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Representantes da direita portuguesa se opõem a pagar pelos custos da escravidão

Sendo maioria no Parlamento de Portugal, a direita e a extrema-direita usaram seus discursos para se posicionar contra o presidente, Marcelo Rebelo de Sousa

26 Abr 2024 - 14h15 | Atualizado em 26 Abr 2024 - 14h15
Representantes da direita portuguesa se opõem a pagar pelos custos da escravidão Lorena Bueri

Na última terça-feira (23), o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, fez uma declaração que dividiu o Parlamento português. Ele disse que o país “assume total responsabilidade" por todos os crimes cometidos durante o período colonial, em que Portugal escravizou, principalmente, africanos e latino-americanos, exterminou povos indígenas e roubou de recursos estrangeiros. 


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Marcelo Rebelo de Sousa em cerimônia (Foto: reprodução/Sylvain Lefevre/Getty Images Embed)


Os representantes da direita e extrema-direita portuguesa não gostaram nada das declarações feitas pelo presidente. Na quarta-feira (25), a maioria desses representantes, que juntos e ao todo são 142 entre 230 deputados do Parlamento de Portugal, se posicionaram contra Marcelo Rebelo de Sousa, alegando que não estão de acordo com o pagamento pelos custos dos crimes cometidos. 

O que diz a direita portuguesa

Em seu discurso, o deputado do partido de extrema-direita Chega, André Ventura, não só foi contra as declarações do presidente, como também o acusou de traição. “O senhor presidente traiu os portugueses. O senhor foi eleito pelos portugueses. Não foi eleito pelos guineenses, pelos brasileiros. Pagar o quê? Pagar a quem? Eu tenho orgulho da nossa história, eu amo este país”, disse o deputado. 

Outro parlamentar, do partido de direita Iniciativa Liberal, Rui Rocha, também usou do seu tempo de fala para atacar diretamente às declarações do presidente. “Senhor presidente, História não é dívida. E História não obriga a penitência. Quem declara ser nossa obrigação indenizar terceiros pelo nosso passado, atenta contra os interesses do país, reduz-se à função de porta-voz de sectarismos importados e afasta-se do compromisso de representar a esmagadora maioria dos portugueses”, disse Rocha.

Outros representantes também se posicionaram, alegando que “história é passado” e que Portugal não tem dívida com heranças coloniais. 

O que diz Marcelo Rebelo de Sousa

Em um primeiro momento, o presidente permaneceu em silêncio e não rebateu os ataques quando chegou seu tempo de fala na Casa. Mais tarde, quando estava cercado de chefes de Estado de países africanos em um evento, Sousa deu uma breve declaração: “Do passado colonial guardamos todas as memórias e as lições que guiarão no futuro”, afirmou o presidente. O atual presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, que é do mesmo partido de Marcelo Rebelo de Sousa, não se pronunciou.

Foto Destaque: Palácio do Parlamento de Portugal (Reprodução/Daniel Haug/Getty Images Embed)

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