Pesquisa revela nova variante do HIV no Brasil

Um estudo recente publicado na revista “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz”, revelou uma nova cepa do HIV, chamada CRF146_BC, em alguns estados do Brasil. Identificada a partir de amostras de 2019 de um paciente em Salvador, a nova variante resulta da combinação dos subtipos B e C do vírus. Após análise genética, foram encontrados três outros casos com a mesma estrutura viral, sugerindo uma disseminação já significativa no território brasileiro. Embora o subtipo B continue sendo o mais prevalente, a nova variante apresenta características adaptativas que potencialmente aumentam sua eficiência.

Até o momento, não há informações sobre a transmissibilidade ou impacto clínico da CRF146_BC em relação ao desenvolvimento da AIDS, mas os tratamentos antirretrovirais existentes devem continuar eficazes para todos os subtipos. A equipe de pesquisa da UFBA e Fiocruz destaca a importância de monitorar novas cepas para a vigilância epidemiológica do HIV, especialmente porque mais de 150 combinações de variantes já foram reconhecidas globalmente. 

Estudo publicado

Segundo estudo publicado na revista “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz” na sexta-feira (16), pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em conjunto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma nova cepa do vírus da imunodeficiência humana (HIV) está circulando entre os estados da Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, e já foram identificados quatro casos no Brasil, no entanto, até o momento, não há registros de ocorrências em outros países.


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Uma tecnóloga extrai sangue de paciente para teste de triagem de HIV (Foto: reprodução/ROMEO GACAD/ Maria TAN /AFP/Getty Images Embed)


Uma equipe de pesquisadores examinou uma amostra de 2019 de um paciente em tratamento de HIV em Salvador (Bahia) e identificou uma combinação de subtipos do vírus. Após a análise confrontaram as sequências genéticas descobertas em uma base científica de dados, nacional, e descobriram mais três casos idênticos em outros estados.  “Encontramos três amostras desses bancos que apresentavam a mesma estrutura dinâmica do vírus detectado na Bahia”, recorda.

Com base nesses resultados, fez-se um estudo entre as quatro amostras encontradas, confirmando que a nova variante é a combinação entre os subtipos B e C do HIV, predominantemente no Brasil, sendo chamada de recombinante CRF146_BC.


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Pesquisadores analisam amostras no critério (Foto: reprodução/ Alex Pena/Anadolu/Getty Images Embed)


Os cientistas acreditam que a variedade surgiu, após um paciente ser infectado simultaneamente pelos subtipos B e C, portanto enfatizam a possibilidade de apenas um indivíduo ter iniciado à transmissão da nova cepa no Brasil.

“Quando duas variantes diferentes infectam a mesma célula, podem se formar híbridos durante o processo de replicação do vírus e, nesses, surgem os recombinantes. Nosso estudo mostrou que as variantes encontradas em diferentes regiões geográficas são descendentes de um mesmo ancestral. Assim, é possível especular que ela já está amplamente dessiminada no país”, alerta Joana Paixão Monteiro-Cunha, especialista em biologia celular com ênfase em HIV e responsável pela pesquisa, em entrevista à Agência Bori.

Tratamento padrão


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Um tecnólogo realiza teste de triagem de HIV em amostras de soro sanguíneo de clientes (Foto: reprudução/ROMEO GACAD/AFP/Getty Images Embed)


Embora o subtipo B seja o mais comum no Brasil, representando aproximadamente de 80% dos casos, a maioria do material genético da nova cepa provém do subtipo C. A bióloga ressalta que o vírus tem características adaptativas vantajosas, tornando-se mais eficiente na replicação do seu material genético.

Até o momento, não há informações atualizadas em relação à transmissibilidade da CRF146_BC ou se há diferenças na evolução da infecção para a aids. Entretanto, os cientistas afirmam que o tratamento padrão atualmente utilizado não requer alterações, pois todos os subtipos de HIV-1, em geral, respondem bem à terapia antirretroviral. 

Segundo o Ministério da Saúde, a previsão é que um milhão de cidadãos sejam soropositivo no país. Contudo, a equipe da UFBA e Fiocruz continua a estudar e monitorar o surgimento de novas cepas visando auxiliar na vigilância da propagação do vírus. 

