Após 30 anos de acompanhamento de mais de 11 mil americanos, um estudo concluiu que a idade do diagnóstico de diabetes desempenha um papel significativo na probabilidade de desenvolver demência. Especialistas afirmam que indivíduos diagnosticados com diabetes tipo 2 entre 60 e 69 anos têm um aumento de 70% na incidência de Alzheimer.
Indivíduos que recebem o diagnóstico da doença antes de completar 60 anos apresentam três vezes mais probabilidade de desenvolver declínio nas habilidades mentais. No entanto, os pesquisadores notaram uma tendência oposta para aqueles diagnosticados com diabetes entre 70 e 79 anos, com as incidências de demência diminuindo para 23%.
Os especialistas sustentam a ideia de que a implementação de estratégias preventivas para conter a evolução do pré-diabetes em pessoas mais jovens pode ser eficaz na diminuição do impacto da demência. Essa perspectiva está fundamentada na ligação direta entre o diabetes tipo 2 e o consumo excessivo de fast food, refrigerantes e a falta de atividades físicas.
Como prevenir a diabetes tipo 2 (Foto: reprodução/Ministério da Saúde/Facebook)
Diabetes tipo 2
A diabetes mellitus afeta uma quantidade superior a 16 milhões de brasileiros, manifestando-se em variadas formas e tipos, sendo marcada por níveis elevados de açúcar no sangue, também conhecidos como hiperglicemia. A diabetes tipo 2 é predominante entre os pacientes diagnosticados, abrangendo aproximadamente 90% dos casos. Por ser frequentemente assintomática, os sinais da doença geralmente surgem em estágios mais avançados.
Comumente, a diabetes tipo 2 se desenvolve na vida adulta e decorre de uma falha no funcionamento da insulina produzida pelo organismo. Esse desequilíbrio faz com que o pâncreas aumente a produção do hormônio, buscando manter os níveis de glicose dentro da normalidade. Entretanto, quando essa regulação torna-se impraticável, ocorre o desenvolvimento da diabetes.
Sintomas, diagnóstico e tratamento
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Sintomas que podem indicar a presença da diabetes tipo 2 incluem: sede constante, vontade frequente de urinar, visão embaçada, fome constante, feridas de cicatrização lenta, formigamento nos pés e nas mãos, infecções recorrentes em rins, bexiga e pele;
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Exames que o médico pode solicitar para diagnosticar a diabetes tipo 2: Glicemia de jejum, teste oral de tolerância à glicose, hemoglobina glicada para identificar a hiperglicemia;
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Embora não tenha cura, o paciente pode controlar os níveis de açúcar no sangue através de: orientações médicas, manutenção de hábitos saudáveis;
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O tratamento da diabetes tipo 2 pode envolver: uso de medicamentos para regular a glicemia, reposição de insulina por meio de injeções, conforme a necessidade.
Foto destaque: diabetes (Reprodução/Revista Medicalys)