Soroterapia é anunciado como milagroso, mas os médicos alertam riscos

Parece novidade, mas não é. A soroterapia foi desenvolvida em 1894 e existe na sua essência até os dias atuais. Oferecida como tratamento, fica o alerta de risco à saúde, pois vem sendo anunciada como milagrosa.

Com uma grave intoxicação o deputado estadual Carlos Alexandre (PL), ficou internado após aplicação da soroterapia. Fiscalização é realizada em locais, a qual o tratamento da soroterapia é oferecido, este ocorreu pelo Conselho regional de medicina em São Paulo.


Soroterapia e riscos a saúde ( Foto: reprodução/Globo/Fantástico)


Promessas variadas

Melhora a imunidade, redução do estresse, mais energia e beleza em gotas, esses são os resultados da soroterapia segundo influenciadores e clínicas médicas prometem com o tratamento.
Por meio de suplementação de vitaminas e minerais uma paciente foi atraída por divulgação que dizia milagrosa, e então muito empolgada experimentou. Não foi solicitado nenhum tipo de exame durante a consulta que antecedeu o tratamento. A paciente disse: “eu só cheguei lá como um cardápio de restaurante, E aí eu pedi por mais cabelo, mas disposição e mais beleza, porque tem uma opção que dá um glow na pele e tudo”.


Médicos falam dos benefícios e dos riscos da soroterapia (Foto: reprodução/Globo/Fantástico)


Ela fez mais de 10 sessões, e utilizou o soro de maneira que poderia fazer outras coisas e ao final ela própria retirou todo o aparato. Taquicardia, picos de pressão alta, fez com que ela deixasse de continuar o tratamento, diferentemente do deputado estadual que acabou tendo intoxicação nos órgãos após sua segunda seção sentir um desconforto, o que o levou a internação com urgência. Seus sintomas foram de forte dores de cabeça e dores no estômago.

Anúncios que atraem de forma enganosa

Tem sido ofertado de forma indiscriminada em clínicas e médicos dizem que fica um alerta de risco à saúde. Nas clínicas e na internet foram encontrados vários anúncios que dizem trazer resultados, como por exemplo ressaca gordura no fígado e até mesmo dengue.

Na fiscalização realizada pelo Conselho regional de medicina em São Paulo foi encontrado até mesmo garantia de resultado, o que é proibido, e ainda clínica sem o registro do CRM obrigatório e por fim nenhuma das clínicas que foram fiscalizadas apresentaram o RQE (registro de qualidade de especialistas).

Foto destaque: Médicos falam sobre Soroterapia (Reprodução: Globo/Fantástico)

A epidemia da dengue chega no auge durante essa semana

O pesquisador Wanderson Oliveira, ex-chefe da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde (SVS) e epidemiologista declarou que, esta semana será o auge, ou seja, o ponto mais elevado, de ocorrências da dengue. Além da dengue, outras doenças são comuns entre esse período do ano, como a zika e chikungunya. 

Base das informações

Essas informações foram fornacidas após a realização de um trabalho de campo no combate ao foco dos mosquitos aedes aegypti em São Paulo. Os recordes batidos de casos até agora, será baixo em comparação aos próximos dias. De acordo com uma sanitarista, históricamente o auge da dengue é nos meses de abril e maio. 

Estamos entrando na 16º semana do ano, mas na 13º já havia um número impressionante de casos, passando de 2,6 milhões de casos e mais de 900 óbtos. 


Epidemiologista e ex secretário de vigilância em saúde informa sobre a dengue (Foto: reprodução/Jose Dias/oglobo)


Fator favorável as doenças transmitidas por insetos

De um tempo pra cá, as mudanças climáticas como um período com fortes ondas de calor e chuvas espaçadas vem agravando os casos para arboviroses, doenças causadas por esses insetos. De acordo com o Wanderson, já presenciou essa situação no passado, porém, desta vez, os números de casos não param de subir. 

O atraso de 15 dias para a detecção do caso e preenchimento da ficha do paciente é normal, mas pode ser que o DataSUS demore 45 dias e, ainda com esse período de tempo extenso, não tenha dados precisos e completos. Logo, os últimos dados informados é referente as últimas semanas.

A situação não é a mesma em todos os estados do Brasil, mas hoje, o pico sazonal ocorre no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Já na região Norte, provavelmente o pico ocorreu no início deste ano e, na região Nordeste, será no meado de maio. 

