O Itamaraty informou nesta segunda-feira (09), que o governo de Israel liberou a entrada de dois aviões brasileiros no país para trazer para casa os cidadãos que desejarem assim o fazer após os assustadores ataques do Hamas neste último sábado (07). Principalmente, porque a guerra foi declarada e, nos próximo dias, uma retaliação militar israelense é iminente na Faixa de Gaza.
Retorno
A liberação divulgada nesta segunda-feira (09), deve levar o primeiro avião ainda nesta terça-feira (10), e trazer de volta ao Brasil, aqueles que desejarem retornar, na próxima quarta-feira (11). Cerca de mil cidadãos brasileiros, que estão no momento em Israel, a grande maioria em viagem, devem ser resgatados.
O Itamaraty afirmou que, a maior preocupação no momento, é com aqueles que residem na Faixa de Gaza e que, por conta do bloqueio imposto por Israel ao território do conflito, aproximadamente, 25 cidadãos brasileiros, estão em maior situação de risco. A saída de Gaza deve ocorrer por via terrestre, com a ajuda de autoridades egípcias, se assim concordarem, para depois, em Israel, tomarem os aviões brasileiros.
Destruição após ataques do Hamas. (Foto: reprodução/AFP)
Ataque do dia 07
O grupo extremista palestino chamado de “Hamas” invadiu comunidades próximas à Faixa de Gaza, no último sábado (07), incluindo a região onde ocorria uma festa Rave, a "Supernova Sukkot", que faz parte da turnê mundial do "Universo Paralello", festival de música eletrônica criado pelos DJs brasileiros Juarez Petrillo, o Swarup, que, inclusive, estava presente no evento, pai do Dj Alok, nos anos 2000. O festival realizado naquele dia contava com a presença também de vários jovens brasileiros, de passagem ou que residem em Israel.
Os ataques na região acabaram por matar aproximadamente 900 pessoas e fazer inúmeros reféns, cerca de 150, principalmente idosos e crianças, muitas vezes, sequestrados de dentro de suas próprias casas.
Até então se tem notícia de três brasileiros, que estavam na festa, ainda estarem desaparecidos
A disputa entre israelenses e palestinos já dura mais de 75 anos, e este ataque, específico, segundo especulações, pode ter ocorrido como forma de retaliação à violência cometida por Israel contra palestinos na Cisjordânia, no ano passado, que levou a cerca de 146 palestinos.
Uma gravação de áudio, divulgada no momento dos ataques, do comandante do Hamas, Muhammad al-Deif, afirma que os atos formam em retaliação aos insultos que, segundo ele, vem ocorrendo ao seu Profeta: "ataques diários à mesquita Al-Aqsa”.
Soldado israelense. (Foto: reprodução/BBC)
Resposta de Israel
Israel se prepara para um forte revide, este que já começou com o enviou de diversos ataques aéreos que, também, já deixaram mais de 6 mortos em Gaza, e cerca de outros 3,7 mil feridos. Foi estipulado um cerco ao enclave e a preparação para uma invasão está sendo feita. Também, segundo o ministro da Defesa do país, Yoav Gallant, o governo irá deixar os 2,3 milhões de palestinos residentes na região sem energia elétrica, alimentação, água e gás.
Foto Destaque: Avião da FAB. Reprodução/Metrópolis
