Nos últimos dias o país vem registrando um aumento muito alto das queimadas e com isso a fumaça que paira no ar e deixa o céu cinza em várias regiões do país, pôde também ser observada pelo satélite da NASA, Deep Space Climate Observatory (DSCOVR), que está a mais de 1,5 milhão de quilômetros da Terra e registrou a fumaça acumulada no noroeste do país, que se transforma em uma coluna e vem descendo até o litoral de São Paulo e em seguida seguindo para o Oceano Atlântico.
Deep Space Climate Observatory: O Satélite que Captura Dados
O satélite que foi lançado pela NASA em 2015, é equipado com uma variedade de instrumentos os quais permitem a coleta de dados tanto sobre o espaço, quanto sobre o clima da Terra. A Earth Polychromatic Imaging Camera (EPIC) é um desses instrumentos, responsável por capturar imagens projetadas da superfície terrestre, fornecendo informações poderosas sobre a atmosfera e a superfície do planeta.
O DSCOVR desempenha um papel crucial na previsão de eventos como tempestades solares, que podem impactar as comunicações e os sistemas de navegação da Terra. Além disso, o satélite auxilia na compreensão dos impactos e mudanças climáticas, incluindo a vegetação e a cobertura de nuvens no ambiente terreno.
Reels de fumaça sobre o Brasil vista por satélite da NASA (Vídeo: reprodução/Instagram/@saosebastiaonoticias)
Fumaça: O papel da seca e do El Niño na crise ambiental
A massa de ar identificada pelo satélite, que cobre metade do território brasileiro, exibe uma coloração acinzentada devido à fumaça das queimadas. O Brasil enfrenta um aumento significativo nos incêndios, exacerbado pela seca prolongada. As queimadas estão em sua maior proporção localizadas principalmente na região Norte, como na Amazônia e Pantanal, mas a fumaça se espalha pelos estados do Sul e do Sudeste devido a um corredor de vento existente, além disso há registros de incêndios criminosos em áreas em São Paulo.
De acordo com especialistas tanto no Brasil como em países vizinhos, entre eles Chile e Colômbia, a situação das queimadas está sendo agravada por dois fatores já conhecidos, um deles são alterações climáticas que vem se tornando mais evidentes nos últimos anos e o segundo é por um fenômeno conhecido como El Niño, sendo este último um dos mais severos já registrados na atualidade.
Foto principal: Fumaça sobre o Brasil vista por satélite da NASA (Reprodução/Instagram/@hellderdias)