O Presidente Lula sancionou o Projeto de Lei (PL) que cria o Dia Nacional do Funk. Nesta quarta-feira (31), foi publicado no Diário Oficial da União, a ser comemorado anualmente, no dia 12 de julho. O PL surgiu em 2021 da iniciativa de um projeto que foi apresentado pelo então Deputado Federal Alexandre Padilha, que atualmente é ministro das Relações Institucionais.
"O baile da pesada"
Para o projeto, Padilha dizia que a criação de um dia nacional para celebrar a cultura Funk tem como significado a institucionalização de um espaço para discutir a política pública para atender às demandas das comunidades.
A escolha do dia 12 de julho é em homenagem ao que é conhecido como o marco do movimento Funk no Brasil, quando aconteceu em 1970 “O baile da pesada”, no Rio de Janeiro.
O Funk conquistou o Brasil
Nas redes sociais, o Presidente Lula, escreveu: “Sancionei hoje a lei que cria o dia Nacional do Funk, reconhecimento mais que merecido por uma comunidade de cultura que nasceu nas periferias, e claro, né? Porque nasceu nas periferias tem todo o preconceito. E conquistou o Brasil e o mundo. Hoje ganhamos medalha com nossas ginastas em Paris, e o Funk estava presente. O Funk é muito mais do que um gênero musical, é uma plataforma de transformação social que dá visibilidade às realidades e talentos dessas comunidades. O Funk é voz, é identidade, é resistência".
Solo da ginasta Rebeca Andrade, decisivo para a vitória do Bronze para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris, com música de funk de Anitta (Vídeo: reprodução/YouTube/Olympics)
A relatora do projeto, Janaína Farias, afirmou: “Ao longo dos anos esse gênero musical, não só entreteve, mas também gerou renda e proporcionou meios de subsistência para muitos que, de outra forma estariam à margem da sociedade”.
O grupo de funk Os Quebradeiras, que ganharam fama após Neymar Jr. e Vinicius Jr. serem vistos dançando música durante a Copa do Mundo Qatar 2022 (Foto: reprodução/Getty Images embed)
De forma histórica, o funk é criticado sendo comparado à marginalidade e à criminalidade no Brasil. No entanto, na verdade tem sido uma forma de inclusão social, de forma ampla, vem gerando várias oportunidades aos jovens de maneira geral e não apenas nas periferias.
Foto destaque: Alexandre Padilha, autor do Projeto de Lei, e o presidente Lula (Reprodução/X/@padilhando)