Nesta terça-feira (15) em uma entrevista realizada pela Fox News, Donald Trump afirmou que é viável que o governo possa pedir para os países da América Latina decidirem entre a China e Estados Unidos nos acordos comerciais.
O presidente americano também explicou que a suspensão das tarifas recíprocas pelo período de 90 dias foi motivada pela necessidade de garantir a flexibilidade nas tratativas comerciais.
Influência da China no Canal do Panamá
Trump mencionou que um dos objetivos do seu governo é retomar o controle americano em relação ao Canal do Panamá, que retornou sob a administração do governo do Panamá em 1977. O presidente demonstrou-se insatisfeito com a influência chinesa no local, citando que há um ano todas as bandeiras que transitavam por lá tinham a linguagem chinesa. O republicano acrescentou que seu governo está em negociação com o Panamá para resolver essa questão.
Durante a entrevista, foi perguntado se assim como o Panamá, a América Latina teria que optar entre os Estados Unidos e a China, Donald Trump então respondeu que outros países já estão seguindo esse exemplo ou considerando a possibilidade. Ele sugeriu que talvez essa fosse uma ação que deveria ser tomada pelos países.
A declaração do presidente foi feita depois que Pete Hegseth, secretário de Defesa de Trump, foi entrevistado pela Fox News. Na ocasião, Hegseth disse que a América Latina era como um quintal dos EUA e criticou a influência econômica e cultural da China na América do Sul e Central.
Pete Hegseth, secretário de Defesa de Trump (Foto: reprodução/Franco Brana/Getty Images Embed)
Imigrantes nos Estados Unidos
Durante a entrevista, Donald Trump declarou que pode viabilizar a presença dos imigrantes que trabalham em fazendas e hotéis. De acordo com o presidente americano, esses trabalhadores são essenciais na força de trabalho no país.
Trump informou que está trabalhando em parceria com o México visando controlar os cartéis e destacou que há uma boa relação com a presidente do país, Claudia Sheinbaum.
Foto Destaque: Presidente Donald Trump (Reprodução/Saul Loeb/Getty Images Embed)