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Suplementos alimentares vencidos e adulterados foram comercializados, aponta investigação

A quadrilha alteravam a formula e acrescentavam “miolo de rato” no lugar e adulteravam a data de validade; cinco pessoas foram presas

10 Jun 2024 - 09h16 | Atualizado em 10 Jun 2024 - 09h16
Suplementos alimentares vencidos e adulterados foram comercializados, aponta investigação Lorena Bueri

Investigação da Polícia de São Paulo revela quadrilha que vendia suplementos alimentares, como Whey Protein, creatina e vitaminas adulteradas e com o prazo de validade vencido. Além disso, a operação policial prendeu cinco pessoas em São Paulo, que vendiam os preços baixos do mercado e colocavam a saúde de quem consumia em risco.

Segundo a investigação, as conversas encontradas pelos criminosos afirmam que colocavam “miolo de rato”. Quando a polícia começou a operação, o foco era encontrar provas financeiras, como fraudes fiscais. No entanto, com a descoberta de novas provas, a polícia prosseguiu com a investigação e descobriu crimes contra a saúde pública.

Validade vencida e fórmula adulterada

Conforme o delegado da Polícia Civil, Eduardo Miraldi, os suplementos alimentares eram com validade vencida. Com isso, o pó começa a empedrar. Para manter a aparência lisa como no início, a quadrilha centrifuga o produto e embala novamente. Contudo, ainda adulterava a validade, apagando a data real.


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Se digerir algum suplemento vencido, pode causar infecções graves que podem levar à morte (Foto: reprodução/Getty Images Embed/bymuratdeniz)


Na investigação, a polícia descobriu que os produtos eram trocados de embalagens e não tinham uma condição de higiene. Miraldi afirma que os produtos ficavam espalhados em um imóvel onde não havia condições higiênicas.

As cinco pessoas que foram presas e o investigado como um dos líderes do esquema é o José Roberto Adriano Ferreira de Assis, conhecido como Betão, que é dono da KHorto Suplementos. A origem dos produtos adulterados eram de várias empresas e fornecedores e a maioria dos suplementos alimentares foram vendidos na loja do Betão.

Segunda etapa da investigação 

De acordo com o delegado, a segunda etapa da investigação vai averiguar outras empresas que possam ter trabalhado com a quadrilha.

Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá participar da investigação. O órgão responsável irá fiscalizar as datas de validade dos produtos para saber se segue as normas.

Apesar de o Betão ter sido preso, ele já foi solto devido à decisão de justiça. A defesa alegou que os fatos serão esclarecidos durante a investigação e destacou que a procedência dos produtos está correta.

Foto destaque: Suplementos alimentares (Reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg)

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