A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, nessa quarta-feira (14), que a situação da nova variante da mpox, no continente africano, é de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. Com isso, o Ministério da Saúde declarou que o Governo Federal está montando estratégias para o enfrentamento à situação.
A ministra da saúde, Nísia Trindade, ressaltou que não há motivo para alarme, mas sim de alerta. De acordo com ela, o Ministério está pronto para a realização de testes, diagnósticos e para a vacinação. "Nós vamos instituir, que é o certo sempre que acontece uma emergência, um comitê de operação de emergência envolvendo Saúde, Anvisa, conselhos de secretários estaduais e municipais de saúde", declarou.
Trindade ainda reiterou que o Ministério vem monitorando a situação desde o início dos novos casos, em reuniões com especialistas. Dados da pasta apontam que, nesse ano, até o momento no Brasil, foram registrados 709 casos da doença e 16 mortes.
OMS declara emergência internacional
A OMS declarou a situação da mpox na África como emergência de saúde pública de importância internacional devido os seus potenciais de propagação e do surgimento de uma possível pandemia. A situação mais preocupante tem ocorrido na República do Congo, onde já foram registrados, apenas esse ano, 524 mortes e mais de 14 mil novos casos confirmados.
O diretor geral da OMS, Tedros Adhanon, declarou que uma resposta internacional de forma coordenada pode ser fundamental para salvar vidas. “Uma emergência em saúde pública de importância internacional é o mais alto nível de alarme na legislação sanitária”, ressaltou.
OMS declarou emergência de saúde pública internacional por razão da rápida propagação da nova variante da mpox na África (Imagem: reprodução/ Christopher Black/ OMS)
Ministério vai criar comitê de enfrentamento
O Ministério da Saúde informou que a atual situação da mpox demonstra necessidade de mudanças no planejamento e a criação de novas estratégias a serem adotadas com relação à imunização. De acordo com os especialistas em vigilância em saúde, a imunização por meio da vacina é a solução mais recomendada para evitar surtos. Contudo, uma vacinação em massa da população só ocorrerá em caso de grande emergência sanitária global.
Foto Destaque: Ministra da Saúde Nísia Trindade em conferência em Brasília (Reprodução: Ton Molina/ Getty Images Embed)