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Sócio e técnico de laboratório são presos por laudos falsos de órgãos com HIV

Polícia Civil prende dois dos quatro suspeitos de fraudarem laudos com teste de HIV de órgão doados

14 Out 2024 - 21h48 | Atualizado em 14 Out 2024 - 21h48
Sócio e técnico de laboratório são presos por laudos falsos de órgãos com HIV Lorena Bueri

A Polícia Civil RJ iniciou a Operação Verum nesta segunda-feira (14), visando prender quatro investigados afiliados com o laboratório PSC Lab Saleme de autorizarem o envio de órgãos com HIV para transplantes.

Seis pessoas na fila de transplantes na Secretaria Estadual De Saúde Do RJ receberam os órgãos de dois doadores já infectados e contraíram a doença. Dois homens associados ao laboratório foram presos até o momento, Walter Vieira e Ivanilson Fernandes teriam assinado laudos com resultados alterados.

Prisão e infrações dos suspeitos

Quem assinou um dos laudos com o falso negativo para HIV foi Walter Vieira, médico ginecologista, responsável técnico do laboratório e tio do deputado federal Doutor Luizinho (PP), ex-secretário de Saúde do RJ. 

Os outros presos são Ivanilson Fernandes dos Santos, técnico de laboratório contratado no PCS para realizar análise clínica nos materiais enviados da Central Estadual de Transplantes; Cleber de Oliveira dos Santos era também técnico de mesma função que Ivanilson, que está sendo procurado até momento atual; A última procurada era Jacqueline Iris Bacellar de Assis, auxiliar administrativa empregada no PCS Lab Saleme, por ter sua assinatura em um dos laudos que declaravam os doadores de órgãos como negativos para HIV.

A Operação Verum investiga os suspeitos por: crime contra as relações de consumo, associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e infração sanitária. O plantão judiciário do tribunal de justiça do Rio de Janeiro expediu nesta segunda-feira (11) mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos pelos Agentes da Delegacia do Consumidor (Decon).

A sede do PCS Lab Saleme em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi arrombada pelos policiais. O local estava interditado desde semana passada. O PCS Lab Saleme está sendo investigado da possibilidade de falsificação de outros laudos além dos transplantes, visto que outras 10 unidades de saúde estadual eram atendidas pelo laboratório.

A Polícia Civil pronunciou-se sobre o assunto, relatando que investigações apontam que os laudos foram falsificados por ação criminosa e usados pelas equipes médicas sem conhecimento do erro, resultando na infecção dos pacientes.


Polícia Civil avaliando o laboratório, antes de entrar no local

Policiais chegam e avaliam o laboratório interditado antes de entrarem (Reprodução/Rafael Campos/Governo do Estado do Rio)


Pronunciamentos oficiais e danos causados pelo erro

Os advogados do laboratório PCS Lab Saleme divulgaram uma nota que dizia: “A defesa de Walter e Mateus Vieira, sócios do PCS Lab Saleme, repudia com veemência a suposta existência de um esquema criminoso para forjar laudos dentro do laboratório, uma empresa que atua no mercado há mais de 50 anos. Ambos prestarão todos os esclarecimentos à Justiça.

O ex-secretário de Saúde Doutor Luizinho também se manifestou quando o caso foi revelado nesta segunda (11), sua nota divulgada diz: "Conheço o Laboratório Saleme há mais de 30 anos, dirigido pelo Dr. Montano e posteriormente por seu Filho Dr. Valter Viera (casado com a irmã da minha mãe, Ana Paula)  e suas irmãs. Lamento veementemente o ocorrido, desejando ao fim das investigações punição exemplar para os responsáveis por esses gravíssimos casos de infecção. Enquanto Secretário de Estado de Saúde , mantive a mesma equipe do Programa Estadual de Transplantes da gestão anterior e jamais participei da contratação deste ou de qualquer outro Laboratório. É muito triste como um dos maiores defensores do Transplantes no País, cuja minha vida pública está marcada pela ampliação do número de transplantes no Estado, ver casos graves como esse! Espero punição aos responsáveis, independente de quem for."

Seis pessoas que esperavam na fila de transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) receberam órgãos que possuíam HIV de dois doadores e alguns de seus novos portadores mostraram positivo para o vírus. O governo do Estado acredita que o erro foi em dois exames do PCS Lab Saleme, que permitiu os órgãos dos doadores infectados com HIV para a fila dos transplantes.

Em janeiro deste ano, a família de um homem autorizou a remoção de seu coração, rins, córneas e do fígado. Três pessoas, um receptor do coração e dois indivíduos que receberam os rins, testaram positivo para o vírus. O ganhador da córnea permanece não infectado e o quem ganhou o fígado morreu logo após a cirurgia; Em maio, os parentes de uma mulher doaram seu fígado e rins, com seus três receptores testando positivo.

Foto Destaque: Walter Vieira sendo encaminhado para sua prisão (Reprodução/Fabiano Rocha/Agência O Globo)

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