Campanha “dezembro laranja”: veja como se prevenir do câncer de pele

Observar a própria pele e estar atento a tudo que ocorre nela não é um traço narcísico, mas uma questão de saúde. Esse é um dos motes da Campanha Dezembro Laranja contra o câncer de pele. Os médicos dermatologistas recomendam esse cuidado para prevenir a doença.

O autoexame de câncer de pele é extremamente importante, pois somente o paciente sabe quais são as ‘pintas’ que ele já tinha desde a infância ou que surgiram após os anos. Também é o paciente que sabe se as lesões vieram se modificando com o passar do tempo ou se causam dor ou prurido. Em qualquer época do ano, devemos nos examinar e procurar um dermatologista ao primeiro indício de lesão suspeita”, explica a dermatologista Dra. Mônica Aribi, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia e membro Internacional da European Academy of Dermatology and Venerology.

Quando ficar alerta e como fazer o autoexame

A médica explica que, geralmente, essas lesões suspeitas são caracterizadas por feridas que não cicatrizam ou “pintas” que aumentam de tamanho, mudam de cor, doem ou coçam. “As lesões de pintas também devem obedecer a regra do ABCDE, ou seja, não podem ser assimétricas (A), não podem ter bordas (B) irregulares, nem ser de várias cores (C), não ter diâmetro maior de 1 cm; também não devem evoluir (E) em tamanho”, explica a Dra. Mônica. A dermatologista explica de que forma é possível fazer o autoexame da pele:

1)Examinar seu rosto, principalmente o nariz, lábios, boca e orelhas;

2)Para facilitar o exame do couro cabeludo, separe os fios com um pente ou use o secador para melhor visibilidade. Se houver necessidade, peça ajuda a alguém;

3)Preste atenção nas mãos, também entre os dedos;

4)Levante os braços, para olhar as axilas, antebraços, cotovelos, virando dos dois lados, com a ajuda de um espelho de alta qualidade;

5)Foque no pescoço, peito e tórax. As mulheres também devem levantar os seios para prestar atenção aos sinais onde fica o soutien. Olhe também a nuca e por trás das orelhas;

6)De costas para um espelho de corpo inteiro, use outro para olhar com atenção os ombros, as costas, nádegas e pernas;

7)Sentada (o), olhe a parte interna das coxas, bem como a área genital;

8)Na mesma posição, olhe os tornozelos, o espaço entre os dedos, bem como a sola dos pés.

Outras formas de prevenção

Como as principais causas do câncer de pele incluem a exposição solar, principalmente entre 10 e 16h, período em que os raios solares UVB são abundantes e incidem perpendicular à pele causando queimadura, o ideal é evitar esses horários, segundo a médica. 

Quanto à prevenção, a médica conta que ela se dá principalmente evitando a exposição solar. “Devemos sempre usar filtros solares com no mínimo FPS 30 para UVB e proteção de 15 para UVA que, apesar de não ser tão responsável pelas formações cancerígenas, envelhece muito a pele por degenerar o colágeno. Outra maneira de evitar lesões cancerígenas de pele é nunca sofrer traumas constantes na mesma região da pele, como armações de óculos que machucam o nariz, puxar pele dos lábios, morder as bochechas etc”, finaliza.

Foto destaque: mulher analisando a própria pele (Foto/Reprodução)

Cirurgia pode ser uma alternativa para tratar crises de enxaqueca

O calor pode ser um agravante para os 30 milhões de brasileiros que sofrem com enxaqueca. Isso porque fatores comuns das estações mais quentes, como a desidratação, a claridade e a maior exposição ao sol, podem favorecer as crises da doença.

Beber bastante água e evitar se expor ao sol são maneiras de prevenir as dores, mas não é incomum que, durante a primavera e o verão, aqueles que sofrem com o problema acabem utilizando medicamentos anti-hipertensivos, antidepressivos e antipsicóticos para lidar com as dores.