Desde 1980, ao menos 150 combinações das variantes B e C foram identificadas globalmente, sendo responsáveis por cerca de 23% das infecções por HIV no mundo. 

Aviso de alerta

A bióloga, coautora do estudo, alerta que algumas alterações podem modificar as características do microrganismo. “Ainda não temos claro sobre o impacto dessas novas variantes na epidemia”, alerta. 

Por essa razão, Joana considera que a pesquisa atua como um aviso tanto para a população quanto para as autoridades responsáveis ​​pelo controle epidemiológico do HIV, reforçando a importância de implementar programas que promovam medidas preventivas, como a proibição do compartilhamento de seringas e o uso de preservativos.


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Preservativos Durex sobre uma mesa (Foto: reprodução/ Nikolas Kokovlis/NurPhoto /Getty Images Embed)


Práticas de proteção são fundamentais para evitar infecções, principalmente entre pessoas soropositivas a fim de reduzir os casos de reinfecção. Além disso, campanhas de conscientização promovem a educação da população de forma eficaz.  

Foto Destaque: Um tecnólogo médico da seção de imunologia do Departamento de Saúde extrai amostras de sangue para testes do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) causador da AIDS (Reprodução/ROMEO GACAD/AFP /Getty Images Embed)

Ministra da Saúde afirma que o Brasil se encontra no primeiro nível de emergência da mpox

Nesta quinta-feira (15), Nísia Trindade, atual ministra da saúde, afirmou que o Brasil se encontra no 1° nível de emergência da doença mpox. A declaração da ministra aconteceu durante a instalação do “Centro de Operações de Emergência da Saúde” que está responsável por coordenar ações de resposta à doença infecciosa.

Brasil no primeiro nível de emergência

A afirmação da ministra da saúde, Nísia Trindade, sobre a situação de que o Brasil está no primeiro nível de emergência da mpox, significa que ainda não foi detectado a nova variante do vírus no país, denominada como 1B em território nacional.


Ministra da Saúde, Nísia Trindade, informa sobre a situação da doença Mpox (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)


A nova variante da mpox, é mais transmissível, e pode causar quadros clínicos mais graves, o que se tornou uma preocupação mundial, que fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS), declarasse o vírus como emergência de saúde global, após haver um surto na África. O COE-Mpox, irá realizar ações de vigilância e controle da doença no território brasileiro, tendo como função monitorar a situação epidemiológica do vírus da Mpox, onde será coordenado as ações de resposta, e também abordar medidas de orientação aa pessoas que viajam.

Sintomas e vacina

Os sintomas da doença, são lesões agudas que possuem secreções, e aparecem em diversas partes do corpo vesículas, mas que se concentram as vezes na região da boca, e principalmente nas genitais. A pessoa infectada, pode contrair sintomas como calafrios e dores de cabeça. O Ministério da Saúde, também informou que está em negociação com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para adquirir 25 mil doses de vacinas contra o vírus Mpox. O público alvo para se imunizar, será pessoas que possuem HIV/AIDS e profissionais de laboratório.


Ministério da Saúde instala Centro de Operações de Emergência da Mpox (Foto:Reprodução/Instagram/@portalr7)


De acordo com a ministra Nísia Trindade, o Brasil ainda não possui nenhum caso da variante 1B, até o momento. No entanto, desde que a declaração de emergência global foi anunciada em 2022, só foram registrados casos da doença com cepa 2. Um relatório técnico, utilizado pela ministra, mostrou que as infecções da doença, está sendo concentrada em homens, sendo esse percentual de 98%, além de pessoas portadoras do vírus HIV. No Brasil, o primeiro caso de Mpox foi registrado em 2022 no estado de São Paulo, e desde 2022 até 2024, foram contabilizados 12.215 diagnósticos do vírus. A última morte registrada até o momento, aconteceu em abril deste ano.

