Como manter os pets hidratados com a ajuda da alimentação?

Chegamos à estação mais quente do ano: o verão. E assim como nós, humanos, os pets também sentem a necessidade de mais hidratação neste período. Mas por mais que os tutores espalhem diversos potinhos de água pela casa, nem sempre os animais conseguem ingerir a quantidade ideal que deveriam, o que pode resultar em desidratação, além de aumentar as chances de desenvolverem tanto infecções de urina quanto cálculos urinários, principalmente no caso dos gatos. Por isso, há outras maneiras dos tutores ajudarem os animais a consumir a quantidade adequada de água: uma delas é através da alimentação. Oferecer alimentos úmidos, os sachês, de qualidade e com alto teor de água, é a forma mais eficiente para contribuir com esse consumo, além de ser altamente saboroso até para os paladares mais exigentes.

“Muita gente não sabe, mas a alimentação também pode ser uma fonte de água, além do consumo espontâneo. Por isso, atualmente no mercado existem sachês com alto teor de água e formulados especificamente para serem oferecidos compondo a dieta junto com a alimentação seca, justamente para auxiliar tutores que lidam com os desafios de hidratar seus pets de maneira adequada. Um sachê pode chegar a 80% ou mais de água, por exemplo. É uma dica que além do benefício de auxiliar na saúde urinária de cães e gatos, ainda é atrativa para os animais, por ser um alimento muito saboroso e por isso de fácil aceitação, o que é importante principalmente agora no verão, porque alguns animais podem ter mais dificuldade para comer o alimento comum em dias de muito calor”, explica a médica veterinária da GranPlus, Mayara Andrade, lembrando que uma perda mínima de água já é suficiente para o pet ter complicações, o que é ainda mais grave no caso de filhotes e idosos, que são mais sensíveis à desidratação.

Além da alimentação, no dia a dia, para estimular o consumo voluntário de água, a veterinária recomenda que o ideal é mantê-la limpa e fresca à disposição do pet, em diversos potes espalhados pelos cômodos da casa, evitando, por exemplo, que animais mais sedentários não consumam água por terem que se locomover mais. Em dias mais quentes, a adição de cubos de gelo nos potes de água também pode ser uma maneira divertida e eficiente de estimular o consumo, principalmente de gatos, que são animais curiosos. Outra dica, no caso dos felinos, é optar por potes com aberturas mais largas, para que as bordas não entrem em contato com os bigodinhos deles, já que é uma parte sensível deles e pode trazer incômodos, fazendo com que os gatos evitem consumir água. Alguns gatos podem ainda ter a preferência por água corrente, nesse caso, fontes de água sem efeitos sonoros podem ser boas opções.

Cães e gatos agem diferente quando sentem sede

A água é de extrema importância para manter ativas diversas funções do organismo tanto dos gatos quanto dos cães, como por exemplo na digestão, além de compor grande parte da massa corporal e auxiliar na saúde do trato urinário superior e inferior. Mas eles agem diferente quando estão com sede, por isso, os tutores precisam ficar atentos às necessidades de cada animal.

O consumo de água por parte dos cães, por exemplo, acontece na maioria das vezes de maneira voluntária, atingindo seu consumo total ao longo do dia, e assim como humanos, cães geralmente costumam beber água após as refeições e a prática de exercícios físicos. Em dias mais quentes eles costumam beber mais água por causa das altas temperaturas.

Já os gatos nem sempre apresentam esse comportamento. Isso acontece porque os felinos descendem de regiões desérticas e passaram por longos períodos de indisponibilidade de água. Com isso, eles desenvolveram a capacidade de concentrar muito a urina em comparação a outras espécies e aos humanos.

“Os gatos apresentam uma resposta à sede diferente de outros animais, ou seja, nem sempre procuram fontes de água ao sentirem sede. Por isso, para evitar a desidratação, os gatos acabam retendo a urina e, consequentemente, assim como em humanos, passam a ter uma urina mais concentrada, aumentando a chances de desenvolverem tanto infecções de urina quanto cálculos urinários. Ter um consumo diário de água adequado é fundamental para eles”, explica Mayara.

Como incluir os sachês na dieta dos pets e quais os cuidados

Os sachês são uma forma de variar o cardápio dos pets. Quando completos e balanceados, eles contêm todos os nutrientes essenciais para a saúde dos animais e, portanto, podem ser incluídos de forma saudável na alimentação do dia-a-dia de cães e gatos, sendo utilizados como recompensa ou agrado, compondo a refeição junto ou separado do alimento seco. É uma forma, também, de criar diversas texturas, o que é altamente atrativo para os pets.