Cirurgia de Enxaqueca

O problema é que essas medicações quando usadas de maneira contínua, podem causar efeitos colaterais como náuseas, tonturas, fraqueza muscular e até mesmo úlceras no estômago e alterações gastrointestinais.

Uma alternativa para reduzir as crises nas estações quentes sem precisar recorrer aos medicamentos é a Cirurgia de Enxaqueca, que é uma das formas mais eficientes para reduzir a intensidade, frequência e duração da enxaqueca. Se bem indicado, o procedimento pode eliminar ou diminuir a necessidade do uso contínuo dessas medicações”, explica o cirurgião plástico Dr. Paolo Rubez, membro da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca (EUA) e um dos médicos que realiza o procedimento no Brasil.

Indicação de pacientes

A cirurgia para enxaqueca pode ser indicada para qualquer paciente que tenha diagnóstico de Migrânea (Enxaqueca) feito por um neurologista, e que sofra com duas ou mais crises severas de dor por mês que não consigam ser controladas por medicações; ou em pacientes que sofram com efeitos colaterais das medicações para dor ou que tenham intolerância a estas medicações; ou ainda em pacientes que desejam realizar o procedimento devido ao grande comprometimento que as dores causam em sua vida pessoal e profissional”, diz o Dr. Paolo.

Sobre o procedimento

A cirurgia tem como objetivo descomprimir e liberar os ramos dos nervos trigêmeo e occipital envolvidos nos pontos de dor. Ao todo, são sete tipos principais da Cirurgia para Migrânea.

Para cada um dos tipos de dor existe um acesso diferente para tratar os ramos dos nervos, sendo todos nas áreas superficiais da face ou couro cabeludo, ou ainda na cavidade nasal. Cada cirurgia foi desenvolvida para gerar a menor alteração possível na fisiologia local. Mas em todos estes tipos o princípio é o mesmo: descomprimir e liberar os ramos do nervo trigêmeo ou occipital”, destaca o cirurgião plástico, que explica que as cirurgias são realizadas em ambiente hospitalar sob anestesia geral e, em alguns casos, sob anestesia local.

A duração da cirurgia, para cada nervo, é de cerca de uma a duas horas, e o paciente tem alta no mesmo dia para casa”, finaliza o Dr Paolo Rubez.

Foto destaque: Mulher sofrendo de enxaqueca (Foto/Reprodução)

Estudo revela que diabetes tipo 2 triplica risco de Alzheimer na velhice

Após 30 anos de acompanhamento de mais de 11 mil americanos, um estudo concluiu que a idade do diagnóstico de diabetes desempenha um papel significativo na probabilidade de desenvolver demência. Especialistas afirmam que indivíduos diagnosticados com diabetes tipo 2 entre 60 e 69 anos têm um aumento de 70% na incidência de Alzheimer.

Indivíduos que recebem o diagnóstico da doença antes de completar 60 anos apresentam três vezes mais probabilidade de desenvolver declínio nas habilidades mentais. No entanto, os pesquisadores notaram uma tendência oposta para aqueles diagnosticados com diabetes entre 70 e 79 anos, com as incidências de demência diminuindo para 23%.

Os especialistas sustentam a ideia de que a implementação de estratégias preventivas para conter a evolução do pré-diabetes em pessoas mais jovens pode ser eficaz na diminuição do impacto da demência. Essa perspectiva está fundamentada na ligação direta entre o diabetes tipo 2 e o consumo excessivo de fast food, refrigerantes e a falta de atividades físicas.


Como prevenir a diabetes tipo 2 (Foto: reprodução/Ministério da Saúde/Facebook)


Diabetes tipo 2

A diabetes mellitus afeta uma quantidade superior a 16 milhões de brasileiros, manifestando-se em variadas formas e tipos, sendo marcada por níveis elevados de açúcar no sangue, também conhecidos como hiperglicemia. A diabetes tipo 2 é predominante entre os pacientes diagnosticados, abrangendo aproximadamente 90% dos casos. Por ser frequentemente assintomática, os sinais da doença geralmente surgem em estágios mais avançados.

