Nesta terça-feira (05), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que ouviu relatos de agressão sexual em uma reunião com os reféns que foram libertados pelo Hamas durante o cessar-fogo temporário.
“Eu ouvi, e vocês também ouviram, sobre abuso sexual e incidentes de estupro brutal como ninguém”, declarou Netanyahu em entrevista coletiva.
Abusos em 7 de outubro
Vídeo registra mulher sendo sequestrada por combatentes do Hamas. (Foto: Reprodução/Poder360).
De acordo com a polícia israelense, também estão sob investigação possíveis agressões sexuais, que teriam ocorrido durante o ataque de 7 de outubro a Israel. As denúncias relatam estupro coletivo e mutilação de cadáveres. Um agente informou ao Parlamento de Israel, na semana passada, que já reuniu “mais de 1.500 depoimentos assustadores e dolorosos”.
Em evento da Organização das Nações Unidas (ONU) desta segunda-feira (04), Simcha Greinman, um voluntário que ajudou a recolher os corpos das vítimas, relatou que uma mulher foi encontrada com “pregos e diferentes objetos em seus órgãos femininos". Em outros casos, as mulheres apresentavam rostos mutilados ou tiros na cabeça.
“No dia 7 de outubro, o Hamas assassinou brutalmente 1.200 pessoas e, em alguns casos, estuprou suas vítimas. Sabemos disso por meio de testemunhas oculares, sabemos disso por meio de paramédicos de combate, saberíamos disso através de várias vítimas se outras tivessem tido a chance de viver”, declarou Gilad Erdan, embaixador de Israel na ONU.
Declarações do Hamas
O grupo extremista negou as acusações de violência sexual relatadas durante o primeiro ataque a Israel. Em comunicado, o Hamas classificou como “mentiras e acusações sem fundamento para demonizar a resistência palestina” as afirmações de que seus combatentes teriam cometido agressões sexuais, que, segundo grupo, iria contra os princípios islâmicos.
No entanto, as investigações policiais apontam evidências, como os corpos de vítimas encontrados nus, relatos de médicos legistas e socorristas, além de vídeos feitos pelos próprios combatentes do Hamas e testemunhas que presenciaram as agressões.
Foto destaque: primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyah. (Reprodução/Atef Safadi/Pool via REUTERS).