Vale lembrar que, no caso dos gatos, eles têm um período de socialização na infância, quando é mais fácil eles aceitarem os alimentos que são oferecidos. Por isso, essa é a melhor fase para “apresentar” o alimento úmido, para que eles não criem uma resistência quando adultos.

Outro cuidado importante com os sachês está relacionado à conservação: após a abertura de sua embalagem, é recomendado manter o alimento sob refrigeração, consumindo em até 48 horas.

A veterinária ainda desmistifica um mito de que os sachês têm muito sódio, o que não é verdade. O sódio é um nutriente essencial para diversas funções do organismo e os sachês apresentam quantidades adequadas para os pets, que não necessariamente são as mesmas quantidades consideradas adequadas para os seres humanos. “Quando olhamos a tabela nutricional no verso da embalagem, o erro está em ler as quantidades sem se ater ao tamanho da porção. Por padrão da indústria, a tabela nutricional de produtos pet é com base na composição por quilograma (kg). Neste caso, por exemplo, 400mg não é um teor alto se falarmos em 1kg de produto”, explica.

É importante ressaltar ainda que um veterinário deve ser sempre consultado para orientar o melhor tipo de alimentação para cada pet, assim como em qualquer caso de sintoma de desidratação ou infecção urinária.

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Tudo o que você precisa saber antes de ter um gato

Se você tem como uma das resoluções de início de ano adotar ou comprar um gatinho, esta leitura é para você! A Dra. Daniela Formaggio, especializada em felinos do Hospital Veterinário Taquaral (HVT), relaciona dicas e cuidados que se deve ter com essa espécie que seguramente tem um dos filhotinhos mais encantadores do mundo animal.

Para quem nunca teve um gatinho, é importante saber que eles não devem tomar leite de vaca, embora esse seja um alimento muito associado à espécie nos desenhos da TV e do cinema.

“O leite de herbívoros, como é o caso do leite de vaca e de cabra, tem uma composição diferente do leite dos mamíferos. Ele é rico em lactose e pobre em gorduras e proteínas. Se alimentados deste leite, os filhotes podem apresentar diarreia, gases e até desnutrição, se esse for o único alimento oferecido ao animal”, alerta a Dra. Daniela. Assim, o gatinho deve tomar só o leite da própria mãe ou algum substituto indicado pelo veterinário.

Também é importante levar em consideração que os filhotes, além de estarem conhecendo o mundo, precisam de um tempo para se adaptar ao novo lar e aos seus tutores. “Os gatos geralmente são considerados filhotes até completarem um ano de vida, quando se tornam adultos. A exceção ocorre em animais de raças gigantes, como o Maine Coon (foto), que apresenta um desenvolvimento mais lento e pode levar até três anos para atingir a fase adulta”, explica a Dra. Daniela.

Gateiros de primeira viagem precisam saber que os felinos normalmente dormem muito, chegando até 16 horas por dia. No caso de filhotes, esse número é ainda maior e pode chegar a incríveis 20 horas de sono por dia neste início de desenvolvimento. Assim, quem tem crianças em casa deve orientá-las para que respeitem o descanso do novo pet, apesar da inevitável euforia provocada pela chegada do novo companheiro.



É de pequeno que se aprende

Cada gato tem sua personalidade e na vida adulta costumam ser muito diferentes uns dos outros, cada um com seus hábitos. Mas, de um modo geral, do segundo até o sétimo mês de vida os filhotes são bem receptivos e o tutor deve aproveitar essa fase para socializá-los. É o momento ideal para “acostumar” o gato a, por exemplo, andar de carro, escovar os dentes e a comer sachês e petiscos além da ração.

“Neste período, é bom até mesmo acostumar o gato com o seu veterinário. Um filhote que foi bem socializado se torna um adulto feliz e tranquilo, tanto em relação a outros animais como em relação a pessoas de fora de seu convívio familiar”, justifica a Dra. Daniela. A profissional afirma que um adulto até pode ser socializado, mas os filhotes têm mais facilidade.

É importante que cada uma dessas novas experiências seja proporcionada ao gatinho de uma maneira cuidadosa. Se as primeiras visitas ao veterinário ou escovações de dentes, por exemplo, ocorrerem de forma abrupta, o trauma pode acompanhar o gato durante sua vida adulta.