Comumente, a diabetes tipo 2 se desenvolve na vida adulta e decorre de uma falha no funcionamento da insulina produzida pelo organismo. Esse desequilíbrio faz com que o pâncreas aumente a produção do hormônio, buscando manter os níveis de glicose dentro da normalidade. Entretanto, quando essa regulação torna-se impraticável, ocorre o desenvolvimento da diabetes.

Sintomas, diagnóstico e tratamento

  • Sintomas que podem indicar a presença da diabetes tipo 2 incluem: sede constante, vontade frequente de urinar, visão embaçada, fome constante, feridas de cicatrização lenta, formigamento nos pés e nas mãos, infecções recorrentes em rins, bexiga e pele;

  • Exames que o médico pode solicitar para diagnosticar a diabetes tipo 2: Glicemia de jejum, teste oral de tolerância à glicose, hemoglobina glicada para identificar a hiperglicemia;

  • Embora não tenha cura, o paciente pode controlar os níveis de açúcar no sangue através de: orientações médicas, manutenção de hábitos saudáveis;

  • O tratamento da diabetes tipo 2 pode envolver: uso de medicamentos para regular a glicemia, reposição de insulina por meio de injeções, conforme a necessidade.

 

Foto destaque: diabetes (Reprodução/Revista Medicalys)

Dengue afeta mais de 1,6 milhão de brasileiros em 2023 com crescimento de 17,5% de casos

O Brasil enfrenta um aumento significativo nos casos de dengue, com um crescimento de 17,5% em 2023, totalizando mais de 1,6 milhão de casos, conforme anunciado, nesta sexta-feira (8), pelo Ministério da Saúde.

Essa estatística representa um aumento em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 1,3 milhão de casos. Além disso, o número de óbitos também aumentou, passando de 999 para 1.053.

Os estados mais afetados pela doença foram Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás. O Ministério da Saúde está analisando a possibilidade de incorporar uma vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). O aumento é atribuído a diversos fatores, incluindo variações climáticas, aumento das chuvas, maior suscetibilidade da população e mudanças na circulação do vírus.

Método Wolbachia

Diante desse cenário preocupante, o governo está implementando estratégias de combate, como a introdução de mosquitos que não transmitem a dengue em seis novas cidades.

O método conhecido como Wolbachia, que utiliza mosquitos infectados para bloquear a transmissão dos vírus, está sendo expandido para mais municípios, visando controlar as arboviroses. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, alertou para as projeções de epidemia em algumas regiões em 2024.

Paralelamente, o Ministério da Saúde abriu uma consulta pública sobre a possível incorporação da vacina Qdenga no SUS, com recomendação inicial favorável pela Conitec, sujeita a negociação de preço pela fabricante, a Takeda Pharma.

Medidas preventivas

Como parte das ações preventivas, o governo federal investirá R$ 256 milhões no fortalecimento da vigilância das arboviroses, com foco no combate ao Aedes aegypti. O reforço inclui capacitação de profissionais de saúde, repasses financeiros para estados e municípios, e a criação da Sala Nacional de Arboviroses.


Agentes de vigilância em saúde (Foto: reprodução/Agência Brasil/Fernando Frazão)


A projeção para o próximo verão indica aumento de casos devido à combinação de calor intenso e chuvas, possivelmente relacionadas ao fenômeno El Niño. Já as mudanças climáticas, juntamente com a circulação simultânea dos sorotipos 1, 2, 3 e 4 do vírus, contribuíram para o cenário atípico de 2023.

O governo lançou a campanha “Combate ao Mosquito: para fazer diferente, precisamos agir antes” para conscientização, veiculada na TV aberta e redes sociais. Além disso, foi inaugurada a Sala Nacional de Arboviroses e o Painel Público de Monitoramento de Arboviroses para fornecer dados em tempo real à população.

