O estudo experimental feito na Universidade da Califórnia, em São Francisco, é realizado sob medida e já conta com uma paciente, a americana Sarah, que percebeu que sua depressão estava tomando um caminho mais perigoso quando teve vontade de atirar seu próprio carro contra um pântano, enquanto dirigia.
Os médicos que acompanhavam Sarah já haviam recomendado que ela voltasse para a casa dos pais pois já não consideravam seguro que ela mantivesse a mesma rotina, trabalhando na área de tecnologia e morando sozinha. Ela já havia passado por diversos tratamentos, incluindo medicamentos antidepressivos, choques e até estimulação eletromagnética.
Cerca de um terço das pessoas que sofrem com depressão no mundo não respondem a tratamentos convencionais (Foto: Reprodução/Pixabay)
Sarah relatou que “Quando recebi o estímulo pela primeira vez, eu percebi que alguma coisa aconteceu. Eu senti a sensação mais intensa de alegria, por um momento, minha depressão era um pesadelo distante”. O objetivo é que o marca-passo cerebral vigie o cérebro da paciente. Ao perceber sinais de depressão, o equipamento reage com uma leve descarga elétrica na cápsula ventral, trazendo o órgão de volta à normalidade. O estudo inicial considerou que em um espaço de poucas semanas, a paciente já não exibia sintomas.
https://lorena.r7.com/post/Anvisa-aprova-produto-medicinal-a-base-de-canabidiol
https://lorena.r7.com/post/Como-funcionam-as-bombas-de-insulina
No Brasil há um estudo semelhante, também em caráter experimental, desenvolvido em São Paulo, onde cerca de vinte pacientes voluntários também passaram a ser observados no uso de um marca-passo que promete neutralizar os sintomas da patologia. O equipamento usado no estudo brasileiro, no entanto, não é customizado.
Em ambos os casos, o que se sabe ainda é pouco, mas um grande avanço para os especialistas, que consideram qualquer novidade muito bem vinda quando o assunto é a depressão.
Foto Destaque: 250 milhões de pessoas sofrem com depressão no mundo. Reprodução/Pixabay