Foto Destaque: Brasil está no primeiro nível do vírus da Mpox (Reprodução/Instagram/@nisiatrindadelima)

Ministério da Saúde emite alerta sobre nova variante da mpox

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, nessa quarta-feira (14), que a situação da nova variante da mpox, no continente africano, é de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. Com isso, o Ministério da Saúde declarou que o Governo Federal está montando estratégias para o enfrentamento à situação.

A ministra da saúde, Nísia Trindade, ressaltou que não há motivo para alarme, mas sim de alerta. De acordo com ela, o Ministério está pronto para a realização de testes, diagnósticos e para a vacinação. “Nós vamos instituir, que é o certo sempre que acontece uma emergência, um comitê de operação de emergência envolvendo Saúde, Anvisa, conselhos de secretários estaduais e municipais de saúde“, declarou.

Trindade ainda reiterou que o Ministério vem monitorando a situação desde o início dos novos casos, em reuniões com especialistas. Dados da pasta apontam que, nesse ano, até o momento no Brasil, foram registrados 709 casos da doença e 16 mortes.

OMS declara emergência internacional

A OMS declarou a situação da mpox na África como emergência de saúde pública de importância internacional devido os seus potenciais de propagação e do surgimento de uma possível pandemia. A situação mais preocupante tem ocorrido na República do Congo, onde já foram registrados, apenas esse ano, 524 mortes e mais de 14 mil novos casos confirmados.

O diretor geral da OMS, Tedros Adhanon, declarou que uma resposta internacional de forma coordenada pode ser fundamental para salvar vidas. “Uma emergência em saúde pública de importância internacional é o mais alto nível de alarme na legislação sanitária”, ressaltou.


OMS declarou emergência de saúde pública internacional por razão da rápida propagação da nova variante da mpox na África (Imagem: reprodução/ Christopher Black/ OMS)


Ministério vai criar comitê de enfrentamento

O Ministério da Saúde informou que a atual situação da mpox demonstra necessidade de mudanças no planejamento e a criação de novas estratégias a serem adotadas com relação à imunização. De acordo com os especialistas em vigilância em saúde, a imunização por meio da vacina é a solução mais recomendada para evitar surtos. Contudo, uma vacinação em massa da população só ocorrerá em caso de grande emergência sanitária global. 

Foto Destaque: Ministra da Saúde Nísia Trindade em conferência em Brasília (Reprodução: Ton Molina/ Getty Images Embed)

OMS decreta emergência de saúde global por disseminação de mpox

A Organização Mundial da Saúde (OMS), seguindo o aconselhamento de seu comitê, decretou nesta quarta-feira (14), “Emergência Sanitária Mundial” da MPOX, a varíola dos macacos, em virtude da proliferação de vários casos.

O número de casos deste ano já ultrapassou todos os casos de 2023, sendo 14 mil casos e mais de 500 mortes. Desde o início deste ano, os números de casos foram aumentando rapidamente.

Conforme as informações de Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS: “Anunciei que estava convocando um comitê de emergência sob os regulamentos internacionais de saúde, objetivando avaliação de casos de aumento de MPOX na República Democrática do Congo e também em outros países da África”, disse em coletiva de imprensa.

Já são 70 países atingidos com o vírus, que é diferente do detectado em 2022, devido à rápida disseminação de um novo subtipo de MPOX no leste da RDC, e ainda, com vários casos em países vizinhos onde até então não haviam sido relatados anteriormente.


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Um médico examina um paciente com feridas causadas por uma infecção por varíola de macaco no hospital Arzobispo Loayza, em Lima, em 16 de agosto de 2022 (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Maior nível de alerta da organização

Portanto, neste caso, é configurado uma emergência de saúde pública de nível internacional, o que leva ao nível de alerta mais alto da organização, demonstrando, assim, importância em combater a disseminação da MPOX que é muito preocupante.

Tedros também disse: “Além de surtos de outros subtipos de MPOX em outras partes da África, está claro que uma resposta internacional coordenada é essencial para interromper esses surtos e salvar vidas”.