 

Foto destaque: Agentes de vigilância em saúde fiscalizam e orientam moradores sobre focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, em Perdizes (Reprodução/Agência Brasil/Fernando Frazão). 

Pesquisa inova ao prever falhas em órgãos do corpo

Nesta quarta-feira (06), foi divulgado um estudo da Escola de Medicina de Stanford, liderado por pesquisadores dos Estados Unidos. A pesquisa, que contou com  5.678 participantes, foi publicada na Nature Research e aponta a possibilidade de identificar qual órgão pode ser o primeiro a falhar em cada pessoa.

Envelhecimento acelerado 

Em comparação com indivíduos da mesma faixa etária, um órgão pode evidenciar um envelhecimento mais exuberante em uma pessoa, sugerindo um maior risco de doenças e, consequentemente, de mortalidade associada a este órgão. O estudo revela que, cerca de 1 em cada 5 adultos, razoavelmente saudáveis com 50 anos ou mais, tem pelo menos um órgão envelhecendo rapidamente.

 


Exame de sangue pode mostrar a idade dos órgãos (reprodução/FUTURE PUBLISHING/GETTY IMAGES/BBC)


Em uma descoberta surpreendente, um simples exame de sangue agora permite identificar rapidamente se alguns órgãos estão envelhecendo mais rápido. Pesquisadores afirmam que esse avanço possibilita intervenções terapêuticas precoces, antes mesmo dos sintomas clínicos se manifestarem. O autor do estudo, Tony Wyss-Coray, afirmou que é possível estimar a idade biológica de um órgão em uma pessoa aparentemente saudável, o que, por sua vez, pode prever o risco de doenças relacionadas a esse órgão

Prevenção 

Para Wyss-Coray, que lidera a Iniciativa Phil e Penny Knight para Resiliência Cerebral, há pesquisas que exibem a idade biológica das pessoas. “Vários estudos produziram valores singulares que refletem a idade biológica dos indivíduos, indicando a idade implícita com base em um conjunto avançado de biomarcadores, em contraste com sua idade crônica, que representa o número real de anos transcorridos desde o nascimento”, afirmou.

Os pesquisadores analisaram os níveis de proteínas no sangue para avaliar o envelhecimento de órgãos e a suscetibilidade a doenças. Treinaram um algoritmo de aprendizado de máquina para prever a idade com base nessas proteínas. Ao verificar sua precisão em mais de 4.000 pessoas, descobriram que as diferenças de idade em 10 dos 11 órgãos estudados estavam associadas a riscos futuros de morte. 

Segundo Wyss-Coray, essa abordagem pode possibilitar a identificação de órgãos sofrendo envelhecimento acelerado no corpo humano, permitindo intervenções preventivas antes que as doenças se manifestem. Indivíduos com envelhecimento cardíaco acelerado apresentaram um risco 2,5 vezes maior de insuficiência cardíaca, enquanto aqueles com cérebros “mais velhos” tinham 1,8 vezes mais chances de declínio cognitivo em cinco anos.

 

Foto destaque: exame de sangue sendo realizado (reprodução/kukhunthod/IStock/uol)

Saiba como medicamento para artrite pode frear a progressão do diabetes tipo 1

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Médica de St. Vincent, em Melbourne, sudeste da Austrália, foi publicado nesta terça-feira (5) na revista científica “New England Journal of Medicine”. Ele apresenta dados sobre como o medicamento “baricitinibe”, que é utilizado no tratamento de artrite, reumatoide, dermatite atópica e alopecia, pode ajudar também a frear a progressão da diabete tipo 1.

O Ministério da Saúde alertou que “o medicamento que atua sobre o sistema imune, auxiliando no processo de recuperação de quadros inflamatórios”, durante a pandemia ele foi administrado também em pacientes acometidos pela covid-19. 