Lugar de gatinho é dentro de casa

De todas as orientações para novos tutores de gatos, talvez a mais importante seja a de colocar tela de proteção em toda a casa ou apartamento para evitar fugas ou quedas. É mito o conceito de que um gatinho acostumado desde filhote a ficar dentro de casa não terá o desejo de passear na rua. “O gato é extremamente curioso e faz parte da sua natureza explorar o território ao seu redor. Felinos são caçadores e mesmo um de temperamento calmo ou sedentário pode sim querer se aventurar fora de casa se houver uma oportunidade. Por isso é importante que haja a proteção de telas que evitem as fugas”, salienta a Dra. Daniela. Na rua, o risco de acidentes graves com o gato aumenta muito, sem contar a possibilidade de contrair raiva ou outras doenças graves, como a leptospirose.

Antes de sair comprando brinquedos de todos os tipos, saiba que eles gostam mesmo é de caixas. “Além da diversão, é importante fornecer ao gatinho um ambiente onde ele se sinta seguro. Uma dica é espalhar caixas ou outros objetos que ele possa fazer de toca pela casa. Será um refúgio para o filhote quando se sentir ameaçado”, orienta a Dra. Daniela.

Ao contrário do que acontece com filhotes de cães, ensinar seu gato ontem fazer suas necessidades não será uma tarefa difícil. Na maioria das vezes, não dará trabalho nenhum, já que os gatos reproduzem muitas atitudes por instinto. “Os gatinhos começam a usar a caixinha de areia para enterrar suas fezes e urina a partir da quarta semana de vida. Isso ocorre, em grande parte das ocasiões, de forma instintiva, sem que seja necessário ensinar o filhote”, explica Daniela.

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Petiscos para o verão: quatro receitas caseiras para agradar seu pet

À medida que as temperaturas sobem e passamos por dias mais quentes e ensolarados, os tutores de pets buscam por opções para refrescar seus cães e gatos de maneira segura e saudável. Além de banhos de mangueira e passeios ao ar livre, dar alimentos gelados também é uma possibilidade para aplacar o calor do verão, além de aproximar o animal do dono, fortalecendo os laços.

Engana-se quem acredita que apenas os petiscos comprados são seguros, ou que podemos oferecer todos os alimentos de consumo humano para eles. “O importante é saber quais ingredientes podem ser ingeridos por cães e gatos, pois nem tudo que comemos é adequado ao organismo deles. Para evitar problemas, caso tenha dúvidas, consulte um médico veterinário de sua confiança”, ressalta a Dra. Karin Botteon, veterinária e gerente técnica da Boehringer Ingelheim.

Entretanto, muitas comidas que comumente temos em casa podem ser aproveitadas nesse sentido — alguns exemplos são frutas como maçã e banana, iogurte natural e atum em lata. Para agradar os pets de forma saudável e econômica, prepare as guloseimas na cozinha de casa, com os ingredientes da despensa. A Dra. Karin separou quatro preparos fáceis e totalmente seguros para o consumo dos pets. Na maioria deles, basta apenas separar os ingredientes, levar ao congelador e oferecer ao animal após algumas horas. O importante é prestar atenção nos detalhes dos produtos para ter certeza de que são adequados para ingerir, e lembre-se: “caso o Pet tenha alguma restrição alimentar, é importante consultar o médico-veterinário que o acompanha”, alerta a Dra. Karin. Veja a seguir os modos de preparo:

Sorvete de iogurte natural

Coloque o iogurte integral, sem sabor e sem açúcar, em forminhas de gelo e leve ao freezer. Ofereça ao pet após 1h, ou quando congelar.

Banana congelada

Corte a banana madura em rodelas e leve ao freezer em um pote fechado ou um prato coberto por plástico filme. Ofereça como petisco após congelar.

Atum congelado

Ofereça apenas atum conservado em água. Desfie e leve ao congelador em forminhas de gelo, oferecendo após congelar.

“Picolé” de maçã

Corte a maçã em cubos pequenos, colocando em forminhas de gelo. Cubra a forma de gelo com água, leve ao freezer e ofereça após congelar.

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Conheça Resistência, a cadelinha que participou da posse de Lula

Empossado neste domingo (01), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu a rampa do Palácio do Planalto ao lado de alguns representantes do povo e de uma acompanhante canina: a cadelinha Resistência, adotada pela primeira-dama Janja da Silva. A participação histórica da pet – primeiro cachorro a entrar na cerimônia – foi um dos assuntos mais comentados do dia nas redes sociais. 

Antes de estar sob a tutoria do casal presidencial, Resistência recebeu acolhimento de apoiadores de Lula, que fizeram vigília durante os 580 dias de prisão do petista na sede da Polícia Federal, em Curitiba. Ainda filhote, a cachorra virou um símbolo do acampamento, passando a usar a bandeira do PT e posando para fotos com celebridades e lideranças que visitavam Luiz Inácio e o movimento. 

