O Brasil é o país com o maior número de pessoas diagnosticadas com ansiedade no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo esse relatório, 9,3% da população sofre com o problema, valor que corresponde ao triplo da média mundial.
De acordo com o Ministério da Saúde, a ansiedade estimula o indivíduo a entrar em ação, porém, quando em excesso, faz exatamente o contrário, impedindo reações. Ela pode tornar-se patológica, isto é, prejudicial ao nosso funcionamento psíquico (mental) e somático (corporal).
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Uma pessoa com transtorno de ansiedade generalizada normalmente se sente irritada e tem sintomas físicos, como inquietação, fadiga fácil e tensão muscular. De acordo com especialistas, para fazer um diagnóstico, os sintomas devem estar presentes por pelo menos seis meses e causar desconforto clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes.
Segundo o protocolo clínico, o diagnóstico deve avaliar se há desproporcionalidade, interferência muito incômoda, diminuição de capacidades, prejuízos atuais e cronificação. Um cuidado que os médicos generalistas, na atenção primária precisam ter, é o de não se apressar para fazer o diagnóstico. Na ansiedade, como na depressão, há riscos de fazer identificações equivocadas (falsos positivos).
Ansiedade. (Reprodução/Pfizer)
Transtornos de ansiedade
Segundo o Ministério da saúde, os transtornos de ansiedade são doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e às experiências de vida. Os transtornos de ansiedade são bem mais intensos que aquela ansiedade normal do dia a dia. Veja:
. Preocupações, tensões ou medos exagerados (a pessoa não consegue relaxar);
. Sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer;
. Preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho;
. Medo extremo de algum objeto ou situação em particular;
. Medo exagerado de ser humilhado publicamente;
. Falta de controle sobre os pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade;
. Pavor depois de uma situação muito difícil.
Conheça os tratamentos
De acordo com o Blog Virtual da Saúde, que pertence ao Ministério da Saúde, existem três tipos de tratamento para os transtornos de ansiedade;
. Medicamentos (sempre com acompanhamento e receita médica);
. Psicoterapia com psicólogo ou com médico psiquiatra;
. Combinação dos dois tratamentos (medicamentos e psicoterapia).
A maior parte das pessoas começa a se sentir melhor e retoma suas atividades depois de algumas semanas de tratamento, por isso é importante procurar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxima.
No Brasil, o Ministério da saúde disponibiliza redes de atendimento a saúde mental como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Serviços de Residência Terapêutica (SRT), além de leitos de saúde mental em hospital geral.
Durante a quarentena há também o projeto Telepsi, que oferece teleconsulta psicológica e psiquiátrica para manejo de estresse, ansiedade, depressão e irritabilidade em profissionais dos SUS e de serviços essenciais que estão na linha de frente da Covid-19.
(Foto Destaque: Ansiedade: Entenda o que é e os tipos de tratamento. Reprodução/Hospital Santa Mônica)