Nesta terça-feira (9), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi considerado culpado pelos crimes cometidos a jornalista, escritora e ex-colunista da revista “Elle”. Elizabeth Jean Carroll, de 79 anos, havia aberto um processo de abuso sexual e difamação. Cerca de nove jurados participaram da reunião e levaram três horas para dar a sentença. Por se tratar de um caso civil, não há chances de que ele seja preso no momento. Mas foi condenado pela Justiça civil a pagar US$ 5 milhões (em média R$ 25 milhões) em indenização pelos danos causados a Carroll.
No ano passado, a jornalista declarou que havia sofrido abuso sexual de Trump no provador de uma loja de roupas na Quinta avenida, um bairro de luxo em Nova York. O episódio aconteceu na década de 90. Mas E.Jean Carroll, conseguiu abrir a acusação graças a uma lei estadual que permite que vítimas de abuso possam recorrer à justiça anos após a violência.
Elizabeth Jean Carrol/Jornal El Dia/Reprodução
A jornalista também abriu uma acusação de difamação, após sofrer ataques verbais do ex-presidente quando publicou o relato em seu livro "Para que precisamos de homens? Uma proposta modesta", em 2019. O mesmo alegou ser inocente das acusações e que Carroll estava apenas promovendo o seu livro. A escritora disse durante o julgamento que o acontecimento no exemplar foi inspirado no movimento Me Too, de combate ao assédio e violência sexual. "Levei muito tempo para perceber que ficar em silêncio não funciona". Disse a colunista. Durante o processo também havia duas testemunhas que afirmaram que Trump as assediou sexualmente no passado.
O empresário declarou em sua rede Truth Social que o veredicto foi uma “vergonha” para a justiça. O mensageiro de Trump, Steven Cheung, informou que a condenação será recorrida. Até uma decisão do tribunal superior, ele fica isento de pagar a multa de US$ 5 milhões.
Foto destaque: Ex-presidente Donald Trump/REUTERS/Dieu-Nalio Chery/Reprodução