Medicamento Baricitinibe (Foto: reprodução/Getty Images/BBC) 


Tratamento para diabetes tipo 1

O professor Thomas Kay é um dos coordenadores do estudo e declarou, em texto do G1: “Quando o diabetes tipo 1 é diagnosticado, ainda existe uma quantidade significativa de células produtoras de insulina. Queríamos ver se conseguiríamos proteger essas células do avanço da destruição pelo sistema imunológico”

Ou seja, o remédio é capaz de preservar a capacidade do corpo de produzir insulina. Os testes da segunda fase do estudo foram realizados em pessoas de todo o mundo que haviam recebido o diagnóstico da diabetes tipo 1 em um prazo de até 100 dias anteriores ao início do tratamento, é essencial que a doença não esteja avançada. 

Diabetes tipo 1: entenda a doença

Diabetes tipo 1 é uma doença autoimune onde o sistema imunológico do paciente ataca suas próprias células pancreáticas, que são responsáveis por produzir insulina. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), no Brasil há mais de 13 milhões de acometidos pela doença, sendo de 5% – 10% dos casos a Diabete Tipo 1. O problema é hereditário e considerado uma patologia crônica. Como o corpo está apresentando uma falha na produção de insulina, torna-se necessário a aplicação diária de injeções para controlar a quantidade de glicose no sangue. 

A causa ainda é desconhecida mas existem formas de prevenir a doença. São elas: a prática de atividades físicas, o cultivo de uma alimentação saudável e evitar o uso do tabaco, álcool e outras drogas. 

 

Foto Destaque: medição da glicose no sangue (Reprodução/Shutterstock/Hospital São Lucas)

Saiba se a exposição solar pode piorar as veias doentes

No verão, com o aumento das temperaturas, as pernas ganham destaque, podendo, finalmente, respirar e tomar sol. No entanto, para quem sofre com vasos e varizes na região, surge a preocupação de se o sol pode piorar quadros de varizes. De acordo com a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, não, mas ao disfarçar as veias doentes, pode atrasar a procura pelo tratamento e evoluir para algo mais grave.

Exposição atrapalha o tratamento

A Dra. Aline ressalta que, se não forem tratadas, as varizes podem evoluir e causar, além de desconforto estético, inchaço, dor, processos inflamatórios, manchas e até feridas, conhecidas como úlceras varicosas, doença de difícil tratamento e motivo importante de afastamento da rotina. 

E o bronzeamento da pele também pode atrapalhar o tratamento dessas varizes. “Os tratamentos vasculares evoluíram significativamente no quesito recuperação e repouso. Hoje, a grande maioria dos procedimentos, até mesmo cirúrgicos, são minimamente invasivos e não necessitam de repouso ou internação. Mas praticamente todos necessitam de algum tempo sem exposição solar para evitar manchas associadas”, diz a médica.

Enquanto alguns tratamentos exigem evitar a exposição solar após a realização, outros, como os laser transdérmicos, não podem ser realizados em peles bronzeadas pelo risco de queimadura”, acrescenta. Ou seja, o bronzeado e a exposição solar definitivamente não combinam com o período de tratamentos vasculares.

Cuidado com as altas temperaturas

A Dra. Aline Lamaita ressalta que, apesar da exposição ao sol não estar relacionada à piora das varizes, é importante tomar cuidado com as altas temperaturas geralmente associadas aos períodos de maior exposição solar. “No calor, todo sistema circulatório, tanto arterial como venoso, sofre com um processo de vasodilatação, no qual os vasos sanguíneos se alargam. Isso faz com que o sangue circule mais lentamente no sistema venoso, com consequente retenção de líquido. E o inchaço persistente pode favorecer o surgimento e piora de quadros de varizes”, diz a médica.

Para lidar com as varizes no calor e evitar que piorem, a médica diz que o primeiro passo é seguir corretamente os cuidados recomendados pelo cirurgião vascular, por exemplo, utilizando meias elásticas e medicamentos que melhoram o retorno do sangue de acordo com a especialista.

Além disso, vale a pena tomar um banho gelado, colocar as pernas para cima e fazer compressas geladas com chá de camomila. Existem ainda alguns cremes que conferem sensação de frescor nas pernas. A prática de atividade física também ajuda muito nestes casos, pois melhora o bombeamento do sangue”, finaliza.

