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Reeleição de Trump coloca o futuro climático global em risco

Vitória de Donald Trump reacende debate sobre políticas ambientais, com especialistas alertando riscos para a luta contra as mudanças climáticas

06 Nov 2024 - 22h20 | Atualizado em 06 Nov 2024 - 22h20
Reeleição de Trump coloca o futuro climático global em risco Lorena Bueri

A reeleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2024, ocorrida nesta quarta-feira (06), levanta novas preocupações sobre o impacto de suas políticas no meio ambiente e no clima global. Conhecido por seu apoio aos combustíveis fósseis e sua postura de flexibilização das regulamentações ambientais, o republicano promete intensificar uma agenda contrária aos esforços de combate às mudanças climáticas, o que pode prejudicar avanços globais fundamentais.

Passado de retrocessos ambientais

Trump, durante seu primeiro mandato (2017-2021), adotou uma série de medidas que reverteram progressos feitos na proteção ambiental. Ele revogou mais de 100 regulamentos ambientais, aumentando a emissão de gases de efeito estufa, um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. Segundo o pesquisador Carlos Nobre, as emissões estavam em queda durante a presidência de Obama, mas voltaram a subir sob a administração Trump, principalmente em setores ligados aos combustíveis fósseis.

Além disso, a decisão de Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, pacto internacional para limitar o aquecimento global, foi um dos marcos de sua presidência. A medida afetou a credibilidade dos EUA nas negociações climáticas e complicou os esforços globais para limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5 °C. Outro retrocesso significativo foi a flexibilização das normas de emissões de veículos e a abertura de áreas protegidas para exploração de petróleo e mineração.

Futuro sob uma nova presidência Trump

Com a sua reeleição, Trump já sinalizou que retomará suas políticas de incentivo ao uso de combustíveis fósseis e o desmonte de iniciativas climáticas. O republicano afirmou que pretende retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris novamente, além de revogar regulamentações de veículos elétricos e reduzir as metas de emissões de gases de efeito estufa. Trump também promete liberar mais projetos de exploração de energia, incluindo petróleo e gás, e aumentar a produção de energia nuclear.


Analistas argumentam que retorno de Trump à presidência dos EUA representa uma regressão na agenda climática global (Vídeo: reprodução/Youtube/UOL)


Para os especialistas, o impacto dessas ações será devastador. Marcio Astrini, do Observatório do Clima, alerta que a agenda de Trump não se limitará a uma simples omissão, mas incluirá ações ativas contra a luta climática, como o financiamento de grupos negacionistas e o enfraquecimento da diplomacia climática global. Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental (ISA), acrescenta que a vitória de Trump representa um atraso de pelo menos quatro anos na agenda climática global, colocando em risco o futuro do planeta em um momento crítico para o enfrentamento da emergência climática.

Com a reeleição de Trump, a questão do financiamento climático também está em jogo. O Brasil, por exemplo, pode sofrer um impacto negativo nos recursos do Fundo Amazônia, que depende de contribuições de países como os EUA. Além disso, as políticas de Trump podem enfraquecer os compromissos globais de redução de emissões e prejudicar as metas climáticas acordadas no Acordo de Paris.

Foto destaque: Donald Trump deixa o palco após discurso durante um comício (Reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)

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