Propagação por contato sexual

O vírus MPOX são de duas linhagens, uma é mais branda, e foi a que ficou em evidência em 2022, na qual foi associada a transmissão por relações sexuais por causa da grande propagação global. No entanto, no final de 2023, foi identificada uma nova versão cuja letalidade é 10 vezes maior do que a anterior, e também tem a maior parte da disseminação ocorrida por causa do contato sexual.

Foto destaque: profissional de saúde usando luvas segurando tubo de amostra rotulado como “/Monkeypox”/ (Reprodução/David Talukdar/Getty Images embed)

Instituto Butantan pede autorização à Anvisa para iniciar testes de vacinas em humanos

É submetido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), um pedido feito pelo Instituto Butantan para que se iniciem testes clínicos em humanos da vacina H1N1 com o intuito de estarem preparados para uma possível pandemia futura da gripe aviária.

Por se tratar de um vírus que já está presente entre os animais, o Instituto visa ter uma dose preparada para o caso da disseminação do vírus em humanos, uma vez que pode causar infecções graves nos seres humanos e consequentemente espalhar uma nova pandemia.

Preparados para uma eventual pandemia

Não se trata de uma vacina para comercialização, e sim para já ter um estoque pronto no caso de uma eventual pandemia que o Ministério da Saúde solicite se necessário. Ou seja, estar com uma vacina que produz anticorpos e ainda com uma plataforma testada significa um preparo estratégico do Instituto. Em um comunicado, o infectologista e diretor do Instituto, Esper Georges Kallás, explica: “Não só estamos trabalhando nesta vacina candidata, como também estamos desenvolvendo uma rota tecnológica que pode ser trilhada, caso o vírus mude”.

Testes clínicos em animais finalizados

Em 2023, o Instituto deu início ao desenvolvimento de diferentes doses de CEPAS da gripe aviária, em virtude de vários casos que foram surgindo, sendo que cada vez mais animais silvestres, e inclusive os mamíferos. Com isso, os testes clínicos em animais já foram finalizados, os pesquisadores querem dar início aos testes em humanos, com a vacina H5N8, pedido para ANVISA.


Vacina (Foto: reprodução/Getty Images Embed/FG Trade)


No mês de março, a ANVISA aprovou uma resolução permitindo o registro de vacinas contra cepas da influenza, para casos de emergência na saúde pública, o que demonstra que pode acontecer e que outros países vêm adotando a mesma medida estratégica.

Vale lembrar que serão utilizadas se aprovadas para casos de necessidade e não serão utilizadas imediatamente. E sua distribuição somente ocorrerá através do Ministério da Saúde.

A solicitação para os testes em humanos tem um prazo de 90 dias para análise pela ANVISA.

Foto Destaque: mulher com gripe (reprodução/Getty Images Embed/Cecilie_Arcurs)

A OMS atualiza a lista de patógenos pandêmicos e promove colaboração global

No último dia 1º de agosto, foi divulgado um relatório que contou com a participaçao de 50 países com 200 cientistas, trazendo uma lista atualizada de micro-organismos que podem causar futuras pandemias. Esse documento que foi divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca 27 patógenos e variantes com risco considerado “alto” ou “médio”. Entre eles, estão vírus que causam doenças como dengue, zika, chikungunya e mpox (também conhecida como “varíola dos macacos”), e que merecem atenção especial das comunidades científicas e médicas.

Preparação para pandemias

Na Cúpula Global de Preparação para Pandemias 2024, que ocorreu no Rio de Janeiro em julho deste ano, foi apresentado um relatório que destaca a importância de uma abordagem mais abrangente por parte de pesquisadores e autoridades. O documento tem como foco desenvolver conhecimento, ferramentas e contramedidas que possam ser rapidamente adaptadas às novas ameaças pandêmicas. Além disso, ele também visa impulsionar a vigilância e a pesquisa, para compreender como os patógenos transmitem doenças, infectam seres humanos e como o sistema imunológico reage a essas infecções.


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O documento da OMS destaca 27 patógenos e variantes de risco “/alto”/ ou “/médio”/, como os vírus da dengue e zika (Foto: reprodução/koto_feja/Getty Imagens Embed)


Dr. Richard Hatchett, presidente da Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI), afirmou que a estrutura proposta tem como objetivo orientar e coordenar a pesquisa em famílias inteiras de patógenos. Essa estratégia busca fortalecer a capacidade global de responder rapidamente a variantes inesperadas, patógenos emergentes, transbordamento zoonótico e outras ameaças desconhecidas, referidas como doença X.