DRA. ALINE LAMAITA: Cirurgiã vascular, membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, do American College of Phlebology, e do American College of Lifestyle Medicine, formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Foto destaque: exposição das pernas ao sol (Reprodução/Freepik“>Freepik)

Saiba mais sobre a nova pneumonia e o recente surto mundial

Um surto de um novo tipo de pneumonia começou com relatos da China nas últimas semanas. Segundo o país, o surto de pneumonia em crianças estava relacionado à bactéria Mycoplasma pneumoniae. Outros nove países começaram a registrar novas infecções por essa bactéria neste ano. 

Estados Unidos, França, Dinamarca, Holanda, País de Gales, Eslovênia, Suécia, Suíça, e Cingapura são os países onde houve registros de novos casos. A predominância do público afetado é majoritariamente as crianças, e segundo especialistas, a infecção está associada à resistência antimicrobiana.

OMS diz que fenômeno era esperado

O aumento de infecções respiratórias graves está sendo monitorado pelas autoridades de saúde, porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que o fenômeno era esperado, contando com um período pós pandêmico, onde houve uma queda na imunidade da população.


Sintomas da nova pneumonia são parecidos com a gripe. (Foto: reprodução/Usman Yousaf/Unsplash)


Segundo o infectologista Julio Croda, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), as crianças são mais suscetíveis a esse tipo de infecção respiratória por conta do isolamento social na pandemia de Covid-19. “Esse aumento das infecções por Mycoplasma pneumoniae pode estar associado à pandemia. A gente teve medidas restritivas importantes nesse período que fizeram com que muitos dos vírus e bactérias que são transmitidos pelo ar pararam de circular. Agora, eles voltaram a circular e encontram um grande número de pessoas suscetíveis” afirmou ele. 

Fenômeno no Brasil

Para os especialistas, é possível que os casos de pneumonia por Mycoplasma pneumoniae possam chegar ao Brasil. Como esse fenômeno não possui uma notificação e um sistema de monitoramento específico, é possível que já haja uma circulação desconhecida. Em casos como esse, Julio Croda diz que é preferível realizar testes para micro-organismos.

A Mycoplasma pneumoniae pode ser transmitida por meio de gotículas de saliva — por meio da tosse ou do espirro — de uma pessoa infectada. Os principais sintomas variam entre dor de cabeça, dor no peito, febre, cansaço, dor na garganta e, a mais comum, a tosse seca. 

 

Foto destaque: paciente sendo examinado. (Reprodução/CDC/Unsplash)

Consumo de ovo em excesso para ganho de massa muscular deve ser evitado

Não é incomum encontrar praticantes de atividade física que consomem grandes quantidades de ovos diariamente visando o ganho de massa muscular, afinal, cada unidade do alimento tem cerca de 6 gramas de proteína, nutriente que ajuda na reparação e desenvolvimento dos músculos. Porém, é preciso ter cautela ao realizar essa prática.

Recomendação e riscos

As recomendações do consumo de ovos vão depender de uma série de fatores, como sexo, peso, altura e intensidade de atividade física. Mas, no geral, recomenda-se que um adulto deve ingerir cerca de 1 a 3 ovos por dia, independentemente da prática de exercícios”, alerta a Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia. Qualquer valor acima desse número deve ser acompanhado por um profissional especializado.

Consumir uma quantidade excessiva de ovos pode trazer riscos à saúde, incluindo alterações no perfil lipídico, já que a gema do ovo é rica em colesterol, ganho de peso, devido às calorias do alimento, e alteração da filtração renal por sobrecarga de proteína, podendo levar até mesmo à formação de pedras nos rins”, diz a Dra. Deborah Beranger, endocrinologista, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ).