No mesmo período, Resistência sofreu com problemas respiratórios potencializados pelo frio e precisou ser internada em um hospital-veterinário. Janja cuidou da cachorrinha e, posteriormente, a levou para sua casa. Lula só conheceu a nova pet em novembro de 2019, após o Supremo Tribunal Federal (STF) anular sua condenação no caso do Triplex do Guarujá.


Lula leva a cadela Resistência, de coleira, na subida da rampa (Foto: Reprodução/Reuters)


Em entrevista ao programa “Fantástico”, em novembro, Janja revelou que a presença da cadelinha na formalidade já era cogitada desde 2018: “A Resistência foi encontrada e adotada pela vigília. Ela ficou alguns meses na vigília, mas como era muito frio em Curitiba, ela ficou doentinha e eu falei: ‘Vamos lá, Resistência, você vai para minha casa’. E ela foi. Contei isso por carta para ele: ‘Olha só, temos uma filha nova’. E aí o pessoal da vigília falou: ‘Resistência vai subir ainda a rampa do Planalto’”. 

Resistência também não passou despercebida pelos internautas, que a tornaram um dos maiores temas da solenidade. Até as 17h30 de ontem, o nome da pet acumulava mais de 43 mil menções apenas no Twitter.

 

Foto destaque: Janja da Silva e Resistência. Reprodução/Reuters.

Vai aproveitar as férias para viajar? Veja dicas para garantir o bem-estar do pet

Para muitos, as férias de janeiro são uma oportunidade para descansar, relaxar e conhecer novos lugares. Contudo, tutores de pet estão sempre em dúvida e avaliando a situação, pois levar o pet em alguns passeios requer cuidados e atenção.

O bem-estar dos animais de estimação precisam ser considerados. De acordo com Thais Matos, médica veterinária da DogHero, maior empresa de serviços para pets da América Latina, nem sempre os pets aproveitam esses momentos de passeio, como é o caso dos gatos, por exemplo.

“Quando o tutor resolve viajar com o gatinho, o pet é obrigado a ficar muitas horas na caixa transportadora. O estresse do transporte de gatos é tanto que ele pode sofrer com a queda de imunidade, se ele tem alguma doença crônica ela pode se agravar durante a viagem. Por isso, o ato de viajar com gato só deve ser feito em último caso, por exemplo, se a família vai se mudar ou se o animal precisa de atendimento médico”, considera Thais

Não deixe seu pet sozinho em casa!: A questão relacionada à saúde dos pets é muito importante, segundo a médica veterinária. “Não importa se o tutor ficará um ou dois dias fora de casa, é preciso ter uma pessoa capacitada para atender às necessidades do animal de estimação. Outra razão para não deixá-lo sozinho é que muitas raças precisam de uma dose de exercícios diária. Ficar sozinho em casa pode fazer com que eles apresentem quadros de depressão, até mesmo se recusando a comer”. Os serviços de pet sitting e hospedagem domiciliar são soluções apropriadas para suprir essa necessidade e garantir a felicidade do pet, na ausência do tutor.  

Pet Sitter: neste serviço são realizadas visitas em sua casa enquanto você estiver fora, ideal para que seu pet mantenha a rotina sem sair do seu ambiente. Um diferencial importante para dar mais conforto ao animal, pois muitos podem ficar ariscos em ambientes novos. Os gatos não gostam muito de mudança. Por isso, até mesmo deixar o felino hospedado em um hotel para animais pode não ser uma boa ideia, ele pode se estressar e passar por momentos difíceis. O pet sitter brinca, coloca comida e água, troca tapetinho e o atende a tudo o que o pet precisa, caso seja idoso ou esteja em um tratamento especial, poderá dar os medicamentos. A visita tem duração de uma hora e também conta com a garantia veterinária.

Hospedagem domiciliar: seu pet passará a noite na residência de um anfitrião, recebendo toda atenção e carinho que merece, como se estivesse em casa. Ideal para os tutores que precisam se ausentar por muitos dias. 

Faça as malas do seu pet: o que separar?: Se o tutor vai levar seu cãozinho em uma viagem ele precisa ter uma bagagem exclusiva, que deve ser composta por: guia, coleira, plaquinha de identificação (que tenha o contato do tutor), toalha, brinquedos, caminha, mantinhas, kit de higiene e ração em quantidade suficiente até o final da viagem, além dos potes de comida e de água. O tutor deve lembrar ainda dos remédios recomendados pelo veterinário (em casos de emergência). Fraldas descartáveis e confortáveis são uma opção para viagens mais longas, no entanto, se o pet não estiver habituado a esse tipo de acessório, é importante ter paradas estratégicas para ele fazer suas necessidades. Para a mala do pet que irá se hospedar na casa de um anfitrião, além da carteira de vacinação em dia, separar os objetos que fazem parte do dia a dia, como a caminha, a ração, petiscos e o brinquedo favorito dele. Como a interação entre pessoas, animais e ambientes desconhecidos são intensos nesse período de feriado prolongado, é crucial que as vacinas do seu pet estejam em dia, assim como as medidas profiláticas de controle contra pulgas, vermes e carrapatos.