Foto Destaque: A doença transmitida pelo mosquito aedes eagypti vem aumento em vários estados, deixando a população em alerta (reprodução/correiobraziliense)

Remédio usado no tratamento de diabetes pode ser novo aliado contra o Parkinson, afirma pesquisa

Nesta sexta-feira (05), o estudo de um medicamento utilizado por diabéticos que pode ser um aliado contra os sintomas motores da doença de Parkinson foi divulgado na revista científica The New England Journal of Medicine. A pesquisa foi feita durante um ano com 156 pacientes. 

Metodologia da pesquisa

O estudo consistiu em uma divisão dos pacientes em dois grupos, todos em estágio inicial de Parkinson, em que um dos conjuntos recebeu, além do tratamento contra a doença motora, a lixisenatida, um composto presente nos medicamentos Ozempic e o Wegovy, respectivamente, para pacientes com diabetes tipo 2, e o segundo recebeu placebos, também durante o tratamento. 


O mal de Parkinson não mata diretamente, mas pode causar acidentes e quedas fatais (Foto: reprodução/Dean Mitchell/ISTOCKPHOTO) 


Depois de doze meses, os pesquisadores concluíram que as setenta e oito pessoas que receberam doses diárias da substância se mantiveram no estágio inicial da doença de Parkinson, enquanto os demais tiveram uma piora no diagnóstico. 

“Este é o primeiro ensaio clínico multicêntrico em grande escala que fornece os sinais de eficácia que têm sido procurados há tantos anos”, disse Olivier Rascol, cientista que estuda a doença de Parkinson no Hospital Universitário de Toulouse, na França, e líder do estudo, em comunicado. 

Após o término do estudo, os cientistas concluíram que a droga contra diabetes não apenas reduz os sintomas motores, mas protege o cérebro contra a perda de neurônios, comum durante o envelhecimento. Foi relatado, contudo, que houve efeitos colaterais: 46% dos pacientes que receberam esse medicamento relatou náuseas e 13%, vômitos.

Agora os pesquisadores pretendem descobrir se a lixisenatida pode mesmo retardar o Parkinson e seus benefícios a longo prazo. “São necessários ensaios mais longos e maiores para determinar os efeitos e a segurança da lixisenatida em pessoas com doença de Parkinson”, escreveram os autores do estudo.

Entenda a doença


Mal de Parkinson atinge 1% da população acima de 65 anos (Foto: reprodução/DMPhoto/IStockPhoto)


Na atualidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 4 milhões de pessoas convivem com a doença de Parkinson, também chamada de mal de Parkinson, em todo o mundo. Embora não leve à morte diretamente, a enfermidade pode facilitar quedas e acidentes que, em certo grau, podem levar o paciente a óbito. Acredita-se que 1% da população acima de 65 anos no planeta seja afetado pelo Parkinson e, embora incurável, possui tratamentos que podem auxiliar em uma melhor convivência com a doença, que se caracteriza principalmente pelos tremores que acometem várias partes do corpo, no humor e até no funcionamento de alguns órgãos, como perda de olfato, constipação e incontinência urinária. Os sintomas iniciais do mal de Parkinson geralmente são desequilíbrios, tremores e lentidão nos movimentos, sendo diagnosticável a partir de um exame neurológico. As causas da doença ainda são desconhecidos, mas é sabido que uma alimentação saudável, sono regulado e evitar o tabagismo e sedentarismo são as principais indicações dos médicos e cientistas para prevenir a enfermidade.

 

Foto Destaque: o mal de Parkinson não possui cura, mas pode seu desenvolvimento pode ser retardado (Reprodução/evrymnt/istockphoto)

Nova causa para a asma é provada por cientistas

Descobertas recentes no campo da medicina respiratória trouxeram novas esperanças para as milhões de pessoas afetadas pela asma, uma condição crônica que provoca episódios recorrentes de falta de ar. Essa doença ainda representa um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil.

Pesquisadores de renome internacional publicaram um estudo na revista Science, na última quinta-feira (4), revelando uma causa previamente desconhecida para as crises asmáticas. Este avanço científico pode abrir caminho para tratamentos não apenas para aliviar os sintomas, mas também promover uma melhora a longo prazo.


