O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou uma reforma no seu governo nesta segunda-feira (4) nesse seu segundo mandato, no qual ele terá dificuldades para colocar em sua agenda reformista e liberal depois de perder por maioria absoluta nas eleições legislativas do país.
A pressão aumentou sobre o governo francês após uma acusação de estupro do ministro da Solidariedade, Autonomia e Pessoas com Deficiência, Damien Abad, que na segunda-feira, quando a denúncia foi divulgada, a classificou como "acusações escandalosas".
Ministro Damin Abad acusado de estupro (Foto/Reprodução/JC.NE10)
Uma mulher o acusa de tentar estuprá-la durante uma festa organizada em sua casa em Paris em 2010. O veículo de imprensa Mediapart publicou a história da mulher, que a chamou de Laëtitia, em meados de junho. Os advogados do ministro, Benoît Chabert e Jacqueline Laffont, minimizaram o início da investigação, algo "sistemático" no momento da denúncia, e garantiram que assim seu cliente poderá "provar rapidamente sua inocência".
Após isso, Macron mudou várias pessoas de seus cargos, colocando novos rostos para assumir cargos de confiança. Laurence Boone, atual economista-chefe da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Êconomico (OCDE), como nova secretária de Estado para Assuntos Europeus, Christophe Béchu, atual ministro delegado para as Coletividades Territoriais, assumirá uma das pastas prioritárias, Transição Ecológica, em substituição a Amélie de Montchalin. O médico François Braun assumirá o ministério da Saúde no lugar de Brigitte Bourguignon, em plena sétima onda de contágios da covid-19 na França.
A Promotoria de Paris confirmou à AFP que recebeu uma denúncia por tentativa de estupro contra Abad, revelada pelo Mediapart, especificando que estava "atualmente sendo analisada". Ela foi apresentada por uma "centrista eleita", que acusa Abad de tentativa de estupro durante uma festa organizada em sua casa em Paris no primeiro semestre de 2010.
"Mais uma vez, contesto veementemente qualquer acusação de tentativa de estupro ou agressão sexual", disse Abad em uma declaração escrita enviada à imprensa. "Não vou deixar sem resposta essas acusações falsas e ultrajantes. Pedi aos meus advogados que fizessem uma queixa por denúncia caluniosa", acrescentou.
Foto Destaque : Presidente Francês, Emanuell Macron. Foto/Destaque/G1