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Fim do ano e pets: saiba como diminuir os danos ao seu animal de estimação

As épocas de fim de ano são marcadas por alegria, festas, diversão e muito barulho. O que pode parecer interessante para nós humanos não condiz com a realidade dos pets que temos em nossas casas: as queimas de fogos durante a virada de ano são muitos os cachorros e gatos que tem problemas com os altos decibéis gerados.

Sensíveis aos barulhos, os cães e gatos presentes em nossos lares muitas vezes tem problemas por terem uma audição muito mais apurada do que a de nós humanos. O mal estar causado pelos ruídos pode ocasionar fugas, enjoos e em casos graves um estado de desespero tão grande que os pets podem vir a falecer de susto tamanho o trauma sentido.


 
A época de fim de ano é cruel para os nossos amigos que sentem muito mais do que nós o efeito dos ruídos. (Foto: Reprodução /Ourofino Saúde Animal)


Para evitar situações extremas, uma dica valiosa é tentar acalmar o animalzinho com chás, calmantes (mediante orientação veterinária) e o fechamento de portões ou grades que o animal possa se chocar em momento de grande desespero.

Focar em diminuir o estresse dos pets pode salvar vidas principalmente em uma época do ano marcada por agitação. Algumas orientações são recomendadas como:

– Redefinir o barulho dos fogos (quando o animal não conhece o barulho, entende que é uma situação perigosa). Assim uma dica é acostumar o pet com o som desde pequeno, de forma gradativa;

– Proteger o ouvido dos animais (através do uso de fones ou mesmo algodão caseiro);

– Acostumar ao barulho (adaptar o animal a volumes mais altos dias antes dos fogos, afim de diminuir os riscos de um trauma repentino);

– Manter o animal perto (o animal se sente mais confortável e seguro na presença do seu tutor, seja em casa ou onde for passar a virada);

– Criação de um espaço acolhedor (de preferência um local agradável, silencioso, com comida e os brinquedos do pet).

Lembrando que as orientações são dicas voltadas a minimizar os danos causados pelos fogos aos ouvidos e a audição dos animais, levando em consideração que cada animal tem sua forma específica de reagir quando se sente ameaçado.

 

Foto Destaque: A audição dos nossos amiguinhos merece atenção redobrada nessa época do ano. (Foto: Bougue)

Como ser o melhor tutor para seu pet?

Cada vez mais os pets vêm conquistando o coração dos humanos, e sua chegada a um novo lar promove entusiasmo e muita alegria, mas também mudanças na rotina do tutor. Cães e gatos têm características e necessidades específicas que devem ser levadas em consideração na hora da decisão de adquirir um novo membro para a família.

Durante as celebrações de final de ano é comum a troca de presentes como parte das festividades natalinas. No entanto, vale ter cuidado nesta escolha. Dar um pet de presente não é recomendado, uma vez que a escolha de um gato ou cão requer planejamento e precisa fazer parte da decisão de todos os membros da família.

A intenção de quem presenteia é sempre a melhor, pois ser tutor de um animal de estimação pode ser uma das experiências mais surpreendentes da vida. E, é gratificante para os animais também, já que muitos encontram-se em situação de abandono e terão a chance de encontrar um lar. Presentear com um pet é mais do que impressionar ou proporcionar um momento de alegria, trata-se de um compromisso para toda vida.

A guarda responsável de um animal de estimação implica em ter responsabilidade com a saúde e com os cuidados do pet, incluindo criar condições ideais para que o gato ou cão seja feliz e saudável, de forma a enriquecer a vida da família e da sociedade como um todo.

Confira sete dicas que a ROYAL CANIN® separou para ajudar quem está planejando ter um pet:

1-Qual perfil de pet é o mais recomendado?

Cada gato e cão é diferente. Seu tamanho, idade, níveis de energia e temperamentos podem afetar a dinâmica familiar. Consultar um Médico-Veterinário é um recurso-chave para a busca por informações confiáveis

2-O novo tutor tem condições financeiras para assumir as despesas do pet?