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A nova descoberta sobre a causa da asma foi publicada na revista Science (Foto: reprodução/Moyo Studio/GettyImages Embed)


Como a pesquisa foi realizada

Acreditava-se que a asma era resultado de uma resposta imunológica hiperativa a estímulos. Essa reação desencadeava sintomas como inflamação das vias aéreas, produção excessiva de muco e dificuldade respiratória. Os tratamentos existentes não abordam a verdadeira causa da asma.

A nova pesquisa examinou a contração das vias aéreas em nível celular. Utilizando modelos animais e amostras de tecido humano, os cientistas observaram um processo de morte celular que ocorre nas células epiteliais do trato respiratório durante um ataque de asma.

Após um ataque, as vias aéreas ficam vulneráveis à invasão de poluentes e alérgenos, o que pode explicar a maior suscetibilidade dos asmáticos a infecções respiratórias. Além disso, esse fenômeno contribui para um ciclo vicioso de inflamação e obstrução das vias aéreas.

Possível tratamento de baixo custo

O estudo também explorou um tratamento experimental que utiliza gadolínio, um agente de contraste em ressonâncias magnéticas acessível, para prevenir a destruição das barreiras celulares das vias respiratórias. Entretanto, este composto não pode ser usado com frequência pois se torna tóxico. A abordagem tem o potencial de interromper o ciclo inflamatório e transformar radicalmente o tratamento da asma, levando os cientistas a buscarem algo que se pareça com este agente e não prejudique os pacientes.

Essa descoberta representa mais de uma década de pesquisa dedicada e oferece uma nova perspectiva sobre a asma, com implicações que podem se estender a outras condições.

Foto Destaque: Pesquisadores buscam cura da asma descobrindo o que causa a doença (Reprodução/Milan 2099/GettyImages Embed)

Cascas de frutas e pele: o perigo do contato sob o sol

A participante Beatriz Reis, do reality show Big Brother Brasil 24, causou alvoroço nas redes sociais ao customizar seus biquínis com restos de laranjas e bananas. No entanto, a produção do programa logo a alertou sobre os perigos que as cascas de frutas podem representar para a pele.

O Risco da fitofotodermatite

A CNN, a dermatologista e sócia titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Michele Kreuz, esclarece: “O perigo principal do contato de cascas de frutas com a pele humana é o risco de fitofotodermatite. Essa reação inflamatória intensa pode surgir após o contato com as cascas e, em seguida, exposição à radiação solar, muitas vezes aparecendo nas primeiras 24 horas.”


BBB 24: Beatriz cria look com casca de banana (Foto: reprodução/produção/ Globoplay)


As frutas cítricas, como limão, laranja e tangerina, são as principais vilãs. Elas contêm furocumarinas ou psoralênicos, substâncias que aumentam a sensibilidade da pele ao sol. Quando alguém encosta essas frutas na pele e está ao ar livre, exposto à radiação solar, ocorre uma queimadura. A pele pode apresentar vermelhidão intensa, bolhas e até queimaduras graves.

Benefícios Questionáveis

Mas e quanto às cascas de banana? A dermatologista Ana Carolina Sumam, especialista pela SBD, tranquiliza: “A banana não é uma fruta que cause fitofotodermatite usualmente.” Portanto, o uso de cascas de banana não representa o mesmo risco. Em geral, as cascas de frutas não oferecem benefícios significativos para a pele. 

“A casca de banana pode até aliviar coceiras, mas será que esse benefício supera os riscos?”, reflete Michele Kreuz. “Como dermatologista, sou contrária a esse tipo de prática. Existem alternativas mais modernas e seguras.” Se você gosta de customizar roupas com cascas de frutas, lembre-se dos riscos. Proteja sua pele e opte por métodos mais seguros. Afinal, a saúde da sua pele é tão importante quanto a moda.

Foto Destaque: Beatriz faz top de laranjas no BBB 24 (Reprodução/Globo/itatiaia)

 

Aumento de tamanho do cérebro reduz risco de demência, diz pesquisa

Uma pesquisa recém-divulgada pela Universidade da Califórnia – Davis Health revelou que o tamanho dos cérebros humanos vem aumentando década a década. Os estudos, que tiveram começaram em 1948, contou com pessoas nascidas na década de 1930, mas foi estendido e também analisou voluntários que nasceram na década de 1970. Os resultados são promissores no campo da análise de doenças cardiovasculares. O estudo foi publicado na Jama Neurology, revista científica especializada, no mês de março. 


