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Vaticano permite que pessoas transgêneros sejam batizadas na Igreja Católica

O bispo brasileiro José Negri, de Santo Amaro, envia perguntas ao vaticano, sobre a comunidade LGBTQIA+, relacionadas ao batismo e apadrinhamento, por meio dos sacramentos da Igreja Católica, e obtém respostas.

09 Nov 2023 - 09h52 | Atualizado em 09 Nov 2023 - 09h52
Vaticano permite que pessoas transgêneros sejam batizadas na Igreja Católica Lorena Bueri

Seis perguntas sobre a comunidade LGBTQIA+, relacionadas à sua participação nos sacramentos do batismo e matrimônio, foram enviadas ao escritório doutrinário da igreja. Respondendo ao Dom José Negri, bispo brasileiro responsável pela diocese de Santo Amaro, o Vaticano pontua que, a Igreja Católica deve dar permissão às pessoas transgêneros ao batismo e que elas possam apadrinhar em casamentos.


Bispo José Negri

Bispo José Negri de Santo Amaro (Foto: Reprodução/Diocese de Santo Amaro)


Decisão documentada

O Cardeal argentino Víctor Manuel Fernandes, chefe do departamento, assinou as três páginas de perguntas e respostas, que foram aprovadas pelo Papa Francisco no dia 31 de outubro, por conseguinte, publicadas no site do departamento na última quarta-feira (8).


Pessoa segurando a bandeira da comunidade trans

Pessoa segurando a bandeira da comunidade trans (Foto: reprodução/Contilnet notícias)


Questões abordadas

Dentre os apontamentos do Vaticano, consta que, pessoas transgêneros podem ser batizadas, não havendo o risco de causar transtorno entre os fiéis. Ainda sobre pessoas transgêneros e transexuais, estas possuem a permissão para serem padrinhos de batismo e casamento, por decisão dos padres.

Com relação a pessoas homossexuais, consta o Papa Francisco, que não há nenhuma proibição na legislação canônica, a respeito de suas testemunhas em casamentos, assim como, é permitido que seus filhos de adoção ou barriga de aluguel, possam ser batizados na igreja, com a esperança de que as crianças sejam educadas sob a doutrina cristã. Também foi abordado sobre casais do mesmo sexo serem permitidas a apadrinharem casamentos, desde que possuam vivência com a fé.

O Papa Francisco prega pelo ideal de uma igreja que acolhe a todos, sem distinção de orientação sexual ou gênero, pautando pela não exclusão à comunidade LGBTQIA+ em meios cristãos. O papa, de 86 anos também não condena a homossexualidade como pecado, porém, atos sexuais, pecaminosos como o sexo fora do casamento.

Foto destaque: Papa Francisco (Reprodução /Canção Nova)

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