Politica

Nicolás Maduro fará nova reforma constitucional na Venezuela em seu terceiro mandato político

Presidente reeleito pretende fazer alterações na Constituição do país no próximo ano e deixar a Venezuela ainda mais democrática para seus eleitores e cidadãos

21 Dez 2024 - 13h50 | Atualizado em 21 Dez 2024 - 13h50
Nicolás Maduro fará nova reforma constitucional na Venezuela em seu terceiro mandato político Lorena Bueri

Em vias de assumir seu terceiro mandato seguido como presidente da Venezuela, Nicolás Maduro já vem dando mostras de como irá governar o país sul-americano. Em pronunciamento transmitido pela televisão estatal, o governante disse que a nação será mais democrática e contará com mais participação popular e menos interferência internacional.

Reforma e mais democratização na Venezuela

Nicolás Maduro, tido por muitos como um ditador, irá comandar a Venezuela pelo terceiro mandato seguido, iniciado em 2013. Entre as suas promessas de governo, está uma nova reforma constitucional, sem deixar de lado, os princípios chavistas. "Estamos cheios de grandes ideias, estamos imbuídos de um grande sentido de transformações de mudança", disse o presidente reeleito em um pronunciamento na TV estatal durante esta semana.

Maduro também afirmou que pretende ter um governo ainda mais democrático e com mais participação popular, tanto que formou uma equipe com assessoria nacional e internacional para auxiliar no processo. "É uma mentira a velha filosofia liberal burguesa ocidental de que a democracia depende apenas dos partidos políticos e das campanhas eleitorais, que são um torneio de demagogias, mentiras, enganos, falsas ofertas", enfatizou Maduro em seu pronunciamento. Na Venezuela, todas as reformas constitucionais precisam ser aprovadas por votação popular. 


Nicolás Maduro discursando para eleitores após vitória nas últimas eleições (Vídeo: reprodução/Instagram/@nicolasmaduro)


Maduro e seu terceiro "polêmico" mandato

O pleito eleitoral na Venezuela aconteceu em 28 de julho e foi marcada por polêmicas. Com pesquisas apontando a vitória de seu opositor e ex-embaixador Edmundo González Urrutia, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) afirmou que Maduro foi reeleito com 51,20% para seu terceiro mandato de seis anos. Filiado ao Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), o político segue os princípios chavistas, criados pelo ex-presidente Hugo Chávez, em 1999, que faleceu em 2013.

A divulgação do resultado gerou revolta no país e em toda a comunidade internacional, que contestaram veemente sua veracidade, já que Urrutia liderava em todas as pesquisas eleitorais. Maduro alega que a votação foi acirrada, porém, com vitória do governo atual.

Eleito pela primeira vez em 2013, Maduro irá assumir em 10 de janeiro de 2025, seu terceiro mandato consecutivo de seis anos, envolto em várias polêmicas. Opositores que contestaram o resultado das eleições precisaram deixar o país ou se abrigar em embaixadas, e a crise diplomática com países antes aliados, gerou bloqueios a economia venezuelana. Atos de protestos populares culminaram em milhares de prisões e dezenas de mortes e feridos na Venezuela.


Foto destaque: Presidente Nicolás Maduro durante evento oficial (Reprodução/Instagram/@nicolasmaduro)

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