A chegada de um pet exige também planejamento financeiro. Lembre-se que o orçamento dedicado precisa atender as emergências médicas e despesas de rotina como, por exemplo, alimento adequado à fase e estilo de vida, brinquedos, vacinas, visitas ao Médico-Veterinário, além dos cuidados com a higiene e bem-estar. 

3-Quem vai cuidar da saúde do seu animal de estimação?

O Médico-Veterinário é a voz confiável para orientá-lo na decisão do perfil ideal, bem como organizar a chegada e integração do gato ou cão ao novo lar. A escolha do profissional antes do pet chegar é primordial, pois o profissional orientará com detalhes os cuidados e preparo iniciais, além da forma correta de transportar o animal até a clínica. Também vale considerar a pesquisa por potenciais cuidadores do pet, para os momentos de viagem ou ausência prolongada

4-Existem condições especiais de saúde ou necessidades específicas que o seu futuro pet pode ter?

A alimentação adequada às necessidades individuais do pet é essencial para garantir que ele tenha qualidade de vida. Em cada fase do seu desenvolvimento, por exemplo, há necessidades nutricionais diferentes para um crescimento saudável. E, é preciso também observar possíveis problemas de saúde ou sensibilidade que possam aparecer.

5-A agenda da sua família é agitada?

A guarda responsável também inclui prever no planejamento da casa os cuidados com o animal. Todos podem ajudar na rotina de cuidados com o pet, como alimentação, higiene, exercícios, adestramento, brincadeiras e sem esquecer das vacinas e visitas ao Médico-Veterinário.

6-A casa está preparada para receber o novo pet?

O espaço físico e recursos disponíveis são essenciais para a boa adaptação do pet. Escolha um local tranquilo e confortável para seu descanso e tente manter as refeições em horários fixos. É necessário também prever tapetes higiênicos ou caixas de areia para as necessidades do animal, em local separado, além da quantidade apropriada de comedouros e bebedouros, de acordo com a quantidade de pets da casa.

Foto Destaque: Reprodução

Urso-de-óculos do zoológico de Brasília morre aos 13 anos

Bem famoso entre os brasilienses que frequentam o zoológico, o urso-de-óculos Ney morreu pela manhã desta quinta-feira (22). A notícia foi dada pela Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB), através de uma nota de falecimento. A equipe técnica lamentou a perda do animal e investiga os motivos da morte, que ainda são desconhecidas e por isso não foram divulgadas. 

O animal que se chamava Ney nasceu em 2009, e viveu bastante tempo em um zoológico Sapucaia do Sul (RS). Em setembro de 2017, Ney chegou em Brasília para fazer parte do programa de conservação da espécie. Na nota divulgada pelo zoológico, eles destacaram a importância do apoio dos visitantes no momento tão difícil como esse, e deixam claro o compromisso que eles têm com o bem-estar e a saúde dos animais que cuidam.


Urso-de-óculos (Foto: Reprodução/Divulgação)


“O mais difícil de trabalhar com vidas, é lidar com a morte. Perder um indivíduo nunca é fácil, afinal a convivência é diária”, ressaltaram. O animal pode ser encontrado nos Andes e vive em média 30 anos e Ney se foi com 13, com isso, o zoológico deixou bem claro que assim que descoberta a causa da morte, será explicado ao público para manter toda a transparência com as pessoas que gostam dos animais. Assim que todas as informações da causa forem descobertas, serão passadas a todos. 

O urso-de-óculos está ameaçado de extinção e pode ser encontrado em áreas abertas e semi-secas e até nas florestas tropicais andinas, por exemplo, na Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Ele vive, em média, 30 anos e pesa de 70 a 140 quilos. Ele tem esse nome por causa de sua coloração nos pelos do rosto com formato de óculos em volta dos olhos com formato de círculos. Ele gosta da noite e come geralmente plantas, como bromélias, palmitos, bambu e milho. 

Foto Destaque: Urso-de-óculos. Reprodução/Toninho Tavares/Agência Brasília

Viajar com animais requer cuidados especiais

O recesso de final de ano se aproxima e, com esse período, as viagens para recompensar o trabalho e sair da rotina. Para quem tem cães e gatos e não abre mão de passar momentos especiais com seus bichinhos, é importante ter atenção a detalhes para garantir que a trajeto seja seguro para os animais e despreocupante para os tutores.

A docente do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, professora Vanessa Lowe, alerta para os principais pontos para planejar um passeio. “É preciso colher informações sobre o local, considerando que a maioria dos destinos só permitem a entrada de pets com determinadas vacinas por exemplo, portanto, é necessário estar em dia com as vacinações e medicações”, alerta.