Outras opções de fontes de proteína 

Além do ovo, é preciso levar em consideração os outros alimentos ricos em proteína que consumimos ao longo do dia e, quando somados, podem acabar excedendo as recomendações diárias desse nutriente”, ressalta a Dra. Deborah Beranger, que destaca que toda dieta deve ser diversificada e não devemos buscar uma única opção como fonte de um nutriente. 

Carnes vermelhas e brancas: As melhores fontes de proteína são de origem animal. No entanto, é preciso tomar cuidado antes de sair ingerindo carnes excessivamente. “As carnes vermelhas, por exemplo, apesar de serem ricas em proteína, também possuem grande quantidade de gordura saturada, que aumenta os níveis de colesterol ruim, elevando o risco de doenças cardiovasculares. O mesmo vale para o frango, que deve ser ingerido sem pele, dando preferência ao peito assado ou grelhado para evitar a ingestão exagerada de gordura”, explica a Dra. Marcella Garcez

Peixes: Entre as carnes, uma das melhores opções para quem deseja aumentar a ingestão proteica são os peixes, já que tendem a ser mais magros e menos calóricos do que as carnes vermelhas. 

Oleaginosas: Para quem procura opções veganas, as nozes e amêndoas são uma excelente alternativa aos ovos, pois, de acordo com a Dra. Marcella, são ricas em proteínas e ainda ajudam a regular o funcionamento do intestino e prevenir doenças cardiovasculares. “No entanto, é importante não exagerar no consumo das oleaginosas, restringindo a 5 ou 6 unidades por dia, já que também são ricas em gordura e altamente calóricas, favorecendo assim o ganho de peso”, alerta.

Quinoa: A quinoa é uma excelente fonte de proteína, pois, além de ser rica do nutriente, também contém todos os aminoácidos essenciais para o bom funcionamento do organismo. 

Leguminosas: De acordo com a nutróloga, as leguminosas, como grão de bico, lentilha, feijão, amendoim, ervilha e soja, figuram entre os alimentos com maior valor proteico. 

Leite e derivados: O leite é um dos alimentos mais nutritivos que existe, pois possui quase todos os nutrientes que o organismo precisa, sendo especialmente rico em proteína, cálcio e fósforo. “O mesmo vale para os derivados do leite, como queijos e iogurtes. Mas é preciso tomar cuidado devido à grande quantidade de gordura que esses alimentos podem conter. No geral, o melhor é optar pelas versões desnatadas e queijos brancos, como o queijo cottage, que também possui uma menor quantidade de calorias”, recomenda a nutróloga.

Foto destaque: cesta de ovos (Foto/Reprodução)

O impacto do álcool e da cafeína no seu sistema digestivo

O álcool e a cafeína são duas substâncias amplamente consumidas em todo o mundo, muitas vezes como parte de nossas rotinas diárias. Seja em uma xícara de café matinal ou em uma noite com amigos regada a coquetéis, essas substâncias estão profundamente enraizadas em nossa cultura.

No entanto, o que muitas pessoas não percebem é o impacto que o álcool e a cafeína têm em nosso sistema digestivo. Veja a seguir neste artigo como essas substâncias afetam a digestão e a saúde do sistema digestivo.

Como o álcool pode afetar o sistema digestivo?

O álcool, amplamente consumido em diversas culturas e frequentemente associado a celebrações e momentos de relaxamento, exerce um impacto significativo no sistema digestivo.

Ele é conhecido por causar irritação no trato gastrointestinal, afetando as delicadas membranas do esôfago, estômago e intestinos. Isso resulta em sintomas desconfortáveis, incluindo azia, dor abdominal e possíveis úlceras gástricas.

Além disso, o álcool interfere na absorção de nutrientes essenciais, como vitaminas e minerais, no intestino delgado, aumentando o risco de deficiências nutricionais.

A estimulação do estômago para produzir mais ácido gástrico devido ao álcool pode levar a problemas como gastrite e refluxo ácido, impactando adversamente a digestão normal. Além disso, o álcool pode afetar a motilidade intestinal, resultando em movimentos irregulares, podendo causar tanto diarreia quanto constipação.

