Na madrugada desta segunda-feira (25) o Supremo Tribunal Federal, STF, em plenário virtual já formou maioria para a manutenção da prisão dos três acusados de mandarem assassinar a vereadora pelo Rio de Janeiro Marille Franco e seu motorista Anderson Gomes em março de 2018.
Os suspeitos foram presos de forma preventiva na manhã deste domingo (24) no Rio de Janeiro e foram transferidos para uma penitenciária federal em Brasília. Em plenário virtual nesta manhã, os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e a ministra Cármen Lúcia declararam seus votos a favor.
Maioria a favor
Mesmo ainda faltando dois ministros a declarem seus votos, os Ministros Luiz Fux e Flávio Dino, a primeira turma do STF que é composta por cinco membros já conseguiu formar maioria para manter a prisão dos suspeitos. O plenário que é virtual aguarda os votos dos dois membros que faltam até as 23:59 horas desta segunda-feira (25), mas essa decisão deve sair ainda pela manhã.
O deputado federal Chiquinho Brazão foi um dos presos por suspeita de mandar matar Marielle e Anderson Gomes (Foto/reprodução/X/@camaradeputados)
O que diz o relator
O ministro Alexandre de Moraes é o relator do processo no Supremo Tribunal Federal, e seu voto teve 37 páginas, destacando que a investigação mostra que há a necessidade de imediata decretação da prisão para garantir ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal.
Os primeiros magistrados a concordar e declararem seus votos nesta madrugada, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin acompanharam a decisão de Moraes e já formaram maioria para que os suspeitos continuem encarcerados e que as medidas cautelares impostas continuem vigorando.
Prisões e outras medidas
Além do pedido de prisão dos suspeitos Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa, acusados de assassinar Marielle Franco e Anderson Gomes neste domingo (24), também foi emitido um pedido de afastamento de função do delegado Giniton Lages e do comissário Marco Antônio de Barros Pinto, que estavam lotados na Delegacia de Homicídios, DH, do Rio de Janeiro na época em que o crime aconteceu.
O delegado Giniton Lages foi indicado pelo então chefe de polícia do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa preso junto dos irmãos Brazão, para dar início as investigações do crime. A suspeita sobre Lages é de que ele teria avalizado e acobertado os assassinatos.
Foto Destaque: primeira turma do STF tem maioria para manter presos os acusados de matar Marielle Franco e Anderson Gomes (Reprodução/Pablo Jacob/X/@OGlobo)