O presidente da China, Xi Jinping, conversou por telefone com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, nesta quarta-feira (26), pela primeira vez desde o início da guerra Ucrania-Russia em fevereiro do ano passado.
Em rede social, o líder ucraniano disse que eles tiveram uma conversa telefônica “longa e significativa”.
“Acredito que esta ligação, assim como a nomeação do embaixador da Ucrânia na China, dará um forte impulso ao desenvolvimento de nossas relações bilaterais”, concluiu.
I had a long and meaningful phone call with President Xi Jinping. I believe that this call, as well as the appointment of Ukraine's ambassador to China, will give a powerful impetus to the development of our bilateral relations.
Em rede social, Zelensky fala sobre o telefonema. (Reprodução/Twitter)
A mídia estatal chinesa disse que o país pretende enviar representantes a Kiev para discutir “um acordo político” e que concentrará seus esforços em negociações de paz e um “cessar-fogo o mais rápido possível”. Essa ligação ocorre dois meses depois que Pequim disse que gostaria de atuar como um mediador de paz entre os dois países em guerra. Com isso, o governo chinês reforçou a afirmação que se mantém neutra na guerra e logo após o telefone entre os dois líderes, Yu Jun, vice-chefe do departamento da Eurásia do Ministério das Relações Exteriores chinês, afirmou que a ligação mostra a posição “objetiva e imparcial” dos país.
As conversas entre os dois presidentes já eram esperadas, principalmente depois que a China apresentou sua proposta de 12 pontos para acabar com a guerra. Em abril, o líder chinês havia dito que estava disposto a conversar com Zelensky, por sua vez, o líder ucraniano fez um convite para que Xi Jinping pudesse visitar a Ucrânia.
Mari Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, elogiou a “prontidão de Pequim em se esforçar para estabelecer um processo de negociações [de paz]”.
O gabinete presidencial ucraniano informou que durante a noite desta terça-feira os russos atingiram 19 áreas civis, dois civis foram mortos e outros 13 ficaram feridos. Foram 53 ataques de artilharia, seis ataques com foguetes, sete ataques com drones e um ataque aéreo.
Foto Destaque: Presidente chinês, Xi Jinping.Reprodução/Reuters.