Novos patógenos

O relatório, criado por mais de 200 cientistas de mais de 50 países, analisou 1.652 patógenos, incluindo 28 famílias de vírus e um grupo de bactérias. O risco pandêmico foi avaliado com base na transmissibilidade, virulência e disponibilidade de diagnósticos, vacinas e tratamentos. Patógenos como a gripe aviária H5N1, o vírus da dengue (também causador de zika e chikungunya) e o Mpox foram identificados como particularmente perigosos. o antigo relatório listava patógenos pandêmicos, incluindo zika, ebola, nipah, e SARS. A atualização mais recente acrescentou novos micro-organismos, como os causadores de dengue, chikungunya, cólera, pneumonia, febre amarela, salmonelose não tifoide, doença mão-pé-boca, gripes e outras febres hemorrágicas.

A lista completa de patógenos com alto risco de causar pandemias é a seguinte:

Mammarenavirus lassaense (febre de Lassa)

Vibrio cholerae (cólera)

Yersinia pestis (peste negra ou peste bubônica)

Shigella dysenteriae sorotipo 1 (shigelose)

Salmonella enterica sorovares não tifoide (salmonelose não tifoide)

Klebsiella pneumoniae (pneumonia)

Subgênero Merbecovirus (vírus respiratório do Oriente Médio)

Subgênero Sarbecovírus (síndrome respiratória aguda grave)

Orthoebolavirus zairense (ebola)

Orthomarburgvirus marburgense (marburg)

Orthoebolavirus sudanense (ebola)

Orthoflavivirus zikaense (zika)

Orthoflavivirus denguei (dengue)

Orthoflavivirus flavi (febre amarela)

Orthohantavirus sinnombreense (febre hemorrágica das Américas)

Orthohantavirus hantanense (febre hemorrágica)

Orthonairovirus haemorrhagiae (febre hemorrágica da Crimeia-Congo)

Alphainfluenzavirus influenzae H1, H2, H3, H5, H6, H7 e H10 (gripe comum, gripe aviária e gripe suína)

Henipavirus nipahense (nipah)

Bandavirus dabieense (febre grave com síndrome de trombocitopenia)

Enterovirus coxsackiepol (doença mão-pé-boca)

Orthopoxvirus variola (varíola)

Orthopoxvirus monkeypox (mpox ou varíola dos macacos)

Lentivirus humimdef1 (relacionado a doenças neurológicas e imunossupressoras)

Alphavirus chikungunya (chikungunya)

Alphavirus venezuelan (encefalite equina venezuelana)

Pathogen X (patógeno X)

O patógeno X, ou “doença X”, é um vírus ainda desconhecido pela ciência. A OMS o incluiu na lista para facilitar a preparação em pesquisa e desenvolvimento. Para isso, está criando um Consórcio Colaborativo de Pesquisa Aberta (CORC) para cada família de patógenos, com Centros Colaboradores da OMS como pontos centrais. Esses consórcios reunirão pesquisadores, desenvolvedores e especialistas para promover a colaboração em pesquisa e garantir participação equitativa, especialmente em regiões com alta circulação de patógenos conhecidos.

Foto destaque: H5N1, dengue (zika, chikungunya) e Mpox são considerados patógenos perigosos (Reprodução/kontekbrothers/Getty Imagens Embed)

Auxílio-Acidente: Tudo o Que Você Precisa Saber para Garantir Seu Benefício

O Auxílio-Acidente é um benefício essencial para trabalhadores que sofreram um acidente e ficaram com sequelas que reduziram sua capacidade de trabalho.

Neste guia completo, o Advogado Especialista em Direito Previdenciário, Dr. Robson Gonçalves Araújo da Silva, explica tudo o que você precisa saber para garantir seu benefício em 2024.