Os tutores devem ter em mãos o atestado sanitário do seu animalzinho de estimação, certificante de que o animal está em boas condições de saúde e atende às medidas definidas pelos órgãos públicos, além da carteira de vacinação. A documentação é imprescindível até mesmo para trajetos feitos em veículo próprio. Em caso de viagem internacional, o comprovante de chipagem também é necessário.

“Para facilitar a comunicação, os dados mais importantes podem estar presentes na coleira de identificação, como nome e telefone dos donos. Hoje em dia, existem tags para colocação na coleira, que, por meio de um aplicativo, auxiliam no acompanhamento e a localização do pet. Essa medida é válida para o dia a dia, mas torna-se indispensável em locomoção para lugares distantes”, lembra a docente.

CAIXA DE TRANSPORTE

Além de ser uma exigência em companhias rodoviárias e aéreas, uma viagem de carro se torna mais segura quando o pet está acomodado em uma caixa de transporte confortável. O Código de Trânsito Brasileiro não permite que animais fiquem entre as pernas do passageiro ou nos bancos de veículos, assim como em caçambas de pick-ups e caminhonetes.

“O cachorro ou gato pode se familiarizar com a caixa algumas semanas antes do passeio, por exemplo, e isso evita problemas no futuro”, indica a médica-veterinária. “Para isso, podemos colocar brinquedos e cheiros aos poucos, a fim de acostumá-los a esse ambiente, desse modo, o trajeto será mais tranquilo”, afirma. A mesma técnica se aplica a outros pets não convencionais, como coelhos.

A docente indica, também, que o percurso deve conter paradas planejadas, para que os seus bichinhos possam fazer suas necessidades (urinar e defecar) e tomar água. Segundo a professora, o ideal é que os animais parem de se alimentar 3 horas antes da partida. “Os intervalos diminuem os riscos de enjoos e você chega a seu destino sem grandes problemas”, completa.

Foto Destaque: Reprodução

Verão com os pets: cuidados para garantir a saúde e a diversão

Dias mais quentes e férias são motivos para programar passeios e viagens na companhia dos pets. Mas apesar da diversão garantida, não dá para relaxar com os cuidados: altas temperaturas, clima chuvoso ou dias muito ensolarados podem colocar em risco a saúde dos animais de estimação. Para que o verão seja tranquilo, a médica veterinária e consultora da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Farah de Andrade, preparou uma lista de cuidados.

  1. Cuidado com a hipertermia

Os cães apresentam uma temperatura corporal mais elevada que os humanos, entre 38,2ºC e 39,1ºC, e transpiram muito pouco pelas patas. A liberação do calor ocorre principalmente pela respiração, fazendo com que fiquem mais ofegantes e respirando com a boca aberta quando está muito quente. Já os gatos transpiram pelas patas, queixo, ânus e lábios. 

Embora pareça o contrário, a pelagem dos pets ajuda a controlar a temperatura corporal, pois evita que os raios solares e o calor atinjam diretamente a pele dos animais. No entanto, essa proteção tem limites. É preciso fornecer ambiente e recursos adequados para o pet se refrescar. O ar-condicionado é uma boa opção, principalmente, para as raças braquicefálicas (com focinho achatado), que têm maior dificuldade em respirar por apresentarem alterações anatômicas que geram obstrução das vias aéreas superiores, como prolongamento de palato, estenose de narinas e macroglossia (língua grande e grossa). Porém, a temperatura deve ficar em torno de 24º C, já que ambientes demasiadamente gelados podem causar hipotermias.

Pets dentro do carro? Perigo à vista. Mantenha o ar-condicionado ligado ou as janelas abertas e evite sempre os horários mais quentes. No quintal, assegure que o pet tenha áreas com sombra e piso fresco para ficar. Caso contrário, recolha-o para dentro de casa nos horários mais quentes do dia.

O alerta também vale para mudanças bruscas de temperatura. Se o pet está dando sinais de calor excessivo, procure refrescá-lo gradativamente com panos molhados em água fresca e ofereça água. O ideal é beber água gelada com muitos cubos de gelo para que o animal tome apenas uma quantidade suficiente de água evitando uma distensão gástrica excessiva e/ou vômitos e broncoaspiração, principalmente nos braquicefálicos.

  1. Uma boa hidratação é essencial

A desidratação é um dos principais riscos nessa época do ano, por isso, é muito importante ficar atento à quantidade de água ingerida. Uma boa dica é comprar potes graduados, nos quais o tutor pode acompanhar o volume ingerido.

