O presidente Donald Trump, recém-eleito para um novo mandato, voltou a causar controvérsia ao mencionar a possibilidade de retirar os Estados Unidos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Em declarações recentes, Trump criticou a falta de comprometimento financeiro de outros membros da aliança militar e anunciou planos para acabar com a cidadania automática concedida a filhos de imigrantes nascidos no país.
Críticas à OTAN e exigências de maior contribuição
Trump, conhecido por sua postura crítica em relação à OTAN desde seu primeiro mandato, reiterou que muitos países membros não estão cumprindo suas obrigações financeiras. Durante sua campanha, Trump sugeriu que a saída dos EUA da OTAN seria uma forma de pressionar países como Alemanha, França e Canadá a aumentar suas contribuições.
Segundo ele, a aliança só deve continuar se os membros “pagarem suas contas”. A proposta, no entanto, gerou reações negativas tanto de líderes internacionais quanto de políticos americanos, que consideram a OTAN um pilar da segurança global.
Fim da cidadania por nascimento
Além da questão militar, Trump voltou a abordar a imigração, outro tema central de sua política. Ele anunciou sua intenção de revogar a cidadania automática para pessoas nascidas nos EUA, caso sejam filhos de pais estrangeiros. Essa medida implicaria mudanças na 14ª Emenda da Constituição americana, que garante esse direito.
Presidente eleito Donald Trump (Foto: reprodução/Oleg Nikishin /Getty Images Embed)
Trump classificou a prática como um "incentivo à imigração ilegal" e afirmou que a mudança reduziria os custos e desafios associados à imigração. Especialistas jurídicos, no entanto, afirmam que tal medida enfrentaria obstáculos legais significativos e poderia levar a longas batalhas judiciais.
As declarações trouxeram novamente debates sobre o papel dos EUA no cenário global e o impacto de políticas mais restritivas em relação à imigração. Enquanto Trump continua a defender sua visão de "América em primeiro lugar", críticos alertam para os riscos de isolamento internacional e violação de direitos constitucionais.
Foto destaque presidente eleito Donald Trump (Reprodução/Oleg Nikishin/Getty Images Embed)