O consumo excessivo e prolongado de álcool também está associado à inflamação crônica do trato gastrointestinal, o que aumenta o risco de doenças digestivas graves, como pancreatite e câncer de cólon.

Portanto, é essencial considerar com cuidado o impacto do álcool no sistema digestivo e praticar a moderação para manter uma digestão saudável.

Como a cafeína afeta o sistema digestivo?

A cafeína, encontrada em café, chá, refrigerantes e produtos energéticos, é um estimulante que influencia a digestão de várias maneiras. Em primeiro lugar, a cafeína estimula o trato gastrointestinal, acelerando a motilidade intestinal e aumentando a frequência de movimentos intestinais.

Isso pode ser benéfico para pessoas com constipação, mas pode ser desafiador para aqueles que sofrem de diarreia. Além disso, a cafeína também estimula a produção de ácido gástrico, o que pode causar desconforto em indivíduos com refluxo ácido ou úlceras estomacais.

A cafeína pode ainda interferir na absorção de cálcio, o que pode ser preocupante para a saúde dos ossos a longo prazo devido ao aumento da excreção de cálcio na urina.

Em algumas pessoas, a cafeína pode causar irritação no intestino delgado, levando a sintomas de desconforto abdominal.

É importante lembrar que a resposta à cafeína varia entre os indivíduos, com algumas pessoas tolerando-a bem, enquanto outras experimentam efeitos colaterais significativos em relação à digestão. Portanto, é essencial estar ciente desses efeitos e adaptar o consumo de cafeína de acordo com as necessidades e tolerâncias individuais.

É fundamental manter moderação

Embora o álcool e a cafeína possam afetar negativamente a digestão, isso não significa necessariamente que eles precisam ser eliminados da dieta. O papel da moderação é fundamental.

Beber com responsabilidade e manter o consumo de álcool dentro dos limites recomendados pode ajudar a reduzir os efeitos negativos no sistema digestivo. O mesmo se aplica à cafeína, onde a ingestão moderada é a chave para evitar problemas digestivos.

Além disso, é importante considerar o contexto em que o álcool e a cafeína são consumidos. Beber álcool com o estômago vazio, por exemplo, pode aumentar o risco de irritação gastrointestinal.

Da mesma forma, beber café muito forte logo após uma refeição pode levar a uma produção excessiva de ácido gástrico.

Como manter um sistema digestivo saudável?

Para manter um sistema digestivo saudável, independentemente do consumo de álcool e cafeína, considere as seguintes dicas:

  • Mantenha uma dieta equilibrada: Uma dieta rica em fibras, frutas, vegetais e proteínas magras pode promover a digestão saudável.
  • Hidratação adequada: Beba água regularmente para manter o trato gastrointestinal funcionando corretamente.
  • Coma devagar: Mastigue os alimentos cuidadosamente e evite comer com pressa, o que pode levar a problemas de digestão.
  • Evite excesso de estresse: O estresse crônico pode afetar negativamente o sistema digestivo, por isso é importante adotar estratégias de gerenciamento de estresse.
  • Exercício regular: A atividade física pode estimular a motilidade intestinal e promover a saúde digestiva.
  • Consulte um profissional de saúde: Se você experimentar sintomas digestivos persistentes, consulte um médico para um diagnóstico adequado e orientações sobre como gerenciar seus sintomas.

Conclusão

O álcool e a cafeína têm impactos no sistema digestivo, mas esses efeitos podem variar de pessoa para pessoa e dependem muito do consumo e das condições individuais.

O mais importante é a moderação e o equilíbrio na dieta, bem como a atenção aos sinais do corpo. Quando consumidos de forma responsável e consciente, o álcool e a cafeína podem fazer parte de uma vida saudável.

No entanto, o exagero ou o consumo excessivo dessas substâncias pode prejudicar a saúde do sistema digestivo e, em última instância, o bem-estar geral.

Foto destaque: duas pessoas consumindo cafeína (Foto/Reprodução)