Na manhã deste sábado (17), em um movimento estratégico, a Ucrânia ordenou a retirada de seu exército de Avdiivka, epicentro dos combates mais ferozes na região, prestes a completar dois anos desde o início da guerra. A decisão veio acompanhada da declaração da Rússia, que afirmou ter assumido "controle total" da cidade. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, justificou a retirada como uma medida para "salvar a vida" dos soldados, em meio a intensas batalhas que culminaram na tomada russa da estratégica localização.
"Com base na situação operacional em torno de Avdiivka, a fim de evitar o cerco e preservar a vida e a saúde dos militares, decidi retirar nossas unidades da cidade e continuar a defesa em linhas mais favoráveis", disse o novo comandante-chefe, Oleksander Sirski, em comunicado divulgado nas redes sociais. Foi sua primeira grande decisão militar, desde que assumiu o comando.
Sirsky toma grande decisão após assumir o novo cargo (Fonte: reprodução/Ukrinform/Avalon/Profimedia)
Após duras batalhas e cerco iminente, a Ucrânia tomou a difícil decisão de retirar suas tropas de Avdiivka, cidade estratégica, na linha de frente da guerra. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky defendeu a medida como essencial para "salvar a vida" dos soldados, enquanto relatos de confrontos desesperados e capturas de militares emergem da região. Enquanto isso, líderes mundiais se reúnem em Munique, buscando reforçar o apoio à Ucrânia diante da crescente pressão russa e da urgente necessidade de recursos militares.
Avdiivka cai após dois anos de resistência ucraniana
Após uma resistência heróica que durou dois anos, Avdiivka, na província de Donetsk, finalmente caiu nas mãos da Rússia. A cidade, que se tornou símbolo da determinação ucraniana frente à invasão russa, agora representa a maior vitória simbólica do Kremlin, desde o fracasso da contraofensiva ucraniana. Analistas observam que essa conquista dá à Rússia a capacidade de abrir novas linhas de ataque, consolidando seu domínio na região do Donbass e liberando recursos para avanços em outras direções.
A tomada de Avdiivka marca um ponto de inflexão na guerra, sinalizando um avanço significativo para as forças russas. O comandante ucraniano, Oleksandr Sirski, reconheceu a necessidade da retirada, citando a situação operacional precária e o objetivo de preservar a vida e a saúde dos soldados. No entanto, a perda de Avdiivka representa um golpe para Kiev e aumenta a pressão sobre o presidente Zelensky para garantir o apoio internacional e reforçar as defesas ucranianas.
Salve a vida dos soldados
A retirada das forças ucranianas de Avdiivka foi uma decisão dolorosa, mas necessária, em face da intensificação dos ataques russos e do risco iminente de cerco. O general Oleksandr Tarnavsky, que comandava a área de Avdiivka, defendeu a medida como "a única decisão correta" diante das circunstâncias extremas. Relatos de confrontos desesperados e capturas de soldados destacam a brutalidade dos combates e os desafios enfrentados pelas tropas ucranianas.
Enquanto isso, líderes mundiais expressam preocupação com a escalada do conflito e renovam os apelos por uma solução diplomática. A viagem do presidente Zelensky à Alemanha e França resultou na assinatura de acordos de segurança, e no reforço do apoio militar à Ucrânia, em meio a crescentes tensões na região. No entanto, a suspensão da ajuda militar dos Estados Unidos e as disputas políticas em Washington destacam os desafios enfrentados pelo governo ucraniano na busca por recursos e apoio internacional.
A retirada de Avdiivka marca um ponto crítico na guerra na Ucrânia, com repercussões significativas para o conflito em curso e para a segurança na região. Enquanto a Rússia celebra uma importante vitória simbólica, a Ucrânia enfrenta desafios crescentes e busca garantir apoio internacional para enfrentar a crescente pressão russa. O destino de Avdiivka e o futuro da guerra permanecem incertos. Enquanto isso, líderes mundiais buscam uma solução diplomática para o conflito em andamento.
Foto destaque: cidade de Avdiivka, na Ucrânia, com prédios quebrados e agora, com o domínio da Rússia. (Fonte: reprodução/Kostiantyn Lieberov/Libkos/Getty Images)