Vamos abordar aspectos importantes como a definição do auxílio-acidente, os requisitos para obtenção, o processo de solicitação, entre outros tópicos relevantes.

O Que é o Auxílio-Acidente?

O Auxílio-Acidente é um benefício previdenciário concedido ao segurado que sofreu um acidente de qualquer natureza, resultando em sequelas que diminuem sua capacidade para o trabalho.

Diferente do Auxílio-Doença, que é temporário, o Auxílio-Acidente é pago de forma vitalícia, até a aposentadoria do segurado.

Diferença entre Auxílio-Acidente e Auxílio-Doença

● Auxílio-Doença: Benefício temporário concedido ao segurado que está incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos.

● Auxílio-Acidente: Benefício permanente pago ao segurado que, após um acidente, ficou com sequela que reduz sua capacidade laboral, mesmo que continue trabalhando.

Requisitos para Obter o Auxílio-Acidente

Para ter direito ao Auxílio-Acidente, é necessário atender a alguns requisitos específicos.

O Advogado Especialista em Direito Previdenciário, Dr. Robson Gonçalves Araújo da Silva, esclarece os principais critérios:

● Qualidade de Segurado: O solicitante deve estar na qualidade de segurado do INSS, ou seja, deve estar contribuindo ou estar dentro do período de graça, que é o tempo em que o segurado mantém a qualidade mesmo sem contribuir.

● Redução da capacidade do trabalho: É essencial que o acidente tenha causado uma redução da capacidade do trabalho.

● Nexo Causal com o Trabalho: Deve ser comprovado que o acidente ou a doença ocupacional ocorreu devido ao trabalho. O nexo causal é fundamental para a concessão do benefício.

Documentação Necessária

Para solicitar o Auxílio-Acidente, é imprescindível apresentar uma documentação completa e adequada. Confira os principais documentos necessários:

● Laudos Médicos e Atestados: Laudos detalhados emitidos por médicos especialistas que comprovem a existência das sequelas e a redução da capacidade laboral.

● Exames Complementares: Exames médicos complementares que atestem a gravidade das lesões e suas consequências para a capacidade de trabalho.

● Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT): A CAT é fundamental para comprovar que o acidente ocorreu no ambiente de trabalho ou em decorrência dele.

● Documentação Pessoal: Documentos pessoais como RG, CPF, comprovante de residência e Carteira de Trabalho.

Auxílio-Acidente e Outros Benefícios

● BPC/LOAS: O BPC/LOASé um benefício assistencial destinado a idosos e pessoas com deficiência que comprovem não possuir meios de se sustentar. Diferente do Auxílio-Acidente, o BPC/LOAS não exige contribuições prévias ao INSS.

● Auxílio-Doença: O Auxílio-Doença é concedido temporariamente ao segurado que está incapacitado para o trabalho. Após a recuperação parcial, caso reste alguma sequela, o Auxílio-Acidente pode ser solicitado.

● Aposentadoria por Invalidez: A Aposentadoria por Invalidez é concedida aos segurados que estão permanentemente incapacitados para o trabalho. Se o segurado que recebe Auxílio-Acidente vier a se aposentar por invalidez, o benefício será cessado, sendo substituído pela aposentadoria.

Aposentadoria da Pessoa com Deficiência: Este benefício é destinado a trabalhadores com deficiência que contribuíram para a previdência. É possível receber o Auxílio-Acidente e, posteriormente, solicitar a Aposentadoria da Pessoa com Deficiência, caso preencha os requisitos necessários.

Conclusão

O Advogado Especialista em Direito Previdenciário, Dr. Robson Gonçalves Araújo da Silva, destaca a importância de um acompanhamento jurídico especializado para garantir a concessão do Auxílio-Acidente.

 A orientação adequada desde a reunião dos documentos até a perícia médica pode fazer a diferença na obtenção do benefício.

Se você precisa de ajuda para solicitar o Auxílio-Acidente ou qualquer outro benefício previdenciário, entre em contato com um advogado especialista em direito previdenciário.

