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Veja os argumentos contra e a favor da inelegibilidade de Bolsonaro

A decisão ocorreu nesta sexta-feira (30) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-presidente difamou sem provas o sistema eleitoral brasileiro durante um encontro no Palácio da Alvorada em 2022.

30 Jun 2023 - 22h00 | Atualizado em 30 Jun 2023 - 22h00
Veja os argumentos contra e a favor da inelegibilidade de Bolsonaro  Lorena Bueri

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi proibido pelo TSE de se reeleger até 2030 em razão de abusar do poder político enquanto exercia o cargo de presidente da República. O ex-ministro Braga Netto, vice na chapa de Bolsonaro, foi absolvido das acusações por unanimidade.


Ex-presidente Jair Messias Bolsonaro está inelegível por desacreditar a justiça eleitoral (Foto: Reprodução/Getty Images)


A decisão ocorreu nesta sexta-feira (30) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em decorrência dos acontecimentos envolvendo o ex-presidente em 2022. Bolsonaro difamou sem provas o sistema eleitoral brasileiro durante um encontro no Palácio da Alvorada, que foi transmitido pela TV oficial do governo. 

A defesa alegou, durante o julgamente no TSE, que discussões relacionadas ao sistema eletrônico eleitoral não podem ser um tabu. Diversos ministros divulgaram suas opiniões, contra e a favor do presidente, veja a seguir:

O ministro Benedito Gonçalves mostrou seu apoio em relação à inelegibilidade, dizendo o quanto Jair Bolsonaro usou de forma indevida seu poder político, bem como seus meios de comunicação.

A defesa rebateu, alegando que estava desconcentrando o ponto real da reunião, e que qualquer forma de comunicação é para influenciar um meio. "A reunião portanto teve finalidade eleitoral, mirando influenciar o eleitorado e a opinião pública nacional e internacional com uso da estrutura pública e das prerrogativas do cargo de presidente da República foi contaminado por desvio de finalidade em favor da candidatura da chapa investigada", disse o ministro.

O ministro Raul Araújo também se manisfestou  sobre o acontecimento: "Não há que ter limites no direito à dúvida", disse ele.

O penúltimo a votar, o ministro Nunes Marques, alegou que entende que "não há que ter limites no direito à dúvida", porém, não concorda com "o requisito de suficiente gravidade" para tal condenação.

A ministra Cármen Lúcia afirmou que Bolsonaro cometeu casos graves: "Não há democracia sem Poder Judiciário independente", disse ela.

Ao final, a maioria dos votos foram para que Bolsonaro seja considerado inelegível pelo período de 8 anos, até 2030.

 

Foto destaque: O ex-presidente Jair Bolsonaro. Reprodução/Roberto Schmidt/AFP

 

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