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Votos indiretos e colégios eleitorais: entenda como funciona a eleição nos EUA

Voto indireto, o papel dos delegados e o processo na corrida para a Casa Branca

21 Jul 2024 - 10h49 | Atualizado em 21 Jul 2024 - 10h49
Votos indiretos e colégios eleitorais: entenda como funciona a eleição nos EUA Lorena Bueri

As eleições nos EUA, que acontecem a cada quatro anos, sempre atrai a atenção mundial, não só pela importância da economia global, mas também pela diferença do processo. Neste ano de 2024, a eleição está prevista para acontecer no dia 5 de novembro.

Escolha dos candidatos pelos partidos: primárias ou caucus

A eleição presidencial nos EUA é um processo complexo e longo, que começa quase dois anos antes da votação. Durante esse período, comitês são formados para dialogar com eleitores e possíveis financiadores de campanhas em todo o país, avaliando quais candidatos têm potencial para vencer.

Diferentemente do processo eleitoral brasileiro, os candidatos à presidência dos EUA não são escolhidos internamente pelos partidos. Nos EUA, os eleitores têm essa responsabilidade, seja através das primárias (ou prévias) ou dos caucus.


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Os candidatos Donald Trump e Joe Biden no debate da CNN (Foto/Reproduçâo: Getty Imagem Embed)


Nas primárias, os eleitores vão aos locais de votação e escolhem seus candidatos de forma secreta, depositando uma cédula na urna. No caucus, os eleitores se reúnem em assembleias, onde o voto geralmente é público. É importante destacar que, geralmente, os eleitores precisam ser filiados aos partidos para participarem das votações.

Colégio Eleitoral e Delegados por estado

Diferente de outras repúblicas presidencialistas, os americanos utilizam um sistema chamado de colégio eleitoral, no qual cada estado ganha um peso, e um número de delegados eleitorais, conforme o tamanho de sua população.  

Ao todo, o Colégio Eleitoral norte-americano possui 538 delegados, e, para que um presidente seja eleito, ele precisa conquistar votos de 271 delegados (50% mais um do total).

Considerando que cada estado ganha um delegado por distrito e mais dois (um para cada senador que possui no Congresso), fica evidente que estados mais populosos possuem maior influência política.


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Donald Trump é o representante Republicano do pleito de 2024 (Foto/Reprodução: Getty Imagem Embed) 


A Califórnia, por exemplo, estado mais populoso do país, com quase 40 milhões de habitantes, está dividida em 53 distritos eleitorais. Já o Kansas, um estado pequeno, com menos de 3 milhões de pessoas, tem apenas quatro distritos eleitorais. Com isso, a Califórnia tem no total 55 delegados e o Kansas seis.

Mas como funciona na prática? No dia da eleição, a população vai às urnas de maneira voluntária - diferente do Brasil, onde o voto é obrigatório - e escolhe seu candidato, cada um em seu distrito. De maneira indireta, pois quem vota são os delegados eleitorais. Ou seja, se no distrito três do Kansas, determinado candidato receber mais votos que o outro, o voto do delegado deste distrito será no candidato mais votado pela população. 

Política “O vencedor leva tudo”

Para ajudar, quase todos os estados - com exceção apenas de Maine e Nebraska - adotam um sistema chamado winner-take-all (ganhador leva tudo), no qual o candidato que conseguir o maior número de delegados fica com todos. Ou seja, se alguém conquistar 28 dos delegados da Califórnia, leva os 55. Essa forma de eleição abre a possibilidade de que um candidato vença o pleito mesmo sem conquistar a maioria absoluta dos votos. Como aconteceu em 2016. Naquele ano, a democrata Hillary Clinton teve quase três milhões de votos diretos a mais do que o republicano Donald Trump. No entanto, ela conquistou somente 227 delegados, contra 304 de Trump.

Republicanos e Democratas, qual a diferença dos conceitos e o peso que exercem na eleição

Em geral, existem estados que são tradicionalmente republicanos e outros que são democratas, com isso, a briga por votos costuma ficar mais intensa nos chamados “swing states”, estados onde não há tanta fidelidade e os resultados variam de acordo com cada eleição. 

Uma das diferenças fundamentais entre os ideais dos partidos Democrata e Republicano é em torno do papel do governo.


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O atual presidente Joe Biden é o líder republicano (Foto/Reprodução: Getty Imagem Embed)


Os democratas defendem um papel mais ativo do governo na sociedade. Acreditam que tal envolvimento pode melhorar a qualidade de vida das pessoas, além de ajudá-las a alcançar maiores oportunidades de forma igualitária. São popularmente conhecidos como liberais. 

Já os republicanos tendem a defender um governo pequeno, tanto em termos do número de pessoas empregadas pelo governo quanto em termos dos papéis e responsabilidades deste na sociedade. Eles veem um "grande governo" como um desperdício e um obstáculo para fazer as coisas. Sua abordagem compreende que as leis do mercado e a livre concorrência são capazes de trazer uma regulação social independente do Estado. E são conhecidos como conservadores.

Foto destaque: Bandeira dos Estados Unidos da América (Reprodução: G1) 

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