Foto Destaque: auxílio acidente (reprodução/divulgação)

Astigmatismo e miopia: entenda sobre condições que dificultam visão de Rebeca Andrade

Nesta segunda-feira (5), a ginasta Rebeca Andrade, de 25 anos, garantiu o pódio mais alto das olimpíadas de Paris. Rebecca conquistou a medalha de ouro ao disputar com a sua principal adversária, Simone Biles, e vencê-la na final de solo da ginástica artística. 

Durante as apurações das notas, Rebeca precisou utilizar um óculos para conseguir enxergar a pontuação no telão. O fato da ginasta precisar utilizar os óculos, chamou a atenção dos internautas que buscaram entender o que a ginasta tem. 

Mesmo com as especulações, Rebeca já revelou, em uma entrevista à revista Marie Claire, que possui um elevado grau de miopia em um olho, com 2,5, graus, além do astigmatismo no outro olho, com cerca de 2 graus. 

A dúvida levantada pelos fãs da atleta é: como que a ginasta, sem usar lente, consegue enxergar tão bem os 10 cm da trave, mas não consegue visualizar suas notas no telão?


Rebeca Andrade durante apresentação que garantiu medalha de ouro para o Brasil (Foto: reprodução/Ricardo Bufolin/R7 Esportes)


Oftalmologista explica 

De acordo com oftalmologista, Edvaldo Figueirôa, que concedeu uma entrevista ao G1, se o grau dessa deficiência for mais elevado, pode atrapalhar o atleta na execução das manobras, mas caso essa deficiência seja menor, como no caso de Rebeca, a dificuldade se concentra na leitura de informações à distância. 

A ginasta também já explicou que não gosta de utilizar lentes de contato durante os treinamentos e nas competições. “Não gosto de usar as lentes, porque fico com medo de cair magnésio [pó usado pelos atletas para dar mais estabilidade nos equipamentos] nos olhos e me atrapalhar. Não enxergo [a trave]. Vou no feeling”, contou ao Sportv. 

Astigmatismo e miopia 

Segundo Edvaldo Figueirôa, a miopia é uma condição ocular que dificulta a visualização clara dos objetos à distância. Normalmente ela pode ser corrigida com óculos ou com lentes de contato. 

Já o astigmatismo causa uma visão mais borrada. Isso ocorre devido ao olho se assemelhar a um formato de bola de rugby, o que faz com que as luzes sejam focadas em vários pontos no olho. A correção também inclui óculos e lentes de contato.  

Foto destaque: Rebeca Andrade (Reprodução/Naomi Baker/Getty Images)

Especialistas expõem os perigos dos procedimentos estéticos excessivos em jovens

Nos últimos anos, a busca pela aparência perfeita tem feito um número considerável de jovens recorrer a procedimentos estéticos. Em sua maioria influenciados pelas redes sociais e pela pressão para seguir padrões de beleza irreais, muitos desses adolescentes e jovens adultos têm optado por escolher intervenções que trazem resultados rápidos e transformações significativas. No entanto, os especialistas em saúde fazem um alerta para os perigos associados ao excesso desses procedimentos.

Riscos Físicos e Psicológicos 

Diversos dermatologistas e cirurgiões plásticos ressaltam que, apesar de muitos procedimentos estéticos serem seguros quando realizados por profissionais qualificados, o exagero e a busca incessante por resultados extremos podem levar a sérias complicações. Entre os riscos físicos estão também infecções, reações alérgicas, cicatrizes, deformidades e, em casos mais graves, até a morte. É de extrema importância que os jovens compreendam que cada intervenção carrega seus próprios riscos e que resultados insatisfatórios ou complicações podem ocorrer. “As rotinas de skincare começam muito precocemente. As redes sociais influenciam bastante. Eu já peguei paciente com lesão de córnea, com queimadura. Eu oriento os pais que comecem com coisas suaves, porque tem que tomar cuidado. Às vezes, há meninas com 11 ou 12 anos usando ácido, com risco de queimadura com o sol, lesão em córnea”, disse Adriana Vilarinho médica especialista em dermatologia para a CNN.


