O transtorno obsessivo-compulsivo, mais conhecido como TOC, é uma doença mental que causa pensamentos ou sensações indesejadas repetidas (obsessões) ou o desejo de fazer algo repetidamente (compulsões). Algumas pessoas podem ter obsessões e compulsões. O TOC não é sobre hábitos, como roer as unhas ou ter pensamentos negativos. Um pensamento obsessivo, pode ser, que certos números ou cores são "bons" ou "ruins".
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O hábito compulsivo pode ser lavar as mãos sete vezes depois de tocar em algo,que pode estar sujo. Embora, você possa não querer pensar ou fazer essas coisas, se sente impotente para parar. Todo mundo tem hábitos ou pensamentos que às vezes se repetem. De acordo com o Brazilian Journal of Psychiatry, pessoas com TOC têm pensamentos ou ações que pelo menos uma hora por dia, estão além do seu controle, não são agradáveis, interferem no trabalho, na sua vida social ou em outra parte da vida.
Confira o trailer do filme "toc toc", disponível na Netflix (Foto:Reprodução/Youtube)
Tipos e sintomas
O TOC vem em muitas formas, mas, na maioria dos casos se enquadra em pelo menos uma das quatro categorias gerais. Algumas como verificar, sejam fechaduras, sistemas de alarme, fornos ou interruptores de luz, ou pensar que tem uma condição médica, como gravidez ou esquizofrenia, contaminação, medo de coisas que podem estar sujas ou uma compulsão para limpar.
A contaminação mental, envolve a sensação de ter sido tratado como lixo. Além da mais famosa, que é a simetria e ordenação, a necessidade de ter as coisas alinhadas de uma certa maneira, ruminações e pensamentos intrusivos, uma obsessão por uma linha de pensamento. Alguns desses pensamentos podem ser violentos ou perturbadores.
Obsessões e compulsões
Muitas pessoas com TOC sabem que seus pensamentos e hábitos não fazem sentido. Eles não as praticam porque gostam, mas porque não podem desistir. E se eles param, se sentem tão mal que começam de novo. Pensamentos obsessivos podem incluir: Preocupações com você ou outras pessoas se machucando, consciência constante de piscar, respirar ou outras sensações corporais, suspeita de que um parceiro é infiel, sem razão para acreditar.
Dentre os hábitos compulsivos estão, executar tarefas em uma ordem específica todas as vezes ou um certo número "bom" de vezes, precisando contar coisas, como passos ou garrafas, medo de tocar em maçanetas, usar banheiros públicos ou apertar as mãos.
Causas e fatores de risco
Os médicos não sabem ao certo por que algumas pessoas têm TOC. O estresse pode piorar os sintomas. É um pouco mais comum em mulheres do que em homens. Os sintomas costumam aparecer em adolescentes ou adultos jovens. Os fatores de risco de TOC incluem a genética, no caso pai, irmão ou filho com TOC, diferenças físicas em certas partes do seu cérebro, depressão, ansiedade ou tiques, experiência com trauma, uma história de abuso físico ou sexual quando criança.
Às vezes, uma criança pode ter TOC após uma infecção estreptocócica. Isso é chamado de distúrbios neuropsiquiátricos autoimunes pediátricos associados a infecções estreptocócicas, ou PANDAS.
Diagnóstico e Tratamento
O médico especializado na área, poderá fazer um exame físico e de sangue para se certificar de que outra coisa não está causando os sintomas. Eles também falarão com o paciente sobre seus sentimentos, pensamentos e hábitos. Não há cura para o TOC. Mas, o paciente pode ser capaz de controlar como seus sintomas afetam sua vida por meio de medicamentos, terapia ou uma combinação de tratamentos.
Dentre os diversos tratamentos existentes estão, psicoterapia, terapia cognitivo-comportamental que pode ajudar a mudar os padrões de pensamento. Em uma forma chamada prevenção de exposição e resposta, o médico colocará o paciente em uma situação destinada a criar ansiedade ou disparar compulsões. Relaxamento, coisas simples como meditação, ioga e massagem podem ajudar com sintomas estressantes de TOC.
Medicamento, drogas psiquiátricas chamadas inibidoras seletivas da recaptação da serotonina ajudam muitas pessoas a controlar as obsessões e compulsões. Outra forma, é através da neuromodulação, que é feita em casos raros, quando a terapia e a medicação não fazem diferença suficiente, o médico pode conversar com o paciente sobre dispositivos que alteram a atividade elétrica em uma determinada área do cérebro.
Por fim, mas não menos importante, está a TMS (estimulação magnética transcraniana), dispositivo não invasivo que é mantido acima da cabeça para induzir o campo magnético. Tem como alvo, uma parte específica do cérebro que regula os sintomas do TOC. Vale ressaltar que, todos os tratamentos devem ser feitos por um profissional especializado na área, onde possa fazer o diagnóstico e indicar o tratamento mais indicado para cada caso.
(Foto destaque: Será que tenho TOC?: saiba tudo sobre a doença. Reprodução/Criatives)
