais de angústia em torno de 30 dias sem sexo. Para outras que mantém relações com intervalos de 15 a 20 dias, ter interstício de 3 a 4 meses não é algo alarmante.

A frequência das atividades sexuais varia de acordo com a idade, estilo de vida, saúde e libido, e normalmente decai ao longo dos anos, afirma o estudo do Instituto Kinsey para Pesquisas em Sexo, Gênero e Reprodução, nos EUA.

Segundo a Abdo, é normal a quantidade de atividades sexuais diminuírem com o passar do tempo. Com o acúmulo de responsabilidades, emprego, filhos, afazeres domésticos e outras situações, o sexo deixa de ser prioridade na vida das pessoas.

 

Foto destaque: Um casal na cama. Reprodução/gpointstudio/Freepik 

TDAH pode aumentar ocorrência de doenças graves

O Transtorno de Défictit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é muito conhecido por gerar um comportamento impulsivo e agitado, na fase adolescente ou adulta, pode desenvolver doenças graves, como anorexia, depressão, TEPT e chegando a resultar em suicidio.  Por isso, crianças devem ser  acompanhadas desde a percepção de seus transtornos, o acompanhamento deve ser feito de forma ágil e efetiva.

A condição de neurodesenvolvimento coloca o TDAH como um padrão de desatenção, hiperatividade e comportamento compulsivo que atrapalha muito no funcionamento ou desenvolvimento diário.

Probabilidades

Conforme estudo, pessoas diagnosticadas com TDAH têm 30% mais probabilidade de tentativa de suicídio e 9% mais probabilidade de desenvolver depressão grave.  Mais tarde, a probabilidade de tentativas de suicídio é de 42% para aqueles com TDAH que desenvolveram depressão.

A impulsivade é um comportamente base e está ligada à tentativas suicídas, o estudo sugere que tanto o TDAH quanto o transtorno depressivo são fatores de risco para esse tipo de comportamento. Pessoas com TDAH têm 18% de chance de a mais de desenvolver transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), se essa pessoa tiver TDAH e depressão, o risco de TEPT aumenta para 67%.


Depressão infantil (Foto: Reprodução/Getty Images)


Um estudo publicado pelarevista BMJ Mental Health, usou um método estatístico chamado randomização mendeliana, que usa “/”/variação genética para avaliar quão significativamente um fator de risco pode influenciar um resultado de saúde”/”/ disse Greenblantt, pesquisador do estudo. 

Foram tidas poucas evidência de conexão causal entre TDAH e transtornos bipolares, ansiedade ou esquizofrenia, faltando resultados sobre ansiedade, leva o fato a ser incomun, já que 90% das crianças com TDAH sofrem de ansiedade. Somando, à lista doneças como síndrome de Tourette, transtorno obsessivo-compulsivo, depressão, transtornos por uso de substâncias, transtornos alimentares, dificuldades de aprendizagem e disfunções do sono estão entre os problemas.

Tratamento

Sendo o TDAH mais frequentemente diagnosticado na infância, no futuro será possível tratar previamente as crianças, evitando as doenças decorrentes. O tratamento precoce é muito importa de vista pessoal e familiar, pois desta forma seriam evitados futuros problemas.

 

Foto destaque: Garota com TDAH ao lado de um faamiliar. Reprodução/Freekpik