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cirurgião envolvendo bandas cirúrgicas na cabeça de uma mulher (Foto: reprodução/ Vincent Besnault/Getty Imagens Embed)


Além de perigos físicos, existem também preocupações em relação à saúde mental. A pressão para se enquadrar nos padrões de beleza irreais pode levar a problemas de autoestima, ansiedade e depressão. Psicólogos fazem um alerta de que a busca incessante pela perfeição estética pode criar um ciclo vicioso de insatisfação, onde o indivíduo nunca se sente satisfeito o suficientemente, independentemente do número de procedimentos que realiza.

Importância da Informação e do Profissional Qualificado

Recomenda-se que qualquer decisão de realizar um procedimento estético seja tomada com bastante cautela e somente após obter o máximo de informações. É de extrema importância buscar orientação de profissionais que estejam qualificados e certificados, e que possam oferecer uma avaliação honesta sobre os riscos e benefícios. Deve-se também verificar se a intervenção cirúrgica não é a única saída a ser considerada. “A jovem que ganha peso, não faz nenhuma atividade física, não tem uma dieta saudável, e te procura para fazer uma lipoaspiração como se fosse uma forma de emagrecimento. E esta não é a finalidade da lipo. A lipo ajuda a remover gordura localizada. Então eu acho que este talvez seja na cirurgia plástica o grande exagero de intervenções em pacientes com menos de 18 anos”, disse o médico cirurgião plástico Marcelo Sampaio, o mesmo acredita que intervenções cirúrgicas não são sempre o melhor caminho.

O mais importante é que os jovens sejam encorajados a valorizar sua aparência natural e a desenvolver uma autoestima saudável, independente dos padrões de beleza impostos pela sociedade. Em uma época em que cada vez mais está se tornando comum a obsessão pela aparência, é importante manter a consciência em relação aos procedimentos estéticos.

Foto destaque, Jovem recebe injeções de botox. (Foto: reprodução/ Visoot Uthairam/ Getty Imagens Embed)

São Paulo registra mais três casos da febre de oropouche

Nesta sexta (2), foi confirmado mais três casos de febre oropouche na região de Vale do Ribeira e no total são de cinco pessoas foram infectadas e já estão em recuperação dos danos causados.

Na quinta-feira, foram registrados os primeiros casos da doença que começou afetando duas pessoas na região do Vale da Ribeira. A febre é uma arbovirose que causada pela picada do mosquito-maruim que também já está com o vírus e passa para os receptores, eles também são conhecidos como “mosquito Pólvora”.


Vídeo falando sobre os casos registrados pela doença em São Paulo (Vídeo: reprodução/Jornal da Record/Youtube)


Casos registrados no Brasil 

No Brasil até agora foram registrados mais de 7.200 e casos de febre oropouche no total foram 21 estados atingidos pelo vírus até o dia 28 do mês passado, afirma Ministério da Saúde. A maioria dos casos foi registrado no estado do Amazonas e em Rondônia e na última semana foi registrada duas mortes como causa a doença. As pessoas atingidas e que perderam suas vidas, não tinham nenhum tipo de comorbidade, tinham abaixo dos trinta anos e residiam no interior da Bahia.

Sintomas da doença 

Segundo estudos, os sintomas que evidenciam essa doença, seria um quadro de dengue em gravidade elevada. Tem um óbito em Santa Catarina que está sob investigação para saber se teve como causa a doença. Fora esse, mais nove casos estão sendo apurados em secretarias dos estados para saber se teria como motivação a doença, desses nove cinco foram a óbito por alguns outros problemas agravantes. Os sintomas da doença são: dores de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, náuseas e diarreia.

Cuidados a serem tomados 

A coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) da SES disse que ainda não tem vacina contra essa doença, mas os cuidados que se deve ter em relação à doença é ter repouso e ingerir muito líquido para se manter hidratado. É recomendado que assim que sentir os sintomas vá para uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para assim medicado da forma correta e dar início ao tratamento. Ainda reforça que os transmissores da doença seria de duas formas: pelo ser humano ou por animais silvestres e algumas espécies de insetos e mosquitos.

Foto destaque: sobre o transmissor da doença (reprodução/Gregory S. Paulson/Getty Images Embed)