Deixar vários potes de água pela casa e comprar fontes para os gatos também auxilia, pois os felinos adoram água em movimento. Uma maior quantidade de potes também estimula os animais a beberem água, principalmente, se estiver fresca e com cubos de gelo. Congelar frutas e legumes e oferecer como “sorvete” para os pets também vale.

  1. Atenção com a exposição ao sol

Cães e gatos adoram tomar sol e não é à toa. A luz solar é responsável pela absorção de vitamina D, fundamental para a imunidade, para prevenir problemas ósseos e também ajuda a aliviar dores musculares e articulares. Porém, como os pets não entendem os perigos da exposição excessiva, é preciso avaliar a temperatura e limitar os banhos de sol, se necessário. Quer passear com o seu cão? Somente até 10h da manhã ou após às 16h, mas para quem mora em uma cidade de clima muito quente, vale a pena iniciar o passeio ainda mais tarde, prevendo locais com sombra e muita água à disposição.

Também vale o alerta: o calor do piso pode queimar as patas, provocando dor e fissuras que podem permitir a entrada de bactérias, causando lesões e infecções. Antes de sair, o indicado é colocar a palma da mão no chão por um minuto. Se estiver confortável, passeio liberado. Caso contrário, será preciso esperar.

Filtro solar é indispensável. Passe o produto no focinho, abdomên, pontas das orelhas e áreas com menos pelos. “O uso do protetor solar deve ser um hábito diário para os cuidados com os pets, assim como deve ser para os humanos, pois é uma importante forma de prevenção do câncer de pele, principalmente, para aqueles com pelagem e pele clara, com focinhos e extremidades despigmentadas. Uma dica é manipular o protetor solar com ativos que promovem a hidratação da pele ou com repelente, desta forma, aproveitando a aplicação para aumentar os cuidados”, aconselha a veterinária.

  1. Banho e tosa merecem atenção especial

Embora sejam refrescantes, os banhos em excesso retiram a proteção natural da pele, o que pode ser prejudicial para os animais. O indicado é que os cães tomem banho com o intervalo mínimo de uma semana. Já para os gatos, a recomendação é não dar banhos em pet shops, pois eles realizam a sua própria higiene, além de se estressarem muito com o calor e a mudança de ambiente.

Tosar demasiadamente os pelos também pode ser prejudicial, pois pelos curtos demais deixam a pele mais exposta, podendo causar queimaduras. O ideal é buscar um tosador experiente e seguir a recomendação para cada raça. Uma alternativa eficiente é fazer a tosa higiênica, tosando uma área maior do abdomên para ajudar o pet a se refrescar.

  1. Capriche na prevenção

Entre os meses de novembro e março, há chuvas e calor em excesso, fatores que promovem uma maior proliferação de pulgas, mosquitos e carrapatos, por isso, a prevenção com antipulgas e carrapaticidas precisa ser ainda maior. Pulgas causam desconforto, podem transmitir vermes e causar problemas de pele, como a Dermatite Alérgica à Picada de Pulga (DAPP), para animais que apresentam sensibilidade. Carrapatos podem transmitir doenças hemolíticas graves como a erliquiose e a babesiose, infecções que causam anemias, hemorragias, insuficiência renal, alterações neurológicas, perda de apetite, icterícia, cansaço e depressão no animal. Ambas são gravíssimas e com grandes chances de óbito, se não tratadas de forma adequada.

Vermífugos protegem contra diversas verminoses e, conforme a composição, previnem também a dirofilariose (doença do verme do coração), transmitida por mosquitos, principalmente em cidades litorâneas. “Para prevenção do verme do coração é indicada a administração mensal do vermífugo. O uso de repelentes, próprios para animais, também é recomendado para complementar a prevenção dessa doença, evitar picadas comuns e como coadjuvante nos cuidados para combater a leishmaniose, doença grave que pode ser prevenida com vacina própria para esse fim”, explica Farah.

É fundamental consultar o médico veterinário para orientação dos cuidados adequados, incluindo a vacina polivalente, pois doenças como a parvovirose, a cinomose e o coronavírus são ainda mais comuns no verão.

  1. Facilite os tratamentos preventivos

Com tantos cuidados, algumas alternativas podem facilitar a prevenção. “Medicamentos manipulados são feitos na dose exata para o pet e podem combinar mais de um fármaco, o que otimiza a administração e pode reduzir custos. Além da variedade de formas farmacêuticas e flavorizantes que agradam aos pets e facilitam a administração dos medicamentos”, indica a veterinária. Para os cães que aproveitam o verão para tomar banhos de mar ou piscina, a dica é optar por antipulgas de administração oral, já que os de uso tópico terão menor durabilidade.

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