Pesquisadores americanos avançam em pesquisas sobre a saúde cerebral (Foto: Reprodução/toubibe por Pixabay)


Pesquisadores constataram que a superfície cerebral aumentou cerca de 15%, assim como o volume cerebral é 6,6% maior em pessoas nascidas na década de 1970, se comparadas aos nascidos 40 anos antes. Com uma maior reserva cerebral, levanta-se a possibilidade de que doenças como a demência e o Alzheimer, possam ter um índice menor em algumas pessoas, contudo, a genética também é levada em conta.“As nossas descobertas indicam que influências externas – como fatores de saúde, sociais, culturais e educacionais – também podem desempenhar um papel”, disse Charles DeCarli, professor e pesquisador do Centro de Pesquisa da Doença de Alzheimer, da UC Davis Health.

Pesquisa analisou voluntários por meio de ressonância magnética

Os pesquisadores da UC Davis Health iniciaram os estudos do Framingham Heart Study (FHS) com o propósito de investigar como doenças cardiovasculares se desenvolviam, e seus impactos na saúde humana. Iniciada na década de 40, a pesquisa contou com 5209 pessoas com idade entre 30 e 62 anos, de ambos os sexos. O embasamento científico foram ressonâncias magnéticas feitas em nascidos na década de 30.

O estudo teve continuidade por mais de 70 anos e as pesquisas mostraram as evoluções que aconteceram com os sucessores do primeiro grupo. Entre os anos de 1999 e 2019, outras ressonâncias magnéticas foram feitas com o primeiro grupo (dos nascidos na década de 30), e incluídas pessoas nascidas na década de 1970. O número de análises entre homens e mulheres foi de 3.226, e a idade média, de 57 anos.

Comparação mostrou dados inéditos no campo da saúde

Com os exames médicos em mãos, os pesquisadores descobriram que havia alterações laboratoriais nos dois grupos. A principal delas foi o volume intracraniano, que teve um aumento contínuo do início da pesquisa até a última análise.

O estudo concluiu que a superfície cerebral no primeiro grupo era de 2.056 cm², enquanto no segundo, 2.104 cm², 15% a mais que os nascidos em 1930. Outra alteração notada foi o volume médio cerebral, que de 1.234 mililitros no primeiro grupo, aumentou aproximadamente 6,6%, chegando a 1.321 mililitros, nos nascidos na década de 1970. “Uma estrutura cerebral maior pode amortecer os efeitos tardios da vida de doenças cerebrais relacionadas à idade, como Alzheimer e demências relacionadas”, disse Charles DeCarli.

Os cientistas concluíram o estudo afirmando que o hipocampo e as substâncias branca e cinzenta (são regiões cerebrais importantes e ligadas ao aprendizado e a memória humana), cresceram com o passar das décadas estudadas. Essas descobertas podem explicar como o desenvolvimento e saúde cerebral estão evoluindo de geração para geração.

 

Foto destaque: Imagem de uma ressonância magnética (Reprodução/Dmitriy Gutarev por Pixabay)

Vacinação contra dengue em São Paulo inicia sem estoque para público-alvo

A prefeitura de São Paulo iniciou nesta quinta-feira (4) a vacinação contra a dengue em adolescentes entre 10 e 14 anos, seguindo as normas recomendadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). Segundo o secretário de saúde da capital Carlos Zamarco, ele afirma que não há ainda doses suficientes para atender toda a demanda do público-alvo.

Oferta e demanda

Na capital paulista, a Secretaria de Saúde contabiliza cerca de 867 mil crianças com idade para receber os imunizantes contra a dengue e, no momento, faltariam 185 mil doses para garantir a vacinação do público.  Carlos Zamarco, secretário Municipal de Saúde de São Paulo, afirmou em coletiva que estão no aguardo da chegada das vacinas e assim que receberem irão distribuir para as unidades de saúde do município.

O secretário ainda afirma que foram enviados quatro ofícios para o Ministério da Saúde pedindo urgência no envio de novas doses, porém três deles teriam sido ignorados pelo governo federal. Os novos imunizantes que irão chegar são para a primeira etapa da vacinação, pois são necessárias duas doses intervaladas para estar totalmente vacinado.

Manhã movimentada nas unidades

Durante toda a manhã o movimento nas Unidades Básicas de Saúde, UBS, da região metropolitana da capital paulista foi grande à procura das vacinas. Em Vila Santana o tempo de espera era de cerca de uma hora na fila entre as sete e oito horas da manhã. Segundo a Folha de São Paulo entre as sete e dez horas da manhã, o número de adolescentes vacinados chegavam a 27, o que é avaliado pelos profissionais das unidades como boas. Os profissionais afirmam que é esperado maior movimento após a saída da escola, no período da tarde.

Campanha nas escolas paulistas

A prefeitura de São Paulo deu início a uma campanha para conscientização da importância de se vacinar contra a dengue para os adolescentes, além de mostrar como cuidar para evitar focos da doença em casa.

A Secretaria de Saúde paulista tinha a expectativa de fazer a vacinação dentro das escolas municipais, porém uma normativa do Ministério da Saúde recomendou que as doses fossem aplicadas apenas nas UBS. Carlos Zamarco afirmou que as escolas continuarão fazendo campanhas para incentivar a imunização.


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Novas doses irão chegar em breve a capital paulista (Foto: reprodução/Buda Mendes/Getty Images Embed)


Condições para se vacinar em São Paulo

Para ter direito a vacinação é preciso ter entre 10 e 14 anos, não ter tido a doença por pelo menos seis meses e não ter tido febre alta nas 24 horas que antecedem a imunização.

A capital paulista decretou estado de emergência em saúde no dia 18 de março por conta dos elevados números de casos e mortes pela doença. Esse decreto da prefeitura permite ao município adotar medidas urgentes para enfrentar e conter o risco de epidemia de dengue.

 

Foto destaque: ainda faltam doses para atender público-alvo em São Paulo (Reprodução/Designed by Freepik/ Freepick)

Estudo afirma que 1 bilhão de pessoas devem ser afetadas pela artrose até 2050

O número de casos de artrose, uma doença degenerativa que afeta as cartilagens, está em crescimento global. Um estudo do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington, prevê que cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo serão afetadas pela osteoartrite até 2050. Atualmente, 15% da população acima de 30 anos já apresenta os primeiros sinais da doença, de acordo com a pesquisa publicada na revista científica The Lancet Rheumatology, que analisou dados de mais de 200 países ao longo de 30 anos. 

No Brasil, 15 milhões de pessoas foram diagnosticadas com artrose, e a doença é responsável por 7,5% dos afastamentos do trabalho e é a quarta causa mais comum de aposentadoria, segundo o Ministério da Saúde. O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia lançou um movimento de conscientização sobre a artrose no final do ano passado, devido à significativa prevalência da doença.

Motivos dos casos de artrose

O aumento dos casos de artrose está ligado ao envelhecimento da população e a outros fatores, como obesidade, sedentarismo e atividades físicas de impacto, segundo especialistas. O desgaste das cartilagens leva ao atrito entre os ossos, causando dor, inflamações e deformações que podem limitar os movimentos. Embora a dor articular seja o sintoma mais comum, a doença também pode ser assintomática em alguns pacientes.

Embora associada ao envelhecimento, a artrose também afeta pessoas jovens e é mais comum em articulações que suportam mais peso, como pés, quadril, coluna e joelhos. O tratamento varia de acordo com a gravidade, sendo que em casos leves e moderados busca-se controlar a dor e inflamação e melhorar a mobilidade, enquanto em casos avançados pode ser indicada a cirurgia de substituição das articulações.


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O desgaste da cartilagem provoca dores (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Como mitigar o problema

É crucial adotar intervenções não farmacológicas para impedir a progressão da artrose. Essas medidas incluem conscientização sobre fatores desencadeantes e agravantes, tratamento da obesidade, exercícios físicos monitorados, correção de tendinopatias e outras lesões estruturais, além de medidas de proteção articular e uso de órteses conforme necessário.

Mudanças nos hábitos de vida, como uma dieta equilibrada, prática regular de exercícios e cuidados preventivos desde a infância, também são fundamentais para prevenir ou retardar o surgimento da doença, mesmo considerando a influência de fatores hormonais e genéticos em sua patologia.

Foto destaque: Artrose é uma doença degenerativa que afeta a cartilagem (Reprodução/Getty Images Embed)

Sarah: conheça a inovação da OMS em inteligência artificial para a saúde global

Em um mundo onde a busca por informações de saúde online é rotina, a Organização Mundial da Saúde (OMS) inova ao introduzir um avatar de inteligência artificial (IA) chamado Sarah. Este assistente virtual foi projetado para dar conselhos de saúde e informações sobre doenças em um formato interativo e acessível. Ainda em estágios iniciais visa ser uma fonte segura para esclarecer dúvidas do público.


Sarah (Foto: reprodução/OMS)


Sarah, a Assistente de Recursos Inteligentes de Saúde (Smart AI Resource Assistant for Health), é uma evolução de um projeto anterior chamado Florença, que foi testado durante a pandemia. Nesta versão aprimorada ela está disponível em oito idiomas, embora ainda apresente limitações, pois não fornece links para informações médicas específicas.

Colaboração dos médicos para aprimorar a IA

A organização reconhece as limitações atuais de Sarah e convida a comunidade científica a contribuir para o desenvolvimento da tecnologia. O diretor da OMS, enfatiza que o futuro da saúde é digital e que é uma de extrema importância apoiar o uso de tecnologias de saúde. Também adverte que as respostas de Sarah podem não ser sempre precisas, pois são baseadas em padrões e probabilidades dos dados disponíveis.


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A inteligência artificial ganha cada vez mais espaço no mercado de saúde mundial (Foto: reprodução/Dkosig/GettyImages Embed)


A OMS também esclarece que não é responsável pelo conteúdo gerado pela IA e que as opiniões expressas pelo avatar não refletem necessariamente as da organização. Acrescenta que os usuários não devem confiar exclusivamente nas respostas geradas e que aconselhamento profissional deve ser procurado.

Outros projetos no mercado

No cenário mais amplo, outras empresas como IBM, Microsoft e Google também estão explorando o uso de IA na saúde. A entrada da OMS nesse campo é um lembrete de que, enquanto a tecnologia avança, é essencial manter o foco na confiabilidade e na segurança das informações de saúde fornecidas aos usuários.

Embora Sarah e outros avatares de IA possam mudar o acesso à informação de saúde, eles devem ser usados com cautela e acompanhados por orientação profissional quando necessário.

Foto destaque: a OMS investe em IA para auxiliar usuários com informações relacionadas à saúde (reprodução/Fabrice Coffrini/GettyImages Embed)

Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo: saiba identificar os sinais precoces

Nesta terça-feira, 2 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, uma data dedicada à disseminação de informações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e à redução do estigma em torno dessa condição. Instituída em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data busca educar sobre o TEA e promover uma compreensão mais ampla e inclusiva das pessoas afetadas por ele.

O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento humano que se manifesta por dificuldades na comunicação, interação social e padrões restritos ou repetitivos de comportamento. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 100 crianças é diagnosticada com TEA, geralmente ainda na primeira infância.


O apresentador Marcos Mion e seu filho, diagnosticado autista, participando do Programa “Caldeirão” (Reprodução/Gshow)


Diagnóstico precoce

Para os pais e cuidadores, estar atento aos sinais de alerta pode ser crucial para um diagnóstico precoce e intervenção adequada. Segundo especialistas, esses sinais podem variar de uma criança para outra e serem observados em diferentes faixas etárias.

Entre os principais sinais de alerta do autismo estão a dificuldade na linguagem e interação social, padrões restritos e repetitivos de comportamento, dificuldade com mudanças na rotina e um forte apego a rituais. Além disso, é comum que pessoas com TEA tenham sensibilidade alterada a estímulos sensoriais, como luzes, sons, texturas e cheiros.

Como é o diagnóstico

O diagnóstico do TEA é realizado por uma equipe multidisciplinar, com base na observação do comportamento da criança, entrevistas com os pais e, em alguns casos, exames complementares. Embora não haja cura para o TEA, existem diversas opções de tratamento, incluindo terapias comportamentais e, em alguns casos, tratamento medicamentoso para sintomas associados, como ansiedade e irritabilidade.

No Brasil, políticas públicas como a Lei Berenice Piana e a Lei Romeo Mion visam garantir o acesso ao diagnóstico precoce, tratamento e inclusão social das pessoas com TEA. Essas iniciativas são fundamentais para promover uma sociedade mais inclusiva e acolhedora para todas as pessoas, independentemente de suas diferenças.

 

Foto destaque: objeto nas cores que representam o autismo (